Então e o rapaz defesa direito, o Corchia? Também não conta para ti?
Eu não desgostei do jogo da taça dele.
Epá, caro Ricardo Fernandes, vou ser honesto e dizer-te que me esqueci dele :-(
Tirando este "à parte", acho que tacticamente a tua escolha não resulta lá muito bem. O Almeida não faz bem o corredor. São mais os jogos que não o consegue fazer, dos que os que consegue. Cervi não te dá garantias de ser melhor a defender que Grimaldo e não é melhor a atacar. Pelo menos é menos inteligente a fazê-lo. Trocando Pizzi com Krovi talvez resulta-se na ponta esquerda. E eu trocaria de caras o Jardel. Parece que o tempo finalmente o apanhou. Ah claro... nunca o Almeida a titular.
Abraço
Caro Ricardo,
Tirando a incógnita Ebuehi, que não se pode "medir" neste momento. Penso que o Almeida é o melhor para a posição neste momento. Reconheço as fragilidades que apontas, mas, dentro do plantel actual, escolhia-o.
Para mim, neste momento, Cervi a lateral esquerdo de caras :-) O Grimaldo tira-me anos de vida e o Argentino não é papado muitas vezes, sendo que dá muita profundidade a atacar e nunca desiste.
O estilo de jogo do Pizzi, com aqueles passes longos a variar o flanco, num esquema em que escolhi propositadamente jogadores de pé dominante contrário ao flanco, penso ser mais adequado à meia esquerda. Nota que a posição é uma espécie de interior criador de jogo e não um médio ala. Do outro lado, Zivkovic para o transporte e verticalidade (menos passe). Ambos com Krovi a servir de facilitador, tabelador e criativo no centro mais à frente (a jogar a "10").
Aceito que o Jardel não esteja ao nível que já o vimos, mas trocá-lo por quem? Conti? Lema? Ou Alfa? Ou Samaris?
Cumprimentos,
A.do Isaías
Estás a analisar o Cervi por coberturas. Não sabes como se comportaria a ter de defender à séria. E na minha óptica é pouco inteligente. Corre muito, mas o futebol de hoje não é isso (é o de Rui Vitória).
A lateral direito dava minutos ao Corchia, de caras. Quanto ao Pizzi na esquerda, não funciona mesmo. Eu percebo porque é que não o queres meter no meio, mas imagina esse buraco no lado esquerdo! E o Krovi, no ano passado jogava nesse sector. E com Jonas a baixar e a jogar entre espaços, não é necessário um nº10. Zivkovic não é um jogador vertical, procura sempre o desequilibro interior (que é onde dói mais ao adversário) e é por isso que o professor não gosta dele. Se queres isso, trocas Pizzi por Rafa e pões o Português no lado direito e o Ziv no lado esquerdo.
Quanto aos centrais, para já apostava em Conti. Precisa de minutos. Temos ali um bom central que precisa é de rotação. Lema embora muito inteligente na ocupação de espaços é mais lento. E como eu não abdicaria neste sistema de Grimaldo, é necessário um defesa central rápido. E sim, defende pessimamente, mas o Cervi não é solução. Samaris não. Muito coração, pouco jogador de futebol.
Grato pela resposta fundamentada, que me parece válida (eu que só percebo de futebol por ver jogar).
Que função davas a Rafa, do lado direito, nesse caso?
Dado que tiravas Pizzi e jogavas com Krovinovic na esquerda, onde colocarias o jogador que sobra (Pizzi ou outro) e com que função?
Justificando as minhas escolhas:
Parece-me que o Zivkovic conseguiria adaptar-se bem (como no ano passado em que jogou a uma espécie de "8") à posição, em que insistia em tê-lo com o pé trocado e, por isso, à direita. sim, ele procura o jogo interior, daí o pé trocado, para estar de frente para o jogo, para a área, para o flanco contrário e para o remate mais fácil à baliza. Poderia, num meio campo a 1 (Fejsa) + 3, ser o transportador de bola (pela facilidade de drible, pulmão e velocidade com bola), para cortar linhas do adversário.
Justificando a minha escolha por Pizzi, ele teria uma função um pouco mais fixa neste meio campo, uma espécie de distribuidor mais atrasado no campo, que não transporta a bola, mas que a passa (como um "quarterback" no futebol americano) para o início do movimento de ataque, seja passe curto, seja passe longo. Sim, apareceria no ataque, mas como uma segunda linha, ficando sempre atento ao ressalto, à segunda bola, a meio do meio campo contrário. Certo, defensivamente tem dificuldades, mas se Fejsa conseguir cobrir o seu espaço na recuperação (dado que Zivkovic é muito mais rápido), penso que a sua capacidade de passe e distribuição seria extraordinária para um estilo de passe curto em progressão (que foi no que pensei).
