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Realizou-se, após muita espectativa, o primeiro encontro de pré-época do Sport Lisboa e Benfica, diante de um Paris Saint-Germain que se apresentou com segundas linhas rápidas e jovens. Esse facto, penso, representou um treino positivo, pois muitas equipas em Portugal dispõem no ataque de elementos cheios de pulmão e velocidade, ainda que com menos técnica que os desta equipa.
Tratava-se do primeiro jogo, por isso, seria expectável haver alguma falta de ritmo e dificuldade de entrosamento. Contudo, dado que o onze inicial apresentado por Rui Vitória teve, nos seus elementos, poucas mudanças do onze base da época anterior, a primeira impressão foi bastante boa. A formação táctica do onze, no entanto, alterou ligeiramente, resultando, a meu ver, numa conjugação interessante.
A ideia pareceu ser um 4-2-2-2, atribuindo total liberdade aos 2 do meio campo ofensivo para encontrar espaço e procurar jogadas de ataque. Gaitán, pelas suas características, mais solto, móvel e com capacidade tanto no jogo interior como no exterior; Talisca mais fixo no jogo interior, procurando o passe final para Lima (que descaía mais para a direita) ou Jonas, ou o remate com o excelente pé esquerdo de que dispõe. Atrás destes, Samaris e Pizzi (com certeza que será Fejsa, quando for a doer) tentam atribuir segurança não só ao centro, como às costas de Sílvio e Eliseu, que têm ordens claras para integrar o ataque com frequência neste esquema.
É uma ideia interessante e que funcionou. O Sport Lisboa e Benfica podia perfeitamente ter saído para o intervalo com o resultado em 3 ou 4 a 1, não fosse alguma falta de sorte na finalização.
A seguir ao intervalo, Rui Vitória alterou o esquema para 4-3-3, substituindo Jonas por Carcela, que se encostou à direita, jogando Gaitán à esquerda e Talisca na ponta do triângulo no meio campo, com Samaris e João Teixeira (que substituiu Pizzi) atrás de si. André Almeida também entrou por Sílvio, mas para a mesma posição.
Não funcionou. O Benfica perdeu a batalha do meio campo que estava a conseguir controlar no primeiro tempo, e deixou de ter tanta capacidade criativa e ofensiva. Claro que agora é que é o momento para testar vários esquemas, mas este 4-3-3, que ele quereria que fosse um 4-2-3-1, precisa de ajustes para funcionar e é, também, mais fácil de anular por parte dos adversários. De notar, no entanto, que Carcela revelou ter dotes de bom jogador, apesar de poucas oportunidades para isso neste jogo.
A partir do momento que Rui Vitória tomou a decisão, pouco sensata direi eu enquanto leigo, de substituir de repente o resto da equipa com o jogo em 2-2, o esquema deixou de ser 4-2-2-2 ou 4-3-3 ou mesmo 4-2-3-1 e passou a ser um caos qualquer sem grande nexo. Não é assim que se experimentam modelos e penso que Vitória tomou a decisão errada ao substituir tanta gente de repente, mesmo do ponto de vista de preparação.
É pré-época, mas nós somos Benfica e temos de ter sempre o olho na vitória - ainda que seja preferível que se perca tudo nesta competição do que nas que virão "a doer".
Em suma, vimos muito bons indicadores na primeira ideia de Rui Vitória, que aplaudo, mas vimos também que o plano B não é "grande espingarda" de momento.
Que venha agora a Fiorentina então, para se perceber melhor!
PS: Não me venham mais com a conversa do Nélson Oliveira... é outro Ola John mas com menos técnica. Venda-se.
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