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40 minutos à Benfica!

por Ao Colinho do Isaías, em 07.08.17

Muitas dúvidas, algumas pertinentes, outras absurdas, se levantaram entre as hostes Benfiquistas devido aos resultados e exibições dos jogos de pré-época. Eu mantive-me em silêncio quanto a isso, por me aperceber que o que estava a ser feito nesses jogos era um reforço da condição física, para uns, e um teste à utilidade imediata, para outros. Sabia, mesmo antes de Rui Vitória o dizer na conferência de imprensa que antecedeu a Supertaça, que o Benfica se apresentaria competitivo no Sábado, o que não quer dizer que vencesse, pois uma final é uma final.

 

Pois bem, a entrada do Benfica desconjuntou um Guimarães aguerrido (como sempre) e desfez o plano de jogo que Pedro Martins tinha montado, que passava por uma contenção de resultado, procurando enervar o Benfica, para depois tentar dar uma machadada no adversário. Obrigados a reagir com o 1-0 de Jonas, o Benfica aproveitou vez após vez esse necessário adiantamento e marcou um apenas quando teve oportunidade para se aconchegar num confortável 4-0. Como não conseguiu finalizar, quando o Guimarães reduz, num lance entre o fortuito e a falha de André Almeida (Bruno Varela devia ter falado com o colega, mas tecnicamente a culpa não é dele), o jogo relança-se.

 

A segunda parte foi, tendo em conta a proximidade de jogos importantes, pautada por uma tentativa de gestão de jogo que não funcionou muito bem. Com a condição física a ressentir-se depois de intensa primeira parte, a equipa não conseguia manter a bola e ofereceu algumas oportunidades ao adversário que podia ter empatado, não fosse Varela e a inabilidade de Hurtado. A entrada de Raúl, contudo, mexeu logo com a partida e inverteu a pressão. Raphinha foi forçado ao erro, deu o ouro ao "bandido" Pizzi e este esperou até ao momento exacto e deu a Raúl, com a mesma classe com que tinha dado a Seferovic, metade do golo que este converteu primorosamente. Estava arrumada a questão.

 

 

Foram 40 minutos à Benfica aos quais poucos adversários em Portugal terão capacidade para resistir. Há que melhorar a finalização e, com melhor condição física mais à frente, gerir de outra forma a posse de bola sob pressão. Vem o Braga a seguir, rumo ao Penta.

 

NOTA: Neste momento, o onze é Jonas, Cervi, Pizzi, Fejsa, Luisão e mais seis!

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rematado às 08:43


O ataque será a melhor defesa do título

por Ao Colinho do Isaías, em 08.08.16

A Supertaça é o primeiro troféu da época, apesar de se desenrolar cedo de mais na época para que se perceba o que aí vem com garantia. Consegue ver-se quem está melhor naquela fase, poderá prever-se o potencial, mas a época será longa e difícil de prever.

 

Posto isto, a verdade é que ontem se verificou que o Benfica 2016/17 de Rui Vitória será tão ou mais atacante que o de 2015/16.

Por um lado, tem a coesão de quem joga junto há bastante tempo: Pizzi dá à equipa um jogo central que nenhum outro extremo do plantel tem para dar e complementa Jonas de olhos fechados, enquanto Mitroglou, apesar de ontem me parecer mal fisicamente, percebe o que tem de fazer para que Jonas se solte. Ah! E habemus Júlio César! Que exibição do nosso guarda-redes!

Por outro, tem qualidade nos reforços: Cervi é craque, fazendo lembrar o melhor Saviola, e ganhou confiança com o seu primeiro golo. André Horta começa a entender melhor a sua função e a desempenhá-la bem, libertando-se da comparação com Sanches. Grimaldo dá muito mais técnica à equipa que Eliseu, perdendo na componente física para o seu colega de posição.

Parece-me, no entanto (e se ficar no plantel), que Jardel deverá jogar por Luisão. O capitão é importante psicologicamente, mas obriga a que Lindelöf corra por dois e esteja sempre na dobra. Jardel é, nesta fase da carreira, uma melhor solução... se ficar no plantel.

 

De qualquer modo, verifica-se que a melhor defesa ao título que o Benfica poderá aplicar estará no ataque. Afinal, se se conseguir fazer dois a três golos por jogo, dificilmente não se conquistarão três pontos. Há muito a melhorar defensivamente, mas penso que isso virá com tempo, sinceramente.

