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Dimensões

por Ao Colinho do Isaías, em 06.04.16

O Benfica fez em Munique ao Bayern aquilo que o Braga quis fazer ao Benfica na Luz.

Uma questão de dimensões; de clube, de cultura, de valia dos jogadores...

 

Com o Braga, é certo que tivemos a sorte do jogo - não sofrendo quando podíamos ter sofrido e marcando quando podíamos marcar - mas a dinâmica despertada pelo primeiro golo foi tão forte que a goleada é mais que justificada.

 

Achei curioso que Paulo Fonseca parece estar mais respeitoso quando se refere ao Benfica. Terá aprendido algo com a marca de bota que ainda deve ter ficado do pontapé no rabo que levou no Porto? Espera-se que sim.

 

Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.

 

Quanto a Munique, pergunto: quantas equipas teriam desmoronado após aquele golo aos 2 minutos? Sofrer um golo cedo em Munique diante deste Bayern de Guardiola não é desprimor nenhum, jogar de olhos nos olhos (com a diferença de dimensão dos jogadores disponíveis, claro) e não se limitar a sofrer vaga após vaga de ataques bávaros é um aspecto positivo e promissor. Aconteça o que acontecer, o Bayern já respeita o futebol Português novamente.

 

Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.

 

Ah e perdoem-me os analistas, eu, como Benfiquista e até mais esclarecido ainda pelas regras da FIFA (ver este post no NGB acerca disso), não penso que aquele lance do Lahm seja penalty. O braço está lá a apoiar o carrinho (seria quase impossível e muito pouco natural fazê-lo com os braços atrás das costas) e não há movimento do braço para ir ao encontro da bola quando esta é rematada pelo Gaitán. Em contraste com o penalty contra o Braga em que, aí sim, há movimento do braço após a bola sair do pé.

Adicionalmente, e nada tendo a ver com o assunto directamente, vendo as imagens, também me pareceu que o Fernando Torres foi bem expulso contra o Barcelona. A primeira entrada é alaranjada e ele ainda reclama com o árbitro, pondo-se a jeito. A segunda entrada, até pode ter sido um tropeção, mas quem vai entrar à bola assim habilita-se - o facto não é a intenção, mas a ocorrência: o jogador do Barcelona foi atingido com uma entrada ríspida que justifica o amarelo, que era o segundo na ocasião.

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rematado às 08:31




14 comentários

De zeze a 06.04.2016 às 10:17

Ontem vendo um programa da sic noticias onde existe
um monólogo da dita verdade desportiva
foi possível constatar que o sportinguista rui santos
não viu nenhum penalti no bayern-benfica

a curiosidade está em que apenas duas pessoas
no planeta terra não viram o penalti

ELE E O APITADOR

de resto toda a gente viu

e por isso se deve colocar a seguinte questão:

este senhor tem autoridade para falar em verdade desportiva????

ou melhor
este senhor tem isenção q.b. que lhe permita falar em verdade desportiva????

a nosso ver não tem a isenção necessária para estar num programa SÓZINHO
a falar sobre verdade desportiva

há muito que o senhor balsemão devia ter acabado com um programa
onde um individuo fala envergando a camisola do seu clube

ou então devia colocar lá contraditório

há uns programas atrás fazendo campanha pelo seu clube do coração
elencou 3 ou 4 situações de hipotéticos penaltis que não foram marcados
contra o Benfica

o melhor que conseguiu arranjar foram uns encostos duvidosos de
defesas benfiquistas

ao ver aquele número de circo e de ilusionismo pensei
com que lata vem este tipo para aqui fazer de câmara de eco
da campanha do seu verde clube
quando só em jogos deste ano foram perdoados ao seu amado clube
oito, 8, oito, 8, oito penaltis!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
só nos 4 jogos contra o Benfica, um deles com braço partido e tudo

(que infelizmente pode ter acabado com a carreira do Luisão)

está na altura de dizer basta

se o senhor balsemão não corre com este senhor
então tenha a coragem de mudar o nome do programa para:

TEMPO DE ANTENA DO SCP ÀS TERÇAS NA SIC

assim já as coisas se aproximavam da realidade

e agora olhos nos olhos com esse senhor:

-tú não tens vergonha ????
-ou tu pensas que enganas alguem????

