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A Eusébio Cup ficou com o Torino FC. Não com "Il Grande Torino" de 1949, mas sim uma equipa e um clube em reconstrução e revitalização recente.

 

À boa moda Italiana, apresentaram muito músculo, disciplina e entreajuda, padecendo, no entanto, de uma falta de capacidade técnica que um outro Benfica aproveitaria. Foi, penso, no capítulo físico e muscular que o Torino conseguiu anular o ímpeto do Benfica, apesar do desastroso golo madrugador alcançado. Talvez fruto da carga de treinos, provavelmente necessária, os jogadores não só não conseguiram competir com a fisicalidade Torinense, como perderam gás cedo demais. As substituições, como é, aliás, frequente nestas pré-épocas, trouxeram menos pela sua quantidade e quebra, que trariam num jogo de competição oficial. Aliás, sou da opinião que a Eusébio Cup deveria ser encarada como uma competição oficial, pelo menos pelo Benfica. Por isso, o número de substituições deveria ser a oficial: 3.

 

Em qualquer dos casos, apesar da fraca exibição, parece-me que a equipa está a demonstrar trilhar um caminho positivo para atacar o tetra.

Com o Torino de 1949 relembrado, desejo agora uma Eusébio Cup com o Hajduk Split:

"Sempre presentes
no teu Coração,
cantando o Glorioso destino
do Campeão.
Lembramos o Gullit, a Rita e o Tino...
para sempre Иo Иame... oooh
Para sempre Иo Иame!
Para sempre Иo Иame!
Havemos de ir ao Céu e voltar!
Ao Céu e voltar!
Sempre presentes
no teu coração,
Para sempre Иo Иame!"

- adaptação minha de um excerto da canção
"Where the streets have no name" da banda U2.

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rematado às 09:15


Recordando o Torino de 1949

por Ao Colinho do Isaías, em 25.07.16

Com a pré-época a decorrer de uma forma correcta e em crescendo (mesmo o jogo em Sheffield foi uma evolução para a equipa), aproxima-se aquele que deve ser encarado como o primeiro jogo oficial da época de futebol do Sport Lisboa e Benfica: a Eusébio Cup.

 

Como só o Alberto Miguéns sabe oferecer, fica aqui em destaque a série de artigos sobre o Torino FC de 1949, a sua relação com o SL Benfica e, também, a tragédia em si. Repletos de recortes da época, de fotografias, de entrevistas, declarações e notas, estes artigos (como aliás é costume no autor) merecem uma atenção cuidada e de serem saboreados com tempo.

 

Há que perceber a importância Histórica desta edição da Eusébio Cup.

 

Aqui têm os artigos:

 

1 de Maio de 1949

2 de Maio de 1949

3 de Maio de 1949

4 de Maio de 1949

5 de Maio de 1949

 

Talvez, após esta homenagem ao Torino FC, possamos receber o Hadjuk Split, por razões obviamente diferentes, ainda que não menos trágicas.

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rematado às 08:35


Estava escrito!

por Ao Colinho do Isaías, em 11.07.16

Da forma que todo o Euro 2016 correu a Portugal, estava escrito que seria desta que venceríamos: venceríamos pelos que hoje envergam a camisola da selecção nacional, mas também por todos os que a envergaram e não obtiveram essa vitória, merecendo-o bem mais.

O pontapé de Eder (que fez o jogo da sua vida, diga-se) foi de Eusébio, de Coluna, de Simões, de Chalana, de Carlos Manuel, de Diamantino, de Rui Costa, de João Pinto, de Figo e de todos os outros que, de certeza absoluta, injustamente não mencionei.

O peso deste golo na História do futebol Português, expande-se na direcção desses ases do passado e, com certeza, também no futuro - seja ele qual for, que esteja reservado para a selecção.

 

Rui Patrício teve um jogão, ao nível das exibições no resto do Euro, mantendo o sonho vivo em certos momentos.

