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Do Nacional à Académica: duas exibições a preto e branco

por Ao Colinho do Isaías, em 13.04.15

Motivos de força maior impediram-me de comentar mais cedo o jogo com o Nacional da jornada da semana passada. Impediram-me sequer de o celebrar convenientemente. Foi o preto da morte a intrometer-se no branco da vida. Foi o lado reverso da moeda que nos relembra que a festa um dia acaba. Há é esta alegria do Benfica a conviver lado a lado com a mágoa do que se perde para sempre.
A vida prossegue, no entanto, e eu aqui estou.

...

Do jogo com o CD Nacional, destaco a enorme visão de jogo e cultura táctica de Gaitán (adquiridas no Sport Lisboa e Benfica, deve dizer-se), aliadas a uma técnica bem acima da média europeia. Espalhou, sempre que a bola lhe foi endereçada, o perfume de um futebol que, ainda que moderno, se adequava às camisolas do clube Madeirense: o preto e branco. Porquê? Porque fez lembrar o grande Benfica que se via nas velhas TVs a duas cores. Aquele Benfica que não dava hipóteses, especialmente na Luz.

 
Gaitán teve menos magia na partida com a Académica, outra equipa que veste de preto e algum branco, mas todo o Benfica estava tão unido e em rotação tão elevada, que mal se deu pela menor inspiração do Nico na primeira parte. Só que ele até chegou a tempo de aparecer na segunda!

 

Em ambas as partidas, o que se viu foi, como referi, futebol de outros tempos. O preenchimento dos espaços, a vontade de chegar primeiro à bola, a atitude permanentemente ofensiva e com os olhos postos no próximo golo: podiam ter sido jogos do Benfica na Luz na década de 70 - basta colocar-se um filtro de cores para passá-las a preto e branco e colocar algum efeito dando "ruído" às imagens, para se ser transportado para a década em que o futebol total e o futebol samba conviveram lado a lado pelos relvados... e pelo Sport Lisboa e Benfica, nessa altura, passou bastante samba... à moda tuga, é claro.


É certo e sabido que durante estas duas partidas a equipa do Benfica teve momentos de desconcentração e, até, algum descontrolo táctico e emocional. A diferença é que, quando estes surgiram, já o resultado se tinha avolumado o suficiente para que qualquer dúvida se pudesse instalar. Até nisto se pareceram com jogos a preto e branco, as cores das camisolas adversárias.

Não restem dúvidas: nesta fase do campeonato (desde Paços de Ferreira), o Sport Lisboa e Benfica na Luz é um e fora da Luz é outro, essencialmente na atitude mental. Ainda falta bastante, mas se o Glorioso passar no Restelo e colocar em campo, com uma Luz repleta, a mesma mentalidade na partida seguinte, o Bi será uma realidade, ao fim de 31 anos. Que venha... ao colinho de todos nós!

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rematado às 19:04




4 comentários

De Dr. Ghozé Pablito a 15.04.2015 às 13:00

Sim, Paços de Ferreira é um marco. Há 2 anos também foi esse clube que ajudou a decidir o campeonato. Curioso... Eu diria mais: essa nuvem existe também sobre os adeptos. Creio que no próximo sábado, no Restelo, a vamos pulverizar!

Um abraço

De Ao Colinho do Isaías a 15.04.2015 às 16:27

Que assim seja, caro Ghozé Pablito!
É o que todos desejamos.

Convenhamos que jogar no relvado do Restelo, no que diz respeito à sua dimensão e qualidade, é bem diferente que jogar no da Mata Real ou no dos Arcos.

Abraço,
Isaías

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