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Tri-Campeões 2015/16: filme da autoria de dfernandes

por Ao Colinho do Isaías, em 24.06.16

Agradecimento ao dfernandes do Chama Gloriosa por este magnífico trabalho! :-)

 

Parte 1:

 

Parte 2:

 

Parte 3:

 

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rematado às 19:18


Entrevista a Rui Vitória n'A Bola

por Ao Colinho do Isaías, em 24.05.16

http://redpass.blogs.sapo.pt/rui-vitoria-na-bola-1073242

 

Entrevista a Rui Vitória, que respondeu de forma serena e ponderada de alguns dos temas desta época do Tri. Alguns apontamentos para reflectir, outros para digerir, outros para usufruir - cada um à sua forma, à Benfica.

 

O mérito de Rui Vitória na vitória desta época futebolística é inegável. Inegável é, também, o mérito e fundamento da crítica que lhe fora dirigida até certa altura da época (excepto aos que entraram em campos de exagero, ridicularização e ofensa pessoal).

 

Agora que nos conquistou a todos pelo mérito, pela vitória, pela competência, desejamos que, juntos, consigamos construir sobre os alicerces desta época e que o rumo seja mantido, com coerência e transparência.

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rematado às 14:36


A 7ª assombrada pela saída do Nico

por Ao Colinho do Isaías, em 23.05.16

Alegria pela conquista de sexta-feira, a 7ª Taça da Liga, demonstrando, de novo, que é nosso o melhor ataque desta época...

 

 

 

mas tristeza pela saída confirmada de Nico Gaitán. Sim, ele merece melhor contrato e sim, o futebol hoje em dia é feito de despedidas para clubes sem condição financeira para controlar o mercado de transferências. Ainda assim, há muito de romantismo "à antiga" na despedida do nosso Nico, daí o momento especial. Aquelas lágrimas não são de crocodilo, mas sim de uma águia rubra que voou com a mística de um clube que, tal como ele, nasceu pequeno num cantinho incerto de uma grande cidade, mas fez-se gigante de coração, com o qual se superou para chegar à vitória, à glória e ao reconhecimento.

 

Força Nico! Volta sempre.

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rematado às 09:10


O pecado verde da Oliveirense

por Ao Colinho do Isaías, em 19.05.16

Verde é uma côr popularmente associada tanto à inveja como à esperança. O que define em qual dos pólos se enquadra a côr num determinado momento, depende somente do intento de quem com ela se identifica, do sempre todo-importante contexto.

 

Coincidentemente, nesta época futebolística, o clube mais identificado com essa côr, o Sporting Clube de Portugal, identificou-se com ambos os pólos que a côr verde transmite popularmente.

 

  • Foi de inveja quando, uma vez mais na sua História, considerou que para ser grande como o Benfica teria de ter consigo um pouco de Benfica. Levou então Jorge Jesus para Alvalade.

  • Foi de esperança quando, munido do ex-treinador Bi-Campeão pelo clube da Luz, considerou-se, justificadamente, candidato ao título nacional de futebol.

  • Foi de inveja quando, tendo vencido o primeiro assalto de um combate longo que seria sempre ganho aos pontos, se vestiu da capa sobranceira que define os pequenos e fez "pirraça" ao adversário dorido.

  • Foi de esperança quando, mesmo quando as exibições da equipa não estavam ao nível desejado, conseguiam ir ganhando os seus jogos, ganhando distância.

  • Foi de inveja quando, perante equipas que lutavam para não descer, perderam pontos inescusáveis e viram o seu adversário, outrora ferido, erguer-se de novo.

  • Foi de esperança quando, tendo feito uso da janela de transferências, reforçaram a defesa e reequilibraram a equipa para manter o primeiro lugar.

  • Foi de inveja quando, tendo cedo saído das competições europeias (tanto da grande como da pequena), olharam com desdém para o que o seu adversário ia amealhando, bem ou mal, pela Europa.

  • Foi de esperança quando viram o rival nortenho relançar-se à luta vencendo na Luz, deixando novo encontro, agora decisivo, marcado para sua casa, em Alvalade.

