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Mesmo quase de saída para uma semaninha de férias, dou-me tempo para vir aqui deixar a minha homenagem a este conjunto de jogadores que, mesmo num jogo muito complicado, conseguiram manter o seu espírito "à Benfica".
O Boavista não merece este escalão, tal a choraminguice aliada à provocação. Tiveram o castigo merecido hoje e, pessoalmente, ficaria satisfeito que tivessem o castigo que merecem em Maio.
E aquele golo? Um jogador normal tinha colocado aquela bola na bancada. O Jonas não.
Fica o repto:
Jonas à campeão, Boavista na segunda divisão!
Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.
Quanto mais distantes ficam da salvação, mais os jogadores do Tondela entram em descrença. O grupo de jogadores não está ao nível da I Liga, é certo, mas com certeza que os verão produzir mais, logo que o veredicto esteja lançado e seja matematicamente impossível escapar à descida. Questões de arcaboiço emocional.
O nosso grande Petit, cuja saída extemporânea do Boavista é para mim ainda um mistério, veio agarrar um projecto sem pernas para andar ou, pelo menos, só podendo andar com pernas que não estas.
O Benfica não necessitou de se empenhar para vencer confortavelmente, pese os amarelos desnecessários de Jardel e Mitroglou (se bem que não me convenço que o do Grego não fosse propositado, pensando em "limpar" no Bessa). Jonas acrescentou mais dois à sua conta e só não será o melhor marcador este ano se for permitido ao Slimani passar a marcá-los com os cotovelos... e mesmo assim...
Mantivemos a liderança e ultrapassámos mais uma barreira. Juntos até ao fim, altura em que se farão as contas a esta interessante e completamente atípica época.
Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.
NOTA: Quanto às insinuações de Inácio acerca de Júlio César, enfim... só espero que os assalariados ao serviço de Bruno de Carvalho se mantenham nessa toada "peixeira". É que mesmo que fosse verdade, acabaram por unir ainda mais, como as declarações de Jorge Jesus já o tinham feito em relação a Rui Vitória. Pelo "peixe" lhes morre a boca - já ninguém os levará a sério quando se tratar de algo mesmo sério e grave.
Sofrendo de um síndrome de "destino roubado", como já antes tinha exposto, parece não haver limites para este recente onda de anti-Benfiquismo por parte de gente ligada ao Sporting e de gente que, não estando ligada, lhe é adepta.
Ora, o pior é quando isso conta com a colaboração ou conivência da própria instituição Sport Lisboa e Benfica.
Um dos seus ex-funcionários já adulterou a nossa História com a aceitação das instâncias do clube, apesar de desmentido por quem sabe. Não contente com isso, talvez por sentir, devido ao tal síndrome, um acréscimo significativo no desconforto habitual ao ver a equipa do Sport Lisboa e Benfica perto do primeiro lugar na tabela (ainda que com nada decidido no que ao título diz respeito) antes do derby de Lisboa, Esse ex-funcionário viu publicado n'A Bola um artigo em que distorce, uma vez mais, a História do Benfica e tece comparações incomparáveis com a realidade actual.
Por muito prazer que tenha sentido, por momentâneo e efémero que possa vir a ser esse "orgasmo" a curto/médio prazo, de ter convencido o treinador bi-campeão do Sport Lisboa e Benfica a rumar a Alvalade, não pode pensar que ninguém está atento à aldrabice. Porque não comparou Arthur John com Jorge Jesus, ao invés de Artur José Pereira? Eu sei porquê. É que Arthur John foi bi-campeão nacional no Sport Lisboa e Benfica e quando se mudou para o Sporting Clube de Portugal, ajudou-os a ganhar... zero! Por isso é que a comparação, até mais evidente, não foi feita e o tal ex-funcionário decidiu adulterar a História de Artur José Pereira.
Pois bem, sempre atento e disposto a aguçar a pena Em Defesa do Benfica, Alberto Miguéns expôs e documentou a reposição da verdade na trapalhona mentira que Ricardo Serrado (assim se chama o tal ex-funcionário, Sportinguista de convicção que se intitula imparcial mas distorce a verdade Gloriosa a cada oportunidade).
Todos os Benfiquistas têm interesse em ler esta resposta.
