Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Gareth Bale: Um exemplo a seguir

por Ao Colinho do Isaías, em 20.06.16

Até por não precisar de usar a braçadeira de capitão, Gareth Bale revela ao mundo do futebol o que é um líder em campo, o que é uma estrela com talento enorme a jogar numa selecção que lhe é inferior.

Abnegado, esforçado, colocando em jogo os seus colegas com a sua classe e mortífero quando tem uma oportunidade.

 

Não se viu Bale a reclamar com os colegas, com o árbitro, com a relva, com o adversário. Viu-se um jogador extraordinário a dar tudo pelo colectivo em que joga, mesmo sabendo que os seus parceiros não estão ao seu nível.

 

Esta é a atitude de um verdadeiro líder.

 

Curiosamente, passando a bola sempre que pode e é melhor para a equipa, já é o melhor marcador do Euro2016 neste momento. Lições que poderiam ser úteis a quem já vai tarde para as aprender.

E as cores daquele equipamento assentam-lhe tão bem! :-)

Autoria e outros dados (tags, etc)

rematado às 21:27




8 comentários

De Sérgio a 20.06.2016 às 22:36


Faltou dizer que, tal como o Ronaldo, jogou a final da Liga dos Campeões, mas chegou ao estágio da sua Selecção 5 dias antes do Ronaldo chegar ao estágio da Selecção Portuguesa. E Ronaldo é o Capitão Selecção Portuguesa. Pormenores...

Sérgio.

De Ao Colinho do Isaías a 21.06.2016 às 07:54

Caro Sérgio,

é verdade o que aponta, sim.
E mesmo no Real vemos Bale a fazer o seu trabalho APESAR de ter que "aturar" Cristiano Ronaldo.

Ninguém põe em causa o esforço e dedicação que Ronaldo teve e tem para chegar ao nível a que chegou. Simplesmente, só o vimos no seu topo com três disciplinadores: Ferguson, Scolari e Mourinho. Isto quer dizer muito sobre a sua personalidade.

Cumprimentos,
Isaías

De Ricardo Fernandes a 21.06.2016 às 10:34

Olá grande Isaías!

Não concordo contigo. Acho que a culpa de não haver potencial em Ronaldo na selecção é da estrutura da federação e do seleccionador em primeiro. Ronaldo, senta-se à sombra do que lhe dão conforme qualquer um faria.

Se foi capitão cedo, é culpa das pressões da federação. Se teve equipas sempre deficitárias consigo, é culpa de Queiroz, Paulo Bento e agora Fernando Santos.

Com Paulo Bento foi o que se viu. Escolhas péssimas, preparação péssima. Com Fernando Santos idem. Sem avançados e sem equacionar no seu esquema que Ronaldo talvez rendesse mais noutra posição, ainda que tivesse de ter outro cepo na frente. Para mim, ele tem todas as características para ser o Jonas da Selecção. Jogaria a 9,5 com total liberdade de movimentos. E ele é inteligente para jogar aí e para se dar à equipa nessa posição. A ponta de lança, não tem o perfil indicado pois tem de jogar de costas para a baliza e não tem um meio campo que o acompanhe. O nosso 8 tem de fazer de 10 e os nossos alas tem de fazer funções mais similares aos esquemas de 4-4-2 de JJ. Um interior, outro exterior. Não temos nada disso e nada funciona.

Isso meus caros não é culpa de Ronaldo é culpa do seleccionador.

De Ao Colinho do Isaías a 21.06.2016 às 11:05

Caro Ricardo Fernandes,

Ainda que a tua análise ao posicionamento táctico de Ronaldo na selecção esteja correcta, bem como ao fraco desempenho dos seleccionadores desde Scolari (que tacticamente era, curiosamente, mais fraco e básico que qualquer dos seus sucessores), o que quis evidenciar com o exemplo de Bale foi a postura mental tóxica que Ronaldo apresenta SEMPRE QUE NÃO TEM UM LÍDER DISCIPLINADOR no banco a dirigi-lo. Esta é que é a questão de base que quis apresentar.

É que para um seleccionador de Portugal, neste momento, ter sucesso, tem duas opções:
- Ou deixa Ronaldo fora e é queimado vivo por todos os interessados;
- Ou consegue integrar Ronaldo MENTALMENTE na equipa (o que Scolari conseguiu na selecção e Ferguson e Mourinho nos seus respectivos clubes).