se tivesses vergonha fingias que ias à casa de banho
e saías pela direita baixa

mas parece que não tens essa coragem

bem dizia o meu avô: homem pequeno velhaco ou bailarino

PS- apesar de tudo deixo ao senhor rui santos um conselho:
sempre que abrir a boca pense no que disse no passado
sobre situações iguais
para não cair no ridiculo de uma dita verdade desportiva
que a bem (e aqui sim da verdade desportiva)
se devia chamar
INVERDADE DESPORTIVA
OU VERDADE VERDE DESPORTIVA

TEM JUIZO PÁ

De Ao Colinho do Isaías a 06.04.2016 às 10:36

Caro zeze,

Concordando com tudo o que aponta a Rui Santos (que não tem condições nenhumas para sequer ser jornalista, quanto mais ter um programa daqueles), eu também, como referi no artigo acima e justifiquei com as leis de jogo, não vi penalty no lance do Gaitán com o Lahm, sendo honesto.

Hoje perguntaram-me: se fosse ao contrário o árbitro marcava. Acredito que sim, no entanto, o facto de se roubar para um lado não significa que passa a ser correcto roubar para o nosso. Factualmente, não me parece penalty:

http://www.fifa.com/mm/Document/FootballDevelopment/Refereeing/02/36/01/11/LawsofthegamewebEN_Neutral.pdf

«(...) Handling the ball involves a deliberate act of a player making contact with the ball with his hand or arm. The referee must take the following into consideration:
• the movement of the hand towards the ball (not the ball towards the hand)
• the distance between the opponent and the ball (unexpected ball)
• the position of the hand does not necessarily mean that there is an infringement (...)»

Cumprimentos,
Isaías

De BENFICA365 a 06.04.2016 às 10:34

Boas meu caro:
em 1º lugar espero que as férias tenham sido isso mesmo: FÉRIAS!

Depois como você e eu promovemos e defendemos o debate de ideias e opiniões, vou discordar da sua análise (bem justificada) do lance entre Gaitan e Lahm na área do BM.
Não é que dois ou três errados façam um certo, mas assim por alto lembro-me de dois ou três lances idênticos envolvendo nossos jogadores: Miguel Vitor, Karagounis, Emerson em que aí sim o Benfica foi penalizado com a marca respectiva- penálti. E quem acompanha o futebol nestes casos creio que em 98% dos casos é assinalado o respectivo penálti.
Realmente não há intenção, mas também é verdade que Lahm "aumenta" o volume do seu corpo. Imagine lá meu caro que o lance é em cima da linha de golo...marcaria penálti?

Mas não vamos "discutir" ou focar o essencial do jogo de ontem neste lance. Vamos antes enaltecer o nossos jogadores, o nosso técnico, os nossos adeptos que dignificaram a dimensão do Benfica.
Aconselho sem me permite a leitura deste post do companheiro Carlos Alberto do Benfiliado http://benfiliado.blogspot.pt/2016/04/grande-vitoria-do-benfica.html

Saudações Gloriosas.

De Ao Colinho do Isaías a 06.04.2016 às 10:49

Caríssimo BENFICA365,

Foram boas as férias, sim Sr! :-)

Quanto ao lance, sei dos lances que fala (o do Emerson então é exemplar em relação ao que defini!), mas de facto, da mesma maneira que não concordei com a penalização que o Benfica sofreu nessas alturas, não podia concordar com o benefício aqui neste.
Tendo em conta os três pontos a considerar das leis da FIFA:

«• the movement of the hand towards the ball (not the ball towards the hand)
• the distance between the opponent and the ball (unexpected ball)
• the position of the hand does not necessarily mean that there is an infringement»

penso que não houve intento (ao contrário do lance com o Braga) de mover o braço em relação à bola.

Relativamente ao post que apresenta, é, de facto, uma vitória do prestígio Benfiquista. Um clube que é capaz de aparecer e ir ficando entre os melhores das provas Europeias, só pode ter de ser levado em conta - mesmo que eu discorde da ideia de uma SuperLiga Europeia.

Cumprimentos!
Isaías

De BENFICA365 a 06.04.2016 às 10:56

Sim de facto, no assunto da Super Liga Europeia também estou contra.
Vai contra um dos princípios fundamentais do desporto- O MÉRITO DESPORTIVO!

Saudações Gloriosas!

De Ao Colinho do Isaías a 06.04.2016 às 11:00

Nem mais!
Eu considero, aliás, que só teriam lugar numa Liga dos Campeões os campeões de facto de cada campeonato, um por país, ponto!