  • Foi de inveja quando no seu próprio campo, foi o adversário que outrora haviam ferido a vencer, escusando-se o Sporting ao reconhecimento do mérito oposto e dos erros próprios, refugiando-se na "sorte" e no "azar".

  • Foi de esperança quando, parecendo ultrapassar as suas jornadas com vitórias mais ou menos fáceis, até ao minuto 90 no Bessa viram-se na frente uma vez mais, até Jonas, a figura-mor do plantel actual, marcar um golo ao alcance só dos melhores e voltar a colocar o Sport Lisboa e Benfica na frente.

  • Foi de inveja quando só falaram do clube da Luz ter dificuldades no jogo seguinte, quando os de Alvalade iam jogar perante equipas teoricamente mais difíceis, acusando o rival de soberba e euforia que eles - e só eles - vestiram a época toda.

  • Foi de esperança quando marcaram primeiro na jornada das decisões, passando para a frente, eufóricos de novo... durante 3 minutos, até Gaitán fazer explodir a Luz.

  • Foi de inveja quando, tendo cantado a (Rui) Vitória no "Bailando", saíram tropeçando na pobre relva de Alvalade em segundo lugar, ostentando a desresponsabilização e frustração que só os fanfarrões demonstram no momento da derrota.

 

O Sporting Clube de Portugal, clube enorme e principal rival Histórico do nosso Glorioso Sport Lisboa e Benfica, foi, no futebol, todo este verde esta época.

 

Ora bem, ontem, eu que nem sou adepto do Basquetebol, apanhei na BTV a "negra" das meias finais do campeonato nacional da modalidade, que opunha o Sport Lisboa e Benfica à União Desportiva Oliveirense. Que grande jogo fez o nosso adversário! A espaços foi brilhante e conseguiu dominar o tetra-campeão no pavilhão da Luz.

Ao fim do 3º período, lideravam o marcador por 10 pontos, vantagem considerável. Podiam ter optado aí, se quisessem escolher o verde como inspiração, essa côr como símbolo da esperança, legítima, de derrotar o campeão no seu próprio pavilhão! Só que foi o inverso, pois foi nesse momento que sobressaiu o pecado verde da Oliveirense:

 

«E quem não salta é Lampião».

 

Este cântico não só define a tal inveja verde, patente no clube nosso rival, como desliga o apoio ao próprio para que se altere o foco para o adversário. Deixa de ser uma vontade de ganhar, para ser uma vontade de que o Benfica perca. Ainda por cima numa época como esta, os adeptos do clube de Oliveira de Azeméis deviam saber que isso iria virar-se contra a sua equipa no pavilhão do Sport Lisboa e Benfica.

Resultado? O Benfica fez um 4º período inacreditável, recuperou da desvantagem, esteve na frente e só foi a prolongamento porque Cook falhou o último lançamento. Após dois brilhantes prolongamentos (em que não mais se ouviu o tal cântico - provavelmente por se terem apercebido do efeito contrário que provocara) o campeão superou o seu adversário e conseguiu chegar, por dois pontos, a mais uma final.

(Não encontro um vídeo com o resumo do jogo. Assim que encontrar, coloco aqui)


O jogo de ontem lembrou-me a brilhante final da "Liga dos Campeões" do Hóquei em Patins, também contra a Oliveirense. Da mesma forma, a União Desportiva Oliveirense teve o jogo na mão. Só que foi a equipa (e principalmente por culpa do seu treinador, o conhecido Portista Tó Neves), que se desmoronou em insultos ao árbitro, ao público, ao banco do seu adversário, quiçá, insultos à própria divindade de que é crente (se o for de alguma). Essa postura desmontou uma equipa que tinha o jogo controlado, perante um Sport Lisboa e Benfica que não conseguia juntar dois passes seguidos. Tó Neves teve a esperança, perfeitamente legitimada pelo que se passava no ringue, de conquistar o troféu, mas deixou que, à mínima contrariedade, se desfizesse em inveja. Eu não percebo o suficiente, tecnicamente, de Hóquei para poder afirmar se Tó Neves tinha ou não razão nas suas queixas. O máximo que consigo ver é se empurrou ou não, se lhe deu com o stick ou não. No entanto, todos os campeões têm momentos em que são prejudicados - pelo árbitro ou até pela sorte - e o que os faz ou desfaz é a reacção a esses momentos.

