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Passada a tempestade ventosa que quase punha em causa a realização do jogo, apareceu a tempestade das adversidades que teimam em atravessar-se no caminho do Glorioso. Como bom marinheiro, Rui Vitória conseguiu, apesar delas, levar a bom porto a sua excelente tripulação em mais uma paragem rumo ao destino traçado.
Nesse ponto, Rui Vitória tem se revelado extraordinário: nunca treme, mesmo quando o vento que rodeia o Benfica abana a sua equipa. A equipa mudou a qualidade do seu futebol ao longo da época, mas ele nunca o seu discurso. Sempre calmo (excepto para dar breve resposta a quem o desrespeitou publicamente) e sempre coerente.
Pela parte que me toca, dou a mão à palmatória: fui dos que descreram da sua capacidade de liderança, da sua capacidade técnica para colocar a equipa a render. Enganei-me, com muita felicidade me enganei, em tudo isto.
Com uma inabalável convicção, perante a adversidade dividida entre um amarelo ridículo e uma atitude que só a juventude pode explicar, a equipa nunca perdeu a crença, reajustou-se, reencontrou-se e até se superou. Venceu o Marítimo que só não foi melhor porque a organização da equipa do Benfica não permitiu - esta é a realidade. Pouco mais há a dizer do jogo. Do campeonato, se fala no fim.
Falta uma final, agora a mais importante de todas. Falta uma, na Catedral!
Transformou o vendaval destruidor em vento favorável à sua vela içada.
É na tempestade que se conhece o marinheiro.
NOTA: Rápidas melhoras ao infortunado jogador Maurício. Quero também dar os parabéns aos campeões Iniciados. Cá vos aguardamos daqui a uns anos, para envergarem o manto sagrado.
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