Krovinovic a "10", seria um criativo de primeiro toque, de movimento inesperado, que apareceria, muitas vezes, no lugar ocupado por Jonas, para ou estar desmarcado (se o defesa foi atrás de Jonas) ou dar espaço ao Jonas (se ficar ele com a marcação). Toque simples mas incisivo, movimento inesperado e jogo técnico e ao primeiro toque - é o que se pede nesta função.
Ferreyra é finalizador mais fixo, apoia as tabelas com Krovi e Jonas e ocupa sempre um dos centrais.
Quanto ao lado esquerdo, é certo que não podemos saber com segurança se o Cervi dava ou não a lateral esquerdo, mas do que já deu para ver a espaços, mantinha a aposta. Grimaldo é bom jogador, mas para além de ser fraco na defesa, parece também ter a cabeça já noutro lado.
Quanto a Conti, concordo com o potencial dele e terá de, mais tarde ou mais cedo, entrar na equipa, mas para o lado do Ruben. Para o lugar do Jardel, a minha aposta seria para Lema, para não retirar experiência ao sector e dar-lhe maior segurança. Acho que Lema está subvalorizado neste momento.
Corchia testado, sim, porque não? Se dá, só vendo depois, com certeza.
Nota que, tudo isto, é opinião de espectador. Se tens conhecimentos mais técnicos e tácticos do jogo, explica tudo que eu gosto de aprender :-)
Cumprimentos!
A.do Isaías
Não tenho conhecimentos, além dos da maioria dos interessados de bola. Fui jogador de distritais, mas fora isso o conhecimento é apenas aquele que vou adquirindo, lendo e vendo muitos jogos.
De qualquer forma, se pretendes verticalidade no médio direito, a fuga para terrenos mais interiores retira verticalidade ao jogo.
Na tua táctica e atenção que eu não disse como eu jogaria, fazia as seguintes alterações Cervi - Grimaldo, Jardel - Conti, Almeida - Corchia e Pizzi - Rafa. A minha equipa, nesse modelo seria: GR Odysseias, DD Corchia, DE Grimaldo, DCD Dias, DCE Conti, MD Fejsa, MC Ziv, MD Rafa, ME Krovi, AT Jonas, PL Ferreyra.
No teu esquema, há uma povoação do meio campo, onde (tendo um treinador competente - repara que os nossos dois médios centro actualmente não trocam a bola entre si), onde competiria a esses médios, chamar o adversário e criar espaço a Jonas, para jogar de costas para a baliza e ter espaço para rodar. Nesse sentido, ele não pode trocar só a bola com Ferreyra e Rafa daria-lhe essa opção e verticalidade quando necessária. Porém o truque de uma táctica assim é a subida dos laterais. São esses que tem de ter a capacidade para ser verticais.
Se fores ao primeiro ano do JJ tinhas quase isso. Um nº 10 com Aimar, um Médio direito interior com o Ramirez e um Extremo esquerdo - Di Maria. Resulta melhor quando um dos médios é decididamente vertical e joga na linha para esticar o jogo. Havia no entanto uma grande diferença, pois Javi Garcia construía jogo e Fejsa não o sabe fazer.
Eu teria sempre um modelo de 442 sem 10 mas com 8 e um modelo de 433, onde os extremos e ponta de lança fossem totalmente móveis. É ver os modelos de 433 do Barcelona e perceber a diferença. Seria teres tão depressa o extremo esquerdo a acompanhar o ponta de lança, como na direita, como qualquer uma das combinações possíveis entre os 3. Rápidos entre os 3.
442 - Vlach, Corchia, Dias, Conti, Grimaldo, Fejsa, Gabriel/Gedson/ Krovi, Rafa à esquerda, Pizzi/ Zivko, Jonas e Ferreyra
433- Vlach, Corchia, Dias, Conti, Grimaldo, Fejsa, Gedson/ Gabriel, Krovi, Rafa Ziv e Jonas.
Claro que este 433, teria de ter sempre Jonas, mesmo não tendo a capacidade de troca com os outros dois. Porém é inteligente demais para ficar de fora.
Grato, caro Ricardo, pela elaborada resposta.
Já agora, apresenta também o teu esquema com as tuas ideias, se possível usando a ferramenta
http://lineupbuilder.com/?sk=h58b alterando as posições, nomes, etc, para ser mais fácil visualizar.