 

Este foi, para ambas as modalidades, o pecado verde da União Desportiva Oliveirense.

 

Parabéns às equipas de Hóquei e Basquetebol do Glorioso e muita força e confiança no Andebol e Futsal. Contamos convosco!

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rematado às 11:27


Há muito do 30 no 35!

por Ao Colinho do Isaías, em 16.05.16

O Glorioso Sport Lisboa e Benfica sagrou-se ontem tri-campeão nacional da I Liga, tendo conquistado o seu 35º título.

Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.


Intensos como poucos, os adeptos Benfiquistas são, por norma, extremamente supersticiosos e preservam, com ou sem vontade, com prazer e com sofrimento, muitos fantasmas da História do seu clube. Esta comparação que aqui farei, apesar de positiva, não deixa de pertencer à categoria dos fantasmas, pois as boas memórias (como a do 30º em 1993/94) que os Benfiquistas guardam são, também, como se viu até 2004/05, uma assombração quando surgem distantes no tempo.

 

Muitos Benfiquistas, crentes na vitória final neste campeonato, particularmente a seguir à vitória em Alvalade, não deixaram de temer outro "fantasma", o de Kelvin há 3 anos, por exemplo, ainda que o escondessem em gritos de apoio a esta equipa que acabou por fazer História.

 

Este 35º tem, assim, muitas semelhanças com o 30º, conquistado em 1993/94, ainda que com as devidas diferenças, obviamente. Em primeiro lugar, em 93/94 o FC Porto estava mais forte, tendo mesmo roubado o segundo lugar ao Sporting no sprint final. Depois, ao invés de dois jogadores importantes terem rumado a Alvalade, foi sim o treinador bi-campeão, muito querido entre os adeptos por motivos que já enumerei anteriormente, a partir para o Sporting e o vice-capitão, com oito épocas de Águia ao peito, a rumar ao FC Porto. Também importante diferença é a situação financeira entre as duas épocas: no 30º, o Glorioso começava a sentir um afundamento que, como não foi invertido, muito pelo contrário, por Manuel "Coveiro" Damásio (por muito que seja convidado a aparecer em eventos do Benfica, jamais se livrará da memória do que fez de mal ao nosso clube - outro dos "fantasmas" que mencionei), provocou um naufrágio que durou uma década.

Foi, por isso, e em semelhança ao campeonato da época 1993/94, uma vitória do Sport Lisboa e Benfica perante um intenso ataque dos seus rivais, com as diferenças contextuais apontadas.

 

 

Rui Vitória começou mal a época. Sim, muito por culpa da pré-época desastrosa com as malas às costas no continente Americano, mas também devido a não ter sabido, na altura, exorcizar dos seus jogadores, dos adeptos e, talvez, de si próprio, o fantasma de Jorge Jesus, que teimava em subsistir nas sombras do mundo Benfiquista como um papão. Benfiquista como é, Rui Vitória deveria ter tido a noção do que é a mentalidade Benfiquista e do seu inconsciente apego aos "fantasmas". Em sua defesa se deve apontar a sua falta de experiência no contexto de um clube da dimensão do Benfica, sendo que a estrutura do clube lhe deveria ter proporcionado essa ajuda, o que não aconteceu. Vitória permitiu, pelo seu relativo silêncio e discurso repetitivo, que o seu trabalho estivesse sempre refém das impressões digitais do seu antecessor.

As ideias de Rui Vitória são diferentes das de Jorge Jesus. O facto de ambos terem optado por um 4-4-2 no Benfica, não as torna semelhantes, de todo. Nenhum dos dois inventou esse esquema táctico, nem tão pouco o jogo interior dos extremos que acabou por impulsionar a equipa para uma classificação nunca vista. Com Rui Vitória viu-se maior controlo emocional nos diversos momentos de jogo, maior cautela, maior pragmatismo num futebol mais prático (assim que os fantasmas foram, por fim, exorcizados). Viu-se também uma preocupação, de base, em utilizar o trabalho de muitos anos que se tem feito no Seixal - ponto fundamental para a sua contratação.