Encontram-na aqui.
Foi preciso sofrer, mas já se sabia que o sofrimento teria de fazer parte desta segunda mão. Afinal, cabia à equipa Russa, em sua casa, tudo fazer para virar a desvantagem mínima que trouxe da Catedral.
Ainda assim, o Benfica entrou com a ideia de disputar a partida e marcar o seu golo. A consegui-lo, obrigaria o Zenit a ter de escalar a montanha psicológica de três golos.
Após uma primeira parte dividida, a segunda teve um Zenit mais pressionante, pressionada que estava a equipa para marcar o golo do empate na eliminatória. Foi, curiosamente, num lance ao estilo do clube do qual o seu treinador é adepto, que o Zenit, por fim, empatou a eliminatória:
Um lance repleto de garra, de ímpeto, de irregularidade e de um árbitro complacente.
No entanto, ao contrário de outras equipas que também sofreram na pele decisões incorrectas de árbitros perante equipas Russas nesta prova, o Benfica não chorou. Acreditou, encheu o peito e foi em frente tentar resolver o jogo de seguida. É certo que contamos com o espírito de Eusébio, mas isso não torna ilegal o golo inventado pela fé de Jimenez - afinal, não há regra que se conheça que impeça a intervenção divina ou espiritual. À bota de Jimenez desceu o pé direito de Eusébio e a fé do Mexicano fez o resto: remate impressionante, defesa incrível do guarda-redes, encosto de Gaitán para o 1-1 e a resolução da eliminatória. Grato Eusébio! Grato Jimenez!
Com o adversário já resignado, Talisca ainda pôde, com facilidade e um toque de classe, fazer o segundo golo.
Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.
Uma equipa pequena ter-se-ia desmoronado após o golo do Zenit (ainda por cima obtido da forma que foi). Só que o Sport Lisboa e Benfica é GIGANTE!
Tinha deixado escrito, no artigo anterior, que seria a pressão a decidir este campeonato. Bom, para já, foi sem dúvida a pressão que decidiu o Sporting - Benfica de sábado. Tendo a iniciativa de jogo, até forçada sobre os jogadores, parecia, a equipa do Sporting nunca foi clarividente o suficiente para poder afirmar que dominou o jogo e que foi "tiro ao boneco".
Longe disso.
A equipa do Benfica apresentou-se organizada, pragmática e concentrada. Cometeu poucos erros e num deles ia quase sofrendo o empate. Teve sorte? Pois claro que teve. No entanto, "A sorte dá muito trabalho", como se diz por aí hoje em dia. Muito trabalho, dedicação e humildade confiante.
Disse Jorge Jesus que o Rui Patrício não fez uma defesa. Tem razão, de facto: o toque subtil do enorme jogador Mitroglou teve tanta classe, que o pseudo novo Victor Damas (como se Rui Patrício chegasse sequer aos calcanhares do enorme rival de Eusébio) só se pôde sentar para melhor assistir à comemoração. Não fez uma defesa porque não há como defender o indefensável.
Disse Jorge Jesus também que o Benfica venceu sem saber como. Talvez a imprensa tenha, de novo e como sempre (por estar sempre contra o Sporting - assim o afirma quem diz que sabe), deturpado ou entendido mal as palavras do futuro treinador do Real Madrid (ou será FC Porto, afinal?). Provavelmente Jorge Jesus, resignado com a derrota e com a inabilidade da sua equipa em dominar o jogo em sua casa (como as estatísticas abaixo revelam) e frustrado com a inabilidade dos seus jogadores em lidar com a pressão que o seu próprio presidente colocou sobre os seus ombros, terá dito: «O Benfica ganhou. Sem saber, como.», ou seja, terá assumido a derrota e admitido que, sem dispor de "saber", tê-la-á comido ele mesmo. É bem possível que afinal essas declarações mal entendidas sejam afinal mais uma campanha da comunicação social contra o Sporting.
A realidade, contudo, é que neste momento o Sport Lisboa e Benfica está na luta, quando esteve arredado em finais do ano passado. Tudo devido à pressão de uns que muito falam (e que quiseram pontapear o seu rival quando este esteve caído no chão) e à ausência desta dos que foram dados como mortos (até por mim!). A realidade é que o clube de Alvalade, com a pressão de si próprio, treme como varas verdes.