Rui Fonte e Pepe estiveram certinhos (ainda que Pepe tenha sido um pouco mal batido no lance aos 91', em que o poste nos salvou).

Cedric e Guerreiro estiveram muito bem, tanto defensivamente como quando subiram no terreno. William algo nervoso, não conseguiu ser o pivot defensivo e primeira referência de construção (muito por culpa de Griezmann que lhe apareceu muitas vezes na zona).

Renato esteve um pouco apagado - pareceu-me cansado, o que é normal, tendo em conta a sua forma de jogar e o esforço que providenciou à equipa nos jogos anteriores.

Adrien entregou-se muito, mas esteve sempre em desvantagem perante a fisicalidade do meio campo Francês.

João Mário tentou sempre ser solução, mas, nunca conseguiu neste Euro evidenciar toda a capacidade que demonstrou no campeonato - talvez cansaço, também, sim.

Nani foi o jogador Português em melhor forma neste Euro e, apesar de muito tapado neste jogo, esteve bem no que foi possível.

João Moutinho fez o que Fernando Santos lhe pediu.

E depois, Eder. Bom, o Eder. Foi o jogo da vida do Eder, foi mesmo. Ganhou todas as bolas divididas pelo ar, pôs em sentido a dupla de centrais adversária e, para colocar a cereja no topo do bolo, ficou na História com o golo da vitória.

 

Ronaldo, por seu lado, alternou o Euro todo entre o jogador colectivo que eleva o futebol de qualquer equipa a um nível fantástico e o jogador dos números individuais que desafinam qualquer colectivo. Ele será dos poucos a não perceber que, num jogo destes, a sua saída acabou por ser benéfica para o jogo colectivo.

É triste que se continue a alimentar o ego e a necessidade de protagonismo de um rapaz que, não obstante a sua enorme qualidade futebolística individual, não tem postura nem arcaboiço para ser Capitão. Já sei, já sei: é o melhor do mundo, dizem os especialistas. Eu discordo dessa leitura mas aceito o veredicto deles. Contudo, há mais no futebol e no desporto que os números - Ronaldo, já trintão, pode estar à beira da fase da sua vida em que descobrirá isso mesmo e talvez não da forma que espera.

Chego a Fernando Santos. O seu bluff funcionou e as estrelas (as lá de cima e as que tinha na equipa) protegeram-no. Montou uma equipa com um futebol chato e pouco ligado, mas que, qual Itália, foi passando as barreiras que lhe apareceram ao caminho, com maior ou menor esforço, com maior ou menor fortuna.

Fica na História, isso é incontestável, como o seleccionador que conseguiu o que nenhum outro antes conseguira: ganhar uma final por Portugal.

 

Parabéns a todos os envolvidos pelo primeiro título de uma selecção Portuguesa!

Estava escrito!

 

---------

 

Quanto à finalista França: já lá estivemos, mes amis... sabemos como é.

 

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rematado às 08:49


Todos gratos à cidadania do Bruno

por Ao Colinho do Isaías, em 08.07.16

Diário de Notícias vem, de certa forma, fazer parcialmente a vontade a Bruno de Carvalho, ao apresentar a ficha do Hospital relativa ao nascimento de Renato Sanches. Com certeza que o resto da documentação, a tal que o actual Presidente do Sporting Clube de Portugal sugeriu, inocentemente, que fosse publicado para que não pairassem dúvidas, será apresentado em tribunal. Aí e então, Bruno de Carvalho poderá ter, por fim, a sua cidadania pacificada, ao verificar que a verdade foi assegurada - ainda que possa, eventualmente, ser condenado a pagar qualquer coisita (tal como Carlos Severino e Guy Roux), tal preço é ínfimo incómodo pela honra de ter ajudado a que a verdade fosse apurada! É que o excelso cidadão promoveu que se ultrapassasse o obstáculo epistemológico do Ónus da Prova, de modo a que todo o mundo pudesse ficar esclarecido, por fim, e que este jovem talento pudesse disfrutar do seu futebol de forma mais leve! Todos gratos à cidadania do Bruno!