Verifico que o meu vocabulário, se calhar, não está correcto. É que quando eu falo em verticalidade, falo em capacidade de transporte de bola através das linhas adversárias, independentemente de ser exterior ou interior. Eu sei que o Zivkovic prefere flectir para o interior e a minha ideia para a sua primeira função ofensiva consistia em tê-lo como veículo de transporte e drible, para fazer a bola chegar mais à frente e permitir o posicionamento sem bola do resto da equipa, num sistema que, salvo esta excepção, prefere o passe a um dois toques. Se calhar a palavra é outra, mas verticalidade foi usada por mim com esse intuito.
Interessante escolheres o Zivkovic para "10" neste esquema. Não sei até que ponto tem aquela "calma" (se é que me entendes) para ler o jogo, jogar ao primeiro toque e perceber os movimentos sem bola ali. Sempre o vi como um jogador de transporte fenomenal, de pulmão, de corrida. Um Rafa mas com clarividência e melhor finalização.
Captaste bem a minha ideia: fazer com que a troca de bola no meio campo, com Krovinovic a ser uma referência e com a envolvência dos laterais (daí as linhas até ao ataque), desposicionem as linhas contrárias, para a abertura de espaços, explorada, por exemplo, por:
1) variação de flanco rápida, com o aparecimento do lateral contrário em vantagem numérica pelo posicionamento do avançado do seu lado, que apoia, se necessário, recuando para a entrada da área para causar dúvida no defesa em desvantagem.
2) bola directa e repentina para um dos avançados que se tenha desmarcado devido à saída do seu marcador, caso haja linha de passe.
3) drible vertical de Zivkovic na direcção da posição de Krovinovic que, entretanto, basculou para a direita (ficando aí livre com o lateral e em vantagem numérica em grande parte dos casos) ou para a posição de Jonas no ataque, caso Jonas tenha recuado para pedir a bola (causando a dúvida no defesa em segui-lo ou não).
Concordo com a tua ideia de 4-3-3, sendo que, no entanto, não sei se Rafa ou Zivkovic são adequados à mesma, como extremos nessa ideia de jogo tão móvel. É que tanto um como o outro adoram ter bola e progredir com ela (ao extremo no caso de Rafa). Será que conseguiriam adaptar-se a uma necessidade muito mais táctica que individual? Técnica não lhes falta, pergunto-me quanto ao resto, contudo. Se me falares de um trio de ataque com Jonas, João Félix e Ferreyra, ok, mas nenhum deles seria um extremo, não é?
Cumprimentos,
A.do Isaías
De Anónimo a 21.11.2018 às 16:28
Concordo com a tua análise ao Cervi: é bom no acompanhamento ao lateral contrário, mas não sei até que ponto conseguirá gerir as coberturas interiores/exteriores que se pedem a um lateral.
A.Almeida: Não é um craque, mas se fizermos uma estatística do número de assistências para golo de cada lateral do Benfica nos últimos anos está facilmente em primeiro lugar.
Em relação ao número 10 também concordo, com Jonas não é preciso, até porque nos dias de hoje, o chamado 10 joga grande parte do tempo de costas para a baliza, e nisso não há ninguém como ele.
Eu penso que se está a subvalorizar o Gabriel, é forte tecnicamente e fisicamente e consegue dar transporte de bola( ainda não atingiu a forma ideal). além de que consegue ler/fazer bem as coberturas defensivas.
Krovinovic não sei em que condições estará por isso punha Zivkovic.
De grosso modo mantinha o sistema táctico idealizado pelo "aocolinhodoisaias", no entanto, poria Jonas como vértice adiantado do losangulo. na frente Ferreyra e Rafa( pode parecer estranho mas dar-nos-ia os movimentos de ruptura e a velocidade necessária para determinadas fazes do jogo. Isola-se 50 x por jogo( alguma há-de dar) e seria o ideal para fazer movimentos contrários com Jonas.
João Félix claramente à porta do 11 também!! Craque!
RM
Olha o RM!
Bem vindo de volta :-)
Confesso que me faz alguma confusão recuar o Jonas e pôr o Rafa à sua frente. Entendo a ideia - por o Rafa conseguir ganhar à maioria dos defesas em velocidade e o Jonas podia depois aparecer na área - mas realmente tenho alguma dificuldade em retirar um finalizador extraordinário como o Jonas da zona de golo, obrigando-o a correr demais com os problemas físicos que tem.
O Gabriel virá a melhorar e, no meu esquema, seria o substituto, para já, do Zivkovic, na tal função de transporte que referi. Vê lá bem quem é que pus como terceira opção, por curiosidade :-D
O João Félix será um "Jonas 2", um craque, pelo que, para mim, ia alternando com ele aquela posição, até devido à debilidade física do nosso pistolas.
Abraço,
A.do Isaías