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O Sport Lisboa e Benfica conseguiu sair do Restelo com os desejados três pontos, contando com dois golos do brilhante Jonas para construir o resultado final. A alegria nas bancadas em mais uma exibição da Onda Vermelha foi enorme, assim como enorme foi, uma vez mais, o Colinho com que esta teima em transportar a equipa de futebol do Glorioso. Os adeptos têm sido fundamentais esta época, particularmente.
A verdade é que este jogo diante do Belenenses esteve quase para ser outro Rio Ave. O Benfica apanhou-se a vencer cedo, com um golo excelente de Jonas, o primeiro dos dois que marcou. Quem considerar que foi um golo fácil nunca jogou à bola, nem entre amigos - estavam dois jogadores adversários capazes de poder interceptar a bola e só um remate frio e calculista podia batê-los. De qualquer forma, tal como nos Arcos, após o golo madrugador, o Benfica sentiu enormes dificuldades em controlar o ritmo de jogo e até de impor a sua passada, a que lhe interessava, na procura de um segundo golo que acalmasse a equipa Belenense. Foi aliás a equipa da casa quem mais tomou a iniciativa desde então, na procura do empate. Nesse aspecto, o campeão pelo Benfica Carlos Martins teve um papel preponderante, pautando o jogo dos azuis sempre com visão de jogo acima da média.
Continua ainda assim a ser estranha a postura do Benfica neste tipo de jogos fora. É certo que não jogam contra pinos, claro, mas há uma questão mental, reafirmo-o, associada ao desaire em Paços. Passou a haver uma dúvida nos jogos fora da Luz desde então. Contudo, considero que é bem possível que esta vitória tenha resolvido esse problema de confiança; uma situação a acompanhar e, espero, confirmar no próximo jogo fora.
Ao intervalo, desenhava-se assim, para muitos dos adeptos e talvez até para os jogadores, o cenário de dúvida e da possível repetição de Vila do Conde.
Só que apareceu o mago Gaitán e Jonas mostrou, uma vez mais, que é matador de topo, verdadeiramente nascido para marcar. Aquele primeiro toque na bola com o peito é exemplar, o remate ligeiramente pingado (