 

Transcrevo aqui a notícia na íntegra:

Renato Sanches em ação num jogo das camadas jovens do Benfica. Entrou para a formação encarnada em 2008 com apenas 9 anos, vindo do Águias da Musgueira... e as trancinhas sempre fizeram parte do 'look'.

O DN teve acesso ao registo de internamento da mãe, em que consta a data de nascimento: 18 de agosto de 1997, às 15.25, 2,560 quilos.

O crescimento de Renato Sanches como jogador foi de tal forma meteórico - da equipa B do Benfica ao Bayern Munique numa época - que deu azo a suspeitas sobre a tenra idade para tamanho talento. Tem apenas 18 anos? Porque foi registado com cinco anos? Estas foram algumas das questões levantadas e que levaram o jogador a decidir processar quem colocar em causa os seus 18 anos.

O DN teve acesso ao documento que acaba com as dúvidas. Trata-se da ficha clínica da mãe no Hospital Amadora-Sintra, onde consta o internamento de Maria Auxiliadora da Luz das Dores e o nascimento de um rapaz, a quem dariam o nome do pai: Renato Sanches.

O registo de internamento de Maria das Dores, quando deu entrada no hospital Amadora-Sintra, para dar à luz um rapaz no dia 18 de agosto de 1997, às 15.25, com 2,560 quilos, a quem daria o nome do pai: Renato Sanches

 

Foi este documento que "foi entregue na conservatória a atestar o nascimento do filho de Maria Auxiliadora e que é entregue a todas as mães que tenham dado à Luz no Amadora-Sintra", explicou fonte do hospital ao DN. A mesma fonte lembrou que hoje o processo já não implica cedência de papéis para registo, uma vez que os bebés são registados no próprio hospital, através do Balcão Ser Cidadão.

O bebé em causa, Renato Júnior Luz Sanches, nasceu no dia 18 de agosto de 1997 às 15.25 e pesava 2,560 quilos. E nasceu no Amadora-Sintra porque à data o pai tinha residência fixa na Damaia, onde vivia com a mãe. Mais tarde, com a separação, a mãe voltou à Musgueira, onde o jogador cresceu.

Até agora só era conhecido o documento emitido pela 2.ª Conservatória do Registo Civil da Amadora, onde era atestado que Renato nasceu às 15.25 do dia 18 de agosto de 1997. Dados que conferem com o registo de nascimento revelado pelo DN.

Já o facto de o jogador só ter sido registado aos 5 anos, segundo noticiou o Jornal de Notícias, teve que ver com a separação dos pais. O pai, que também se chama Renato Sanches, e é natural de São Tomé e Príncipe, mudou-se para França após o fim da relação com Maria das Dores, cabo-verdiana, e só voltou passados cinco anos para batizar o filho. Isto em 2002, quando Renato já tinha 5 anos.

Aos 9 anos, Renato foi para o Seixal, academia do Benfica, tendo-se estreado na equipa principal das águias a 30 de outubro de 2015, com o Tondela (4-0). Depois começou a viver um conto de fadas. Foi campeão nacional e assinou pelo Bayern antes de ser convocado para o Euro 2016, em que o seu desempenho tem estado imune aos rumores sobre a idade. O jogador tem sido aconselhado a não falar do assunto e por isso só por uma vez o abordou, numa entrevista à revista Sábado, a 21 de junho: "Claro que falta tu acordares de manhã e veres mais uma vez que o Renato não tem 18 anos, afinal tem 23 ou 25. Cresci em Portugal, estou há dez anos no Benfica, como é que vou ter 25 anos? Não tem lógica."

 

Guy Roux e Bruno de Carvalho

Guy Roux trouxe esta semana à ordem do dia a questão da idade do médio português. "Acredito que tenha 23 ou 24 anos. Mas é um jogador muito bom", disse o ex-técnico do Auxerre, que deverá ser alvo de um processo do jogador, como acontecerá com todos os que colocarem em causa a sua idade.