O que acontece desde Scolari é que é a equipa que se molda mentalmente (em subserviência, leia-se) a Ronaldo. Montar a equipa tácticamente à volta do melhor desequilibrador é inteligente, montar a equipa mentalmente à volta da sua maior estrela é forçar uma vassalagem que os jogadores sentem no seu orgulho, o que desfaz o espírito de equipa, marketings à parte. Portanto, nesse ponto estamos de acordo, completamente: culpas dos sucessivos seleccionadores desde Scolari .

Só que, repito, a intenção do posto sobre o exemplo Bale é revelar a frágil postura mental de Ronaldo, que devia ser o primeiro a afastar-se dos holofotes, a "dar-se" à equipa, a dar o exemplo, como capitão. Recupera a passo, perde a bola e queixa-se de tudo e mais alguma coisa, fica chateado se não lhe passam a bola: tudo isto é culpa do próprio Ronaldo que não tem arcaboiço mental para envergar a braçadeira, nem para jogar em equipa A NÃO SER QUE tenha o tal líder, que ele respeite, no banco.

Tudo isso que falta a Ronaldo, Bale tem - e é até possível que o Galês venha um dia a ser melhor que o Português no jogo jogado (números à parte, claro).

Grato pelo comentário!
Cumprimentos,
Isaías

De Ricardo Fernandes a 21.06.2016 às 12:00

No fundo, acho que o único problema é não estares a ganhar. Se estivesses, toda a dinâmica de vitória surgiria e não se punha. Bastava Ronaldo não ter falhado dois golos em 2 jogos.

Continuo a achar que um ser como o Ronaldo, que se eleva acima dos outros (e aqui não tenho qualquer dúvida), estaria mais disposto a não fazer tudo sozinho a não querer ser a vedeta da companhia, se tivesse gente competente à sua volta. Tanto com Scolari, como com Fergunson era muito miúdo e com Mourinho, foi um ano de excelência, mas da própria equipa e isso elevou Ronaldo.

Bale, tem isso na sua selecção. Excelência de organização à sua volta, uma equipa competente com um treinador competente que sabe tirar o melhor de Bale e não o utiliza numa função onde rende 0. Não utiliza jogadores em baixo de forma. Convenhamos também. É o País de Gales. Portugal tem mais dimensão e mediatismo que o País de Gales.

De Ao Colinho do Isaías a 21.06.2016 às 13:07

São opiniões válidas, caro Ricardo Fernandes! Respeito.

A minha é que, mesmo que Ronaldo tivesse marcado o penalty e que tivesse acertado na bola naquele lance contra a Islândia, a "verdade" da situação acabaria por vir à tona mais à frente num jogo a eliminar, ou seja, teria apenas atrasado, com números (golos) o que já existia com evidência - mas esta é a minha opinião e vale o que vale.

No fundo, o positivo desta questão é que dá espaço à correcção por parte de todos os envolvidos. Considero eu que essa correcção ocorrerá? Não acredito nisso, até pelas declarações de Fernando Santos, mas pode ser que provem que estou errado, o que não me importaria.

Em qualquer dos casos, o essencial é que, na minha opinião, há o referido acima por corrigir - da parte de Ronaldo, de Fernando Santos e do resto da equipa. O País de Gales tem jogadores inferiores em talento aos de Portugal, mas têm, isso sim, uma voz de comando, um respeito mútuo, uma vontade de fazer a equipa funcionar.

O clima que existe apenas pode ser camuflado com números, é certo, mas os números não apagam o clima que existe. :-)

Cumprimentos!
Isaías

De Ricardo Fernandes a 21.06.2016 às 14:59

É muito verdade aquilo que dizes. Mas a dinâmica de vitória também é importante para o crescimento da equipa. Tivemos isso este ano no Benfica. Um crescimento da equipa e da sua dinâmica em função dos resultados. No fundo, espero que estejas enganado :)

De Ao Colinho do Isaías a 21.06.2016 às 15:02

Já me enganei antes, pelo que não me importo nada de me enganar mais uma vez! :-)

comentar



Ao Colinho do Isaías

foto do autor


O verdadeiro Isaías!


Jorge Jesus? Nunca Mais!


Jonas, um de nós!


Campeões Eternos


Fehér, eterno 29


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

calendário

Junho 2016

D S T Q Q S S
1234
567891011
12131415161718
19202122232425
2627282930

Pesquisar

  Pesquisar no Blog