Rui Vitória foi criticado - e com razão! - no momento em que precisou de o ser, porque o Benfica é exigência, uma casa onde se aprende vencendo perante os rivais mas também perante as limitações próprias. É agora - e com grande mérito! - elogiado pela extraordinária liderança que conseguiu impor de forma calma e convicta, levando a equipa à vitória final.

A semelhança desta 35ª conquista do campeonato nacional com a 30ª reside no ataque sem tréguas do Sporting que, uma vez mais, tal como em 1993/94, tendo derrubado o seu odiado rival no primeiro assalto, tratou de o querer humilhar, de se regozijar com a conquista que ainda não tinha atingido. O 0-3 na Luz aplicado pelo Sporting, perante as exibições do Benfica que a antecederam tão manchadas pela dúvida em relação ao valor de tudo o que envolvia a equipa, em particular Rui Vitória, foi esse tal momento do knockdown (utilizando linguagem do boxe).

«Está ganho!» - ouviu-se do outro lado da 2ª Circular. Essa curta ideia após a vitória na Luz acabou por servir o propósito de (consegue perceber-se agora, à distância) retirar de Rui Vitória o peso da expectativa por parte dos adeptos e deixá-lo trabalhar as suas ideias "em sossego". Aos poucos e poucos, o Benfica lá ia ganhando, melhorando aqui e ali, fazendo exibições excelentes como a de Madrid, alternadas com a pobreza na Madeira diante do União.

Foi, no entanto, na conferência de imprensa de resposta às "postas de pescada" em que foi acusado de "não ser treinador", que Rui Vitória tomou, finalmente, as rédeas da equipa, exorcizou das suas mentes Jorge Jesus e uniu os adeptos à sua volta. A partir daí, só o FC Porto travou este Sport Lisboa e Benfica a nível nacional, na melhor exibição da época da equipa azul e branca, colocando um carácter decisivo estampado no jogo de Alvalade.

 

Neste momento, devo lembrar que o Sporting teve 8 pontos de avanço sobre o Benfica, a dada altura. 8 pontos de avanço e perderam 10, 3 dos quais nesse jogo em Alvalade. Mesmo se excluíssemos os erros de arbitragem que favoreceram o Sporting (e não foram poucos, até fora de campo, como o caso "Cotovislam" Slimani), que justificação sobra aos responsáveis pelo Sporting, e a Jorge Jesus em particular, para a perda de 10 pontos de uma super-equipa como o treinador disse que a sua equipa era? E isto sem contar com as falhas de arbitragem que favoreceram o Sporting! Será que Bryan Ruiz não tem qualquer responsabilidade na perda desses pontos, falhando dois golos no derby, um de forma escandalosa? É que os adeptos do Sporting devem entender (e muitos entendem-no, há que dizê-lo) que quando os Benfiquistas criticaram Rui Vitória, fizeram-no com o mesmo amor ao clube que quando agora o elogiam - ou seja, é na identificação das responsabilidades próprias que reside a força para se transformar uma derrota em vitória. Nunca os Benfiquistas no geral se focaram no Sporting (por muito que os responsáveis do emblema do leão o quisessem e tentassem, pela provocação), mas sem dúvida que o Sporting se focou inteiramente no seu ódio irracional ao Benfica e, em particular, nas vitórias da Supertaça e no 0-3 na Luz. O 0-1 em Alvalade foi, mais que um balde de água fria, uma reviravolta emocional no campeonato. Do «Está ganho!» passou-se ao «somos a melhor equipa» e «eles têm sorte».

 

A cada vitória do Benfica na longa caminhada entre Alvalade e a 34ª jornada, o desespero leonino foi crescendo, por perceberem que tinham dado, uma vez mais, historicamente, um tiro no próprio pé - tal como em 1993/94 com Sousa Cintra e o despedimento de Bobby Robson. Imagine-se se nos anos 90 houvesse Facebook e os jornais online como agora. Sim, Sousa Cintra teria feito algo parecido a nível de comunicação contra o Benfica, não tenho dúvidas.