Cumprimentos,
Isaías

De Joca a 06.04.2016 às 11:53

Eu só tenho a acrescentar que nego esse discurso das dimensões, e gostava de ver um dia nascer esse tipo de mentalidade em Portugal.
Não está em causa negar os orçamentos astronómicos, mas sim ter em conta que é a vontade dos jogadores e a sua organização em campo, que determina mais os resultados que o valor individual de cada jogador.Se assim não fosse o Real Madrid era todos os anos campeão, pese embora ser recordista em títulos.

Temos de deixar esta mentalidade tacanha e de pensar pequeno.No início do campeonato a nossa imprensa fez passar a ideia que face aos planteis dos rivais, quase iríamos lutar para não descer. Olhar para as equipas da Europa com a desculpa sempre latente de que têm mais dinheiro, são 'colossos' 'tubarões' etc. é uma espécie de complexo e desculpa para o caso da derrota que se teme.

É o Benfica, porra, são 22 pernas contra 22 pernas, 11 homens contra 11 homens, gostaria de ver o tempo em que não nos menorizássemos em relação ao que é exterior.

De facto, o Benfica é na Europa do futebol, o Rio Ave do sítio, mas isso é por ignorância «deles» e não por dimensão nossa.

De Ao Colinho do Isaías a 06.04.2016 às 13:04

Certo, caro Joca,

Tem razão quanto à influência que a organização e a mentalidade têm para equilibrar equipas de valores bem diferentes. Contudo, em particular desde este novo tipo de futebol-mercado deste século, são as equipas mais abastadas que têm vencido a Liga dos Campeões, com algumas excepções. Antes não era assim, por dois motivos:

- o futebol dos clubes campeões do seu país reflectia a valia do futebol desse país nessa época
- a capacidade de montar planteis enormes e de luxo que vários clubes têm, absorvem os talentos dos outros clubes que se vêem privados desses seus melhores jogadores que muitas vezes nem jogam nos "grandes" e acabam por passar ao lado de grandes carreiras

Entenda que, por exemplo, se os jovens de maior valia deste plantel do Benfica se pudessem manter durante uma série de épocas (ao exemplo do Man Utd de Fergusson nos 90's), não tenho dúvida que a dimensão da equipa iria atingir níveis excepcionais. No entanto ambos sabemos que Renato e companhia não aguentarão muito tempo no clube, por uma questão de dinheiro pura e simples. É assim que o futebol está montado e, apesar de o Benfica ser sempre Benfica, as regras do mercado ditam muitos dos resultados.

Resta-nos, sem pequenez (pelo contrário!) contrariar dentro do possível essa circunstância e irmos tentando ser uma das excepções.

Veja bem que os milionários até querem tirar o futuro campeão Inglês (estou seguro que já não escapa ao Leicester) da Liga dos Campeões porque "a falta de nome" tira lucro! :-)

Cumprimentos,
Isaías

De Joca a 06.04.2016 às 13:49

Caro Isaias, assino por baixo em relação ao que afirmou.
A Lei Bosman foi mais um esquema para polarizar a Europa do futebol.

Face ao cenário do futebol dinheiro que conhecemos, na minha opinião, era urgente tomar pelo menos duas medidas, por mais utópicas que pareçam.

Primeiro informar e consciencializar os jogadores, que o topo da sua carreira é jogar no SLB, e não num Manchester City, Al Ahly, ou na China. Que a possibilidade de venda, dependeria sempre do clube querer ou não querer. Só ficariam, ou vinham, os que concordassem com esta ideia.

Segundo, seria contornar de alguma forma o poderio financeiro dos clubes europeus, baseado em petrodólares, ou em petrorublos, com cláusulas de rescisão demasiado altas que obrigassem os clubes a formar e não a delapidar os outros.


Um Benfica forte e bem gerido poderia fazer essa diferença. É bom a troca de jogadores, e treinadores para fazer evoluir o futebol. Mas ver sangrias época após época, comprometendo as aspirações do clube, é inaceitável, e nada inevitável.

Espero que seja este o ano da mudança, e não se assista a essa razia no final da época.

Como nota final, ontem no relato da RTP1, o comentador, claramente não benfiquista, elogiava Ederson e exclamou que o SLB não o devia deixar fugir como aconteceu ao Oblak.