Estou seguro que ainda não foi desta, contudo, que o Sporting Clube de Portugal aprendeu que a Glória não se obtém por decreto: CONQUISTA-SE!
Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.
Nota 1: Penso que o Sporting deve punir Bryan Ruiz com severidade. Ter-se deixado subornar com um mero voucher para o Museu da Cerveja e um kit Eusébio é indigno. Só assim se explica ter falhado este golo cantado, certo? É que se houve um erro contra o Sporting, foi orquestrado pelo Benfica, decerto!
Nota 2: Ou então a astúcia e planeamento persecutório ao Sporting Clube de Portugal, perpetrado pelo Sport Lisboa e Benfica vai ao cúmulo, como este Benfiquista parece quer revelar:
Afinal, é certo que os adeptos leoninos já a viam "toda lá dentro" quando afinal ficou bem fora.
Como quem acompanha o futebol (não só a Liga Portuguesa, mas outros campeonatos por essa Europa fora também) sabe, quem define o objectivo de ser campeão não pode vacilar com as equipas de menor valor que a sua. Os encontros entre "iguais" são sempre uma incógnita, muitas vezes repletos de surpresas e desenlaces inesperados, mas os encontros perante equipas de menor capacidade futebolística são os que definem, em grande parte das vezes, os campeões finais. Sempre defendi isto: de que serve ganhar derbies ou clássicos se se perdem pontos com quem se tinha a obrigação de vencer?
Quem viu o Benfica do início da época (depois do desastroso planeamento da pré-época) e quem o vê agora, percebe que são duas equipas distintas. Aliás, corrija-se, um era um conjunto de jogadores e este agora, uma EQUIPA, unida pela vontade de Vitória (o objectivo e o treinador, simultaneamente). Um Benfica que conseguiu construir um estilo de jogo que tem dado e dará muito poucas hipóteses a equipas de menor valor que o seu. Tem cumprido a sua quota, tem feito a sua obrigação e não mais se sentiu abalado.
A isto, não é estranho o factor pressão. É que depois de perder por três golos na Luz com o Sporting, o Benfica tinha tudo a reconstruir. O Sporting, por seu lado, tinha tudo a provar - é que não basta golear o Benfica para ser campeão. O Presidente do clube de Alvalade sabe (e disse-o) que encontrou um clube sem mentalidade vencedora. No entanto, por não ser (considero-o eu, opinião pessoal) uma pessoa muito inteligente (compensando essa lacuna com emotividade, demasiadas vezes, pueril), Bruno de Carvalho tem colocado sobre o seu clube, sobre si, sobre o treinador (que já de si tem a pressão de ter vindo directamente do maior rival) e sobre o plantel, toda a pressão de ter de provar o seu valor (por muito que para Jesus isso sejam "peaners").
Note-se: até Dezembro, o Benfica tinha o campeonato perdido. Só podia trabalhar para melhorar o seu jogo e tentar qualquer coisinha que salvasse a época. O Sporting tinha a vela içada e navegava pelo campeonato como se já fosse Maio. Só que um tinha pressão e o outro não. Tal como a recente recuperação do Porto demonstra, este será o factor decisivo neste campeonato: a pressão. O Sporting escolheu mal a sua estratégia emocional, pois, como afirmei na altura em que Jesus foi confirmado em Alvalade, nunca iria ter um plantel esta época para ser campeão "de caras" - e o facto é que não o tem.
Ontem o Benfica cumpriu, diante de um União da Madeira que lhe roubou dois pontos e três ao Sporting, mais um passo do seu caminho, sem pressão. O Sporting, por sua vez, terá ainda dez jogos pela frente em que jogará contra o adversário da jornada e contra si mesmo, a sua emoção e o seu incontrolável (ou descontrolado neste momento, direi) desejo de ser o que o Benfica é - tal como escrevi certo dia, é um síndrome de "destino roubado". O Porto, que regressou à luta em plena Luz, dá a ideia de estar a correr algo coxo, sim, mas vai conseguindo acompanhar o ritmo do pelotão, à espera de uma oportunidade: saberá agarrá-la, se surgir?
Tudo se irá decidir com o factor pressão.
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