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A postura de Jorge Jesus na conferência de imprensa a seguir ao jogo em Braga fez-me lembrar a de Sérgio Conceição no final da Taça de Portugal do ano passado: incapazes ambos de reconhecerem os erros próprios e os méritos dos adversários. É que Sérgio Conceição perdeu no Braga que orientava uma Taça de Portugal perante um Sporting que acreditou mais e soube ser humilde no jogo, tal como Jorge Jesus perdeu no Sporting um campeonato diante de um Benfica que soube ser prático e humilde durante a totalidade da maratona. Ainda por cima, Jorge Jesus saiu cedo das competições europeias e com resultados pouco dignos para um clube Português, muito menos para um da dimensão do Sporting. Jesus continua, portanto, refém de si mesmo: é dele o mérito, ganhe quem ganhar. Burro velho não aprende truques novos. É pena, porque poderia ser um dos melhores da Europa, mesmo tendo chegado tarde ao futebol de topo. Só que os jogadores sentem isto tudo, por muito que queiram ser profissionais - eles sabem que, para Jorge Jesus, só contam se lhe derem êxito. Fora isso, são meros joguetes nas suas mãos.

Rui Vitória, por seu lado, teve todo o direito, ao contrário do que alguns afirmaram, de dar uma resposta que até podia ter sido mais contundente ao treinador do Sporting que o tentou humilhar ao fim do primeiro assalto. "Quem não se sente não é filho de boa gente" e muito já o homem que existe por detrás da máscara do profissional de futebol teve de suportar. O seu comentário, lançado com a mesma serenidade de (quase) sempre na direcção do rival, foi um coup de grâce ao orgulho do seu homólogo rival, inteiramente merecido por este. Rui Vitória foi campeão com uma pontuação Histórica, sem Matic, Enzo Pérez, Cardozo, Di Maria, Saviola, Aimar, Garay ou Witsel. Foi campeão sim com Nélson Semedo, Renato Sanchez, Lindelöf, Gonçalo Guedes, Éderson e até, porque não incluir, Nuno Santos, Jovic e Clésio. Com este treinador, os jogadores sentiram-se o centro do jogo, o centro da equipa. O mérito sempre lhes foi atribuído.

Por muito que se possa apontar a Luís Filipe Vieira, ele é reconhecidamente, pela sua aposta ganha, o arquitecto do 35 e do tri-campeonato. Até o seu mais recente opositor o reconheceu, antes de terminar o campeonato e de se saber o resultado final da prova, que não faria sentido candidatar-se contra o actual presidente.

 

Com tudo isto, tenho de dizer que o Sport Lisboa e Benfica conquistou esta época, para o seu rol de fantasmas, mais um: da próxima vez que estivermos por baixo e nos quiserem humilhar, lembrar-nos-emos de 2015/16 e do célebre 35 conquistado por Rui Vitória.

 Que seja o primeiro de muitos!

 

Não sendo apreciador do estilo musical em si, penso que esta canção define muito do que foi a história deste campeonato:

 

E porque não terminar com um sorriso? :-)

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Actualização 16/Maio/2016, 21.23h:

Video que resume esta época, os altos e baixos, elaborado por Guilherme Cabral.

 

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rematado às 14:06


É na tempestade que se conhece o marinheiro

por Ao Colinho do Isaías, em 09.05.16

Passada a tempestade ventosa que quase punha em causa a realização do jogo, apareceu a tempestade das adversidades que teimam em atravessar-se no caminho do Glorioso. Como bom marinheiro, Rui Vitória conseguiu, apesar delas, levar a bom porto a sua excelente tripulação em mais uma paragem rumo ao destino traçado.

 

Nesse ponto, Rui Vitória tem se revelado extraordinário: nunca treme, mesmo quando o vento que rodeia o Benfica abana a sua equipa. A equipa mudou a qualidade do seu futebol ao longo da época, mas ele nunca o seu discurso. Sempre calmo (excepto para dar breve resposta a quem o desrespeitou publicamente) e sempre coerente.