Pondo de parte a ignorância em relação à cretinice feita por Oblak e empresário ao nosso clube, exemplifica bem para mim, o que não pode voltar a acontecer. Jogadores ingratos e ambiciosos, que por dinheiro voam para equipas com mais poderio financeiro. Posso estar a ser negativo, mas se repetimos que acima de tudo está a instituição, e que apesar de tudo um jogador pode jogar onde quiser, há que encontrar um ponto de equilíbrio, no qual a palavra final pertença à entidade que formou e projectou determinado indivíduo.
Cumprimentos.

De Ao Colinho do Isaías a 06.04.2016 às 14:13

Entendo, caro Joca,

Ainda assim não devemos pensar que a venda (ou mesmo a compra) de um jogador só envolve a vontade do próprio e do clube. Todos as negociatas e negociantes que giram à volta do desporto (empresários, fundos, mafiosos, dirigentes, etc) querem precisamente que as transferências ocorram e cada vez por valores maiores.

O que é possível ao Benfica é, isso sim, manter os seus jovens titulares por pelo menos, mínimo dos mínimos, duas épocas, garantindo, por um lado, uma solução para essas posições e, por outro, um encaixe ao nível dos abastados Europeus. O resto será gestão: comprar bem, formar melhor e quando se vender, que seja ainda melhor. E sim, isso pode fazer a diferença.

Por muito que se seja romântico acerca do futebol do tempo do Eusébio ou Chalana, a verdade é que a tendência é cada vez mais no sentido inverso: planteis multinacionais, desregrados e desequilibrados completamente para o lado do dinheiro.

É do interesse de alguém que esteja no meio, impôr por exemplo um limite nas transferências? Ou a obrigatoriedade de um limite de estrangeiros, como já houve? Não, porque cada vez mais a ideia é que haja um mundo-mercado, com consumidores sem identidade própria a não ser a cor de uma bandeira e umas letras num cachecol: é assim que quem vive do futebol ao mais alto nível, nos bastidores, vê os clubes e os seus "clientes" (adeptos).

Cumprimentos,
Isaías

De Anónimo a 06.04.2016 às 16:39

Perfeitamente.Tão cedo não se acabarão com os intermediários.

O que acontece nas 'amadoras' dispensa na maior parte dos casos, empresários.

O Ajax também só usava da sua cantera, passando anos sem se notar na Europa.

Cumprimentos.

De Ao Colinho do Isaías a 06.04.2016 às 16:47

Pois não, caro anónimo.
Até o inverso: cada vez há mais...

Cumprimentos,
Isaías

De Paulo Lisboa a 15.04.2016 às 17:57

Não concordo consigo no lance do Lahm, mesmo tendo em conta as regras da FIFA, penso que é penalty, há um aumento claro da volumetria do corpo e nestes casos a intenção ou não do jogador jogar a bola com a mão é irrelevante. O arbitro devia ter marcado penalty.
Depois todos os jornais desportivos portugueses e o L`Equipe e a Gazetta dello Sport foram unânimes em considerar o lance merecedor de ser punido com penalty.

De Ao Colinho do Isaías a 18.04.2016 às 08:37

Caro Paulo Lisboa,

Bem sei que quase unanimemente o lance é visto como penalty, aliás, como vários lances do género.

Contudo, e até tendo como referência a tal regra da FIFA que indica "the position of the hand does not necessarily mean that there is an infringement" ["a posição da mão não significa necessariamente uma infracção"], aliada à outra que indica "the movement of the hand towards the ball (not the ball towards the hand)" ["o movimento da mão em direcção à bola (não da bola em direcção à mão)"], concluo que há muito penalty assinalado de forma ridícula, tendo por base essa ideia (que aparentemente não está regrada), do braço que aumenta o raio de acção.

É que uma coisa é um gesto que pretende aumentar a cobertura do corpo, como um guarda redes faz em posição de "mancha", ou como no caso do penalty a nosso favor contra o Braga. Outra coisa é ao fazer um carrinho ter o braço a servir de apoio, como foi o caso do Lahm. É que há que perceber que, sendo verdade que jogar com os braços é infracção, o futebol não é um jogo de "manetas" e os jogadores não podem tirar os braços.

Pessoalmente, não faz sentido marcar-se penalty sem que haja um movimento de braço deliberado do jogador para:

- tocar na bola
- cobrir onde a bola possa passar

No caso do Lahm, ele estava com o braço assim para se apoiar no carrinho (ninguém consegue fazer um carrinho com os braços atrás das costas) e, por isso, não reconhecendo intenção da parte dele, não considero penalty.

Este debate só faz bem ao futebol. Importante é que hajam decisões nesse sentido!

Cumprimentos!
Isaías

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