O assunto já vem de 2015, quando Carlos Severino, ex-candidato à presidência do Sporting, lançou suspeitas sobre a idade do jogador na CMTV. Mais recentemente, Renato Sanches exigiu um pedido de desculpas a Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, na sequência de comentários que fez no Facebook, sobre "um nascimento no Amadora-Sintra", em 1997.

O pedido de desculpas não aconteceu... mas ainda ontem Bruno de Carvalho abordou o assunto, em entrevista à TSF, completando: "Na defesa do jogador Renato ter-se--iam resolvido todos os problemas se o clube antigo, uma vez que já foi vendido ao Bayern de Munique, tivesse apresentado documentos. Não o quis. Se fosse um atleta do meu clube teria acabado com toda esta conversa logo desde o início. Apresentava a documentação, pois acho que a defesa dos meus atletas, que são a minha família, está acima de tudo. Não foi feito, agora não venham inventar."

E fez um desafio ao médio para a final: " O Renato fez um fabuloso golo. Traz uma dinâmica interessante. É um jogador da seleção e acarinho-o como a todos eles. É um jogador da minha seleção. Se for preciso faz um hat trick e fico muito satisfeito."

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rematado às 11:06


Em deferência à Defesa do Benfica

por Ao Colinho do Isaías, em 04.07.16

Em tempos de férias futebolísticas, em que pouco se ganha em especular acerca do plantel antes sequer de haver bola a rolar na pré-época, venho aqui fazer um apanhado de posts recentes no fundamental blog Em Defesa do Benfica, de autoria de Alberto Miguéns.

 

Para os mais distraídos, este blog é um farol do Benfiquismo que pode parecer estranho aos mais novos, (mal) habituados a uma era de comércio demasiado fácil em que tudo se vende e compra, até a ideologia e a convicção. Estes recentes exemplos são, a meu ver, uma excelente oportunidade de revisitar o espírito da "águia gloriosa" que fez o Sport Lisboa e Benfica. Primeiro que empresa, marca ou valor comercial, este é o clube Benfica, uma associação de valores bem para além do desporto, mas desportista em tudo. O Alberto, a quem aproveito para "tirar o chapéu" (que não uso), é um resistente defensor desse espírito. Que o seja eternamente!

 

Este emblema é ilegal

 

Coerência Serradiana

 

O Benfica não precisa de ser o que não é

 

Posto isto, Benfiquista, larga "A Bola", o "Record" ou "O Jogo" que nada te acrescentam e delicia-te neste blog, se é que ainda te é desconhecido. Acede a todas as referências, lê todos os documentos apresentados e nunca tomes a palavra do Alberto como verdadeira só porque sim: ele apresenta sempre as razões por detrás das suas afirmações e quando não, questiona-o e ele responde-te, tira-te as dúvidas. Depois de leres estes, procura mais, pesquisa o blog, segue as referências e etiquetas. Não te irás desiludir.

 

Ah! Nada como uma bela dose de Benfiquismo durante as férias, um banho de Luz por entre estas trevas de uma Humanidade cada vez menos brilhante!

 

Actualização 04/Julho, 20:12h

Um leitor deste blog fez-me saber de uma iniciativa, uma petição, para colocar Alberto Miguéns como responsável pelo Museu Cosme Damião. Nada mais justo, acertado e coerente com o Benfiquismo!

Aqui fica, para todos os Benfiquistas:

Considero uma excelente iniciativa e devemos todos, como Benfiquistas, dar uma resposta à altura. Pode até nem mover a direcção do clube, que poderão manter-se cegos a tal desígnio, mas pelo menos que tornemos esta iniciativa que partiu de um só, a iniciativa de todos nós, à Benfica!

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rematado às 08:49




Ao Colinho do Isaías

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