 

Venha lá o Tondela!

 

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rematado às 08:55


Tri-Campeões 2015/16: filme da autoria de dfernandes

por Ao Colinho do Isaías, em 24.06.16

Agradecimento ao dfernandes do Chama Gloriosa por este magnífico trabalho! :-)

 

Parte 1:

 

Parte 2:

 

Parte 3:

 

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rematado às 19:18


"E quem não salta é Lampião!"

por Ao Colinho do Isaías, em 10.08.15

Foi cantando a frase apresentada no título deste artigo que o Sporting, tendo ganho limpo ao Benfica no jogo jogado em campo, diga-se, festejou a conquista da Supertaça. Vimos um Sporting a jogar à Benfica, sem dúvida, e foi para isso que o treinador Jorge Jesus foi contratado - ele é, sem dúvida, um grande treinador de campo, um "montador de equipas", com o seu modelo funcional. Uma vez mais, o Sporting festeja não uma conquista sua, mas uma conquista ao Benfica: Foi buscar o treinador ao Benfica, para pôr a equipa a jogar à Benfica, para ganhar ao Benfica.

Só que, há que admiti-lo, percebo hoje que Jesus encaixa muito melhor no Sporting do que alguma vez encaixou no Benfica. É que também ele, tal como o clube, vive a obsessão pela grandeza do Glorioso - ainda para mais, tendo passado cá seis anos, tendo-a visto e sentido na primeira pessoa. Todo o seu discurso, desde que chegou ao Sporting, tendo vindo directamente do Benfica, foi alinhado com a atitude mental "do pior que há no Sporting" - assim apelidava o meu falecido pai, Sportinguista de gêma, a relação de inveja do Sporting em relação ao Benfica, causada pelo sentimento do que o Sporting "devia ter sido". O Sporting foi criado com a ideia de ser grande, "ao nível dos maiores da Europa", mas foi o Benfica que foi conquistando esse estatuto pelos campos jogados, deixando a equipa de Alvalade com um ressentimento de "destino roubado".
O meu pai, que representava uma estirpe quase extinta de Leões, foi sempre respeitador do Benfica (mesmo quando os filhos, ambos Benfiquistas, por infantilidade própria de certas idades, gozaram com as suas derrotas). Ele respeitava o Glorioso porque sabia que não bastava querer ser o maior, havia que realmente sê-lo. Ele sabia que nenhuma das vitórias do Benfica tinham sido um "destino roubado", pois elas significaram apenas que o Sporting não tinha sido suficientemente competente para vencer. Esta visão colocou-o algumas vezes em colisão com outros Sportinguistas, incapazes de assumir que, Historicamente, o Sporting fora, no geral, menos competente que o Benfica no "ombro-a-ombro". E foi, é e será essa rivalidade o que empurra o Benfica para a vitória, não se duvide - não no sentido de bastar "ganhar ao Sporting" (ao contrário do que se tornou referência mental para parte dos Sportinguistas actuais: bastar "ganhar ao Benfica") - mas no sentido de querer ser o melhor e por isso vencer os adversários e as adversidades, ou seja, superar-se.

Jorge Jesus, que nunca escondeu ser Sportinguista, demonstrou pertencer àquela parcela de mentalidade que diminui o clube de Alvalade para uma dimensão de, por exemplo, um Belenenses (e se os tempos fossem outros, não seria de admirar ver Jorge Jesus, à semelhança de Artur José Pereira, daqui a uns tempos pedir ao Sporting para sair, por forma a fundar o seu próprio clube...). Ele menoriza o clube pois coloca a sua figura acima deste, afirmando que agora é que o Sporting é candidato ao título (com ele) e que tudo o que existe agora no Benfica foi criação dele (o que não é afirmação nova, como o Braga bem sabe). Da mesma forma que me senti envergonhado, sinceramente, quando Jesus diminuiu o Benfica com as mesmas afirmações em relação ao Braga, os Sportinguistas deveriam compreender o que estas palavras querem dizer em relação ao seu clube. Só que, se Jorge Jesus for apresentando resultados, isso passará para segundo plano no universo dos adeptos do Sporting... até ao dia em que o ego de Jesus, o soberbo, considerar que o clube que lhe deu condições, estabilidade e dinheiro ficou para trás em comparação com o reflexo da sua imagem no espelho. De facto, para diminuir mais ainda o Sporting, só faltou a Jesus, que ainda há parcos meses festejava o Bi-Campenato entre Benfiquistas, saltar enquanto cantava com os adeptos do Sporting "E quem não salta é lampião!". Ah, mas conseguiu fazer ainda pior, é verdade. Conseguiu provocar Jonas e esperar que ele levasse "na brincadeira" porque, afinal, tinha sido Ele, Jorge Jesus, o Maior, a "cumprimentá-lo". Ora digam-me lá se a palmada que se vê nas imagens e o "qu'é q'foi?" característico de Jesus é qualquer outra coisa que não uma provocação:


Jonas aguentou-se, ciente das câmaras, mas não se ficou, aparentemente:

http://rr.sapo.pt/bolabranca_detalhe.aspx?fid=47&did=195799

Se tudo fosse ao contrário, se o treinador que passara seis anos no Sporting tivesse assinado pelo Benfica e vencido a Supertaça, será que a Sporting TV passaria a sua conferência de imprensa a seguir ao jogo? Pois, se calhar não, especialmente com Bruno de Carvalho. Um dos pontos positivos da BTV neste "pós-jogo": foi absolutamente imparcial e profissional.

E da bola? Bom, falando da bola, perdemos com justiça. Houve um golo mal anulado para um lado, um penalty por assinalar para o outro e ainda um "chouriço" a fazer a diferença, mas foi sempre o Sporting que revelou mais argumentos futebolísticos. O Benfica podia ter ganho até, note-se, mas foi daqueles jogos em que o vencedor foi quem jogou melhor. O Benfica tem muito trabalho pela frente, muitas mudanças a fazer no seu estilo de jogo, se quer de facto competir com a grandeza do seu passado.
No entanto, nem tudo foi negativo: Nélson Semedo ganhou a titularidade. Lizandro colocou um problema a Jardel e Luisão, afirmando-se. Pouca consolação, mas importantes notas para a época que agora começa.


Penso que Rui Vitória deverá impôr as suas ideias e largar de vez quaisquer fantasmas que os jogadores possam ter em relação ao sistema que costumava ser de Jorge Jesus. Que jogue em 4-3-3, como gosta, ou 4-2-3-1. O 4-4-2 pode ser recurso de ocasião, com resultados desfavoráveis, mas penso que deve haver por parte do treinador do Benfica, nesta fase, uma imposição total das suas ideias e cortar de todo com o que possa ainda assombrar o jogo da equipa já tão ferida por este defeso.
É certo que num 4-3-3, Jonas terá de ficar no banco (por muito que custe), sendo Mitroglou o ponta-de-lança com características para fazer jogar o ataque, sozinho lá na frente. Neste esquema, será essencial um transportador de bola, pelo que seria positivo não descartar Djuricic, pois Pizzi não cumpre essa função tão bem. Talisca é hipótese, mas tem de se expôr ao jogo, pedir a bola, e não andar escondido.
Em 4-2-3-1, Jonas pode jogar atrás de Mitroglou e transportar a bola, sendo não só um segundo ponta de lança, como uma referência para o início das jogadas de ataque com bolas rente à relva, lateralizando depois para as investidas dos alas. Se for esse o caso, é ainda importante que seja Pizzi e não Samaris, a jogar ao lado de Fejsa, para garantir a inversão do triângulo do meio campo logo que se parte para o ataque.
Há também a possibilidade 4-2-2-2, que foi testada e funcionou em 45 minutos contra o PSG, mas esse esquema pressupõe a manutenção de Gaitán ou a aposta assumida em Djuricic (e/ou Taarabt, assim que esteja em forma). É fundamental também um lateral esquerdo que dê profundidade e alternativa no ataque, defendendo também com competência!

Enfim, tudo conversa de "treinador de bancada".

O que se exige a Rui Vitória é que monte uma equipa competitiva, que honre a camisola e o peso histórico que representa. Ajudará se ele se impuser e cortar de vez com o fantasma Jesus dentro do próprio balneário. Terá ele personalidade para o conseguir?

 

Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.

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rematado às 10:17




Ao Colinho do Isaías

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O verdadeiro Isaías!


Jorge Jesus? Nunca Mais!


Jonas, um de nós!


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