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De facto, quando não é possível jogar bem, há que vencer o jogo. "Vencer" - eis um dos desígnios da Glória do nosso Sport Lisboa e Benfica. No entanto, já faz bastante tempo desde a última vez que vimos esta equipa jogar bem. Vencemos o Boavista, clube cuja equipa de futebol está agora naturalmente ainda longe do seu passado mais forte, sem ter "boa vista" no campo. Sem ter uma visão acerca do que deve ser o nosso jogo.
Houve ali um periodo após o jogo com o Moreirense em que me pareceu haver uma evolução evidente. Depois a equipa desmoronou-se no derby. Nesta fase pós-desmoronamento, temos assistido a vitórias, é certo e incontestável. O que também é incontestável é que a equipa não consegue colocar em campo princípios de jogo, posicionais e estratégicos capazes de ombrear com formações que estejam acima da média na questão posicional e que sejam incansáveis na pressão que fazem às zonas previsíveis por onde o Benfica sai sempre a jogar. As debilidades defensivas, muitas delas de aparente fácil resolução, tal como a falta de criatividade e dinâmica ofensivas, deixam esta nossa equipa num patamar insuficiente para lutar pelo título.
Continua a ser escassa a procura do jogo interior entre linhas dos dois extremos que, parece, têm ordens para abrir bem e posicionar-se em linha com os dois avançados na saída de bola, desprotegendo e desguarnecendo o centro do meio campo. Continuam a ver-se falhas posicionais na nossa linha defensiva. Continua a não ser claro quem da linha defensiva tem de sair ao homem em cada zona onde está a bola, tal como continua a haver uma protecção insuficiente aos defesas por parte de um meio campo sempre em inferioridade numérica.
Trata-se do Sport Lisboa e Benfica e, por isso, este futebol não chega. Talvez as vitórias tragam as rotinas que faltam, mas duvido. É necessário muito trabalho nos treinos - um trabalho táctico que, parece, não deve estar a acontecer com eficácia.
Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.
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