Pela parte que me toca, dou a mão à palmatória: fui dos que descreram da sua capacidade de liderança, da sua capacidade técnica para colocar a equipa a render. Enganei-me, com muita felicidade me enganei, em tudo isto.

 

Com uma inabalável convicção, perante a adversidade dividida entre um amarelo ridículo e uma atitude que só a juventude pode explicar, a equipa nunca perdeu a crença, reajustou-se, reencontrou-se e até se superou. Venceu o Marítimo que só não foi melhor porque a organização da equipa do Benfica não permitiu - esta é a realidade. Pouco mais há a dizer do jogo. Do campeonato, se fala no fim.

 

Falta uma final, agora a mais importante de todas. Falta uma, na Catedral!

 

Transformou o vendaval destruidor em vento favorável à sua vela içada.

É na tempestade que se conhece o marinheiro.

 

 

NOTA: Rápidas melhoras ao infortunado jogador Maurício. Quero também dar os parabéns aos campeões Iniciados. Cá vos aguardamos daqui a uns anos, para envergarem o manto sagrado.

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rematado às 09:18


Edifício que treme mas resiste, é mais seguro

por Ao Colinho do Isaías, em 03.05.16

Foi um fim de semana de dupla futebolada Benfiquista. Nesta recta final, com os nervos todos à flôr da pele, a equipa continua unida, determinada e bafejada pela tal estrelinha que só os campeões merecem. Trememos sim, mas temos sido sujeitos a um verdadeiro terramoto à nossa volta.

 

Edifício que treme mas resiste, é mais seguro que o que finge não tremer e tem as paredes a ruir!

 

Foi, por isso, com muito mais trabalho que estética que o Glorioso ultrapassou a barreira Guimarães para o campeonato e a barreira Braga para a Taça da Liga.

 

Quanto ao Guimarães: inacreditável postura de Sérgio "eu-já-fui-FCP-mas-agora-ninguém-gosta-de-mim-lá" Conceição. Uma frustração sem limites, um azedume típico de um perdedor que teve nas mãos um troféu o ano passado e deixou-o fugir em 5 minutos, que teve a oportunidade de levar um histórico Guimarães de novo à Europa mas culpa os jogadores por deixar escapar vantagens. Este treinador não só é pessoalmente baixo, como é um perdedor. Todo o mundo tem culpas no seu insucesso, nunca ele.

Ganhámos uma verdadeira batalha, mais que um jogo de futebol.

Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.


Quanto ao Braga: foi um jogo sem Jonas e outro com. Duas metades completamente diferentes, diferenciadas exactamente pela qualidade do nosso mais-que-goleador. Houve outra vez a choraminguice sem sentido em relação às arbitragens, desta vez de Paulo Fonseca (que até tinha estado bem composto aquando do jogo para o campeonato), mas nem uma palavra quanto à falha inaceitável (e não é a primeira) de um guarda redes deste nível.

 

Que venha mais uma final desta taça que ninguém quer e o Benfica acumula.

Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.

Vamos lá agora à Madeira, concentrados e determinados em dar mais um passo para o 35!

 

NOTA: Uma palavra para a extraordinária época do nosso Glorioso Andebol! Impressionante a ascensão desta equipa e o que já garantiu e tem possibilidade de garantir ainda. De excelência. À Benfica!

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rematado às 09:18


Raúl-Ave rapina Rio Ave

por Ao Colinho do Isaías, em 25.04.16

Fazendo a devida ressalva em relação à infelicidade do jogador que representa o Rio Ave (e que não tem culpa nenhuma do nome que tem), há uma justiça poética que um jogo tão importante tenha sido resolvido com a ajuda infeliz de alguém cujo nome representa o que de mais bilioso há no anti-Benfiquismo: André Vilas Boas.


É claro que o outro tem uma grafia diferente e este jogador, se calhar, até é boa pessoa, mas que há algo de poético nisto, há.

 

Foi um jogo muito difícil, como esperado, mas como jogámos de uma forma estruturada - muito respeitinho pelo adversário! - dificilmente o Rio Ave nos conseguiria criar perigo, excepto num lance de bola parada ou algo fortuito. O nosso problema neste jogo residiu na criação e finalização. Podíamos e devíamos ter marcado mais cedo.

 

Só que estava escrito que tinha de ser Raúl-Ave de rapina a ir buscar aquela migalha largada pelo capitão do Rio Ave. Merecemos este desfecho, pois fomos a única equipa a querer chegar ao golo... e Raúl "9 milhões" já pagou a metade do seu passe com os seus golos cirúrgicos.

 

A sorte protege os audazes!

Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.

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rematado às 08:55


Benfica: dá-me o 35, não um enfarte!

por Ao Colinho do Isaías, em 19.04.16

Tendo feito o mais difícil após um primeiro minuto inacreditável, que resultou num golo para os visitantes de Setúbal, que foi a reviravolta no marcador, compreendi o abrandamento perto do final de primeira parte; afinal, indo a vencer por 2-1 para o intervalo, descansava-se e entrava-se forte na segunda para cedo ter o jogo resolvido.

 

Contudo, o que se viu fez lembrar os últimos meses de 2015, primeiros deste campeonato, e foi doloroso ver a postura dos jogadores. Não houve mais dinâmica, passou-se a chutar para a frente e nem propriamente posse de bola tivemos, com segurança. O Setúbal foi acreditando, mediante a nossa postura mais débil, e foi crescendo, tentando, pressionando, à procura do erro.

 

Ainda estou mais ou menos em choque com aquele lance final em que o Pizzi ia fazendo uma assistência para o primo do Makukula, pelo que não quero falar mais deste encontro: quase me dava uma coisa... até senti o arrepio frio a subir pela coluna e o peito a apertar.

 

Valeu a vitória, quando quase ia valendo o Vitória (de Setúbal, não o Rui). Por mim, não me importo nada de dar o benefício da dúvida (tendo em conta o que foram os meses iniciais desta época) e "fingir" que esta segunda parte não existiu. Em Vila do Conde terá de ser, e irá ser, outro Benfica.

Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.

 

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rematado às 08:42


Competimos com a honra da nossa História

por Ao Colinho do Isaías, em 14.04.16

Nenhum Benfiquista, ao contrário do que foi insinuado por alguns comentadores na RTP, ficou "satisfeito" com uma derrota ou com o facto de ter sido eliminado.

O que acontece, incompreensível para alguns, é que o Benfica compete com a honra da sua História, com os tais "ases que nos honraram no passado", não com a História do Bayern ou de outro rival. O que nos satisfez e orgulhou foi que numa época de mercenários, em que os jogadores trocam de "amores eternos" com facilidade, a equipa do Benfica demonstrou diante deste poderoso Bayern que tem um plantel de jogadores focados e determinados em honrar o peso das camisolas outrora envergadas por esses "ases do passado". Apesar das ausências forçadas, teria bastado só um pouco mais de qualidade individual (que, hoje em dia, só com milhões se obtém) para se ter conseguido eliminar o colosso alemão dirigido por um dos melhores treinadores da actualidade.

De notar que conseguimos também um 3-3 (no agregado de uma vitória e uma derrota) na fase de grupos contra a equipa do Atlético de Madrid que ontem eliminou o Barcelona de Messi, Iniesta, Suárez e Neymar.

São notas positivas de uma campanha que em nada tentam justificar a eliminação merecida diante de uma equipa melhor (e que todos pensavam ser muito melhor que o que foi, "culpa" de um Benfica organizado e determinado).

Terminamos a Liga dos Campeões esta época entre os oito primeiros que é o lugar mínimo exigível ao nome Histórico do Sport Lisboa e Benfica.

Estamos satisfeitos, isso sim, com a "luta com fervor" deste nosso Benfica, que "nunca encontrou rival neste nosso Portugal!"

Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.


Agora, vamos pensar no Vitória de Setúbal!

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rematado às 09:29




Ao Colinho do Isaías

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