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Há 15 anos, teríamos perdido

por Ao Colinho do Isaías, em 07.11.16

A equipa do FC Porto entrou forte neste clássico e cedo se percebeu que toada teria o jogo.

O Portismo não tem apenas 30 e tal anos (muito pelo contrário) e este tipo de empenho demonstrado ontem é de um Porto "à antiga". O orgulho, a união e a raça que fizeram deste clube o terceiro grande, quando ainda Pinto da Costa nem sonhava ser Presidente.

Caceteiros? Ontem só numa ou outra ocasião; e com uma arbitragem neutra, o Porto "à moderna" dos últimos 30 e tal anos terá sempre dificuldades, por lhe faltar a base emocional que deitou fora em troca do ódio e da batotice. Isso é um problema do Portismo, contudo.

 

A equipa do Sport Lisboa e Benfica foi ontem empurrada demasiadas vezes para o seu reduto defensivo e percebia-se que, sem alterações, difícilmente não sofreria golos. Samaris sem ritmo, como se viu com o Kiev, pareceu-me má escolha para iniciar o jogo e a batalha do meio campo foi sempre desigual.

O golo surgiu, como infelizmente era espectável. Há 15 anos teria sido suficiente para a derrota - pela derrocada emocional e pelo controlo dos árbitros ainda então detido por Pinto da Costa. Só que esse controlo findou e este Benfica de Rui Vitória é pleno de espírito, forte emocionalmente e focado em si mesmo. Lesões e indisponibilidades nada significam para este grupo e para este treinador. Um mérito subvalorizado.

Esse espírito sobrepôs-se às dificuldades e à aparente montanha que havia que escalar - fez dela um montezinho de areia e o cabeceamento de Lisandro matou o fantasma dos 92 minutos no Dragão.

 

Olhemos fitos essa Águia altiva,
Essa Águia heráldica e suprema,
Padrão da raça ardente e viva,
Erguendo ao alto o nosso emblema!

Com sacrifício e devoção
Com decisão serena e calma,
Dêmos-lhe o nosso coração!
Dêmos-lhe a fé, a alma!

- excerto do Hino do Sport Lisboa e Benfica

 

Nota: Sei que ainda não o disse, mas chegou a altura. A postura e atitudes de Maxi Pereira diante do clube que lhe deu notoriedade e títulos, perante ex-colegas de equipa até, demonstram que, com ou sem Paco Casal metido ao barulho, tem o carácter de um rato de esgoto. Claro que Maxi deve dar o seu máximo no jogo ao representar o clube que agora lhe paga para jogar. Contudo, há uma grande diferença entre dar tudo futebolisticamente e ser arruaceiro e provocador. Olha, há um tal Nélson Sem Medo que irá ocupar o lugar no museu Cosme Damião que poderia ter sido teu.

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rematado às 07:54




2 comentários

De BENFICA365 a 07.11.2016 às 09:44

Meu caro:
Começamos desta vez pelo fim- maxi - degradante, estúpido, covarde, lamentável, rancoroso, invejoso, ingrato,
maxi sem dúvida Honra o público que agora o acolheu, o público pintista é claro!

Samaris está, é no momento o que afirma/ escreve.
Mas eu no lugar de Rui Vitória também colocava o grego no onze.

O minuto 92´ será que já está devidamente exorcistado a partir de ontem?
Anos e anos de vale tudo naquela pocilga será que já estão devidamente exorcistados?

Deixo-o com um exercício, se a situação fosse a contrária, i.e. visita da corruptagem á Catedral na mesma situação de vantagem de 5 pontos...
Eu tenho a certeza que eles chegavam à Luz com a vontade de nos "matar". Iam para dentro de campo do inicio ao fim para cimentar e vincar a sua supremacia.
Não sei se entende, mas ainda falta isto ao Benfica, exorcizar-se dos tempos do vale tudo.
Saudações Gloriosas.

De Ao Colinho do Isaías a 07.11.2016 às 10:26

Caro Benfica365,

Quanto ao seu exercício, sim, eles viriam à Luz para nos matar, mas alicerçando-se em fundações que já não são eficazes (ou seja, a mão leve dos árbitros). O Porto que vi ontem não foi o do Pedroto e do Pinto da Costa, foi sim uma equipa de futebol empenhada em ir à procura da vitória. Há que reconhecer-lhes isso desportivamente, independentemente de tudo o que se passou à volta do jogo com os macacos desta vida.

Na época passada, foram dominados da mesma forma na Luz, tendo a nossa equipa uma exibição plena de oportunidades falhadas, esbarrando num Casillas inspirado também, e ganharam. Contudo, isso não nos matou, mas há 15 anos teria morto, como teria morto esta exibição e aquele golo sofrido.

O facto de não demonstrarmos aquele "pêlo na venta" tão típico das gentes do Porto, não significa que não tenhamos estrutura emocional forte.
Ontem fomos dominados e jogámos pouco, sim. Só procurámos mais quando em desvantagem, sim. No entanto, a este "novo" Porto bastam entre três a quatro anos para ser assombrado por fantasmas, o Benfica já teve duas décadas deles.

Cumprimentos!
A.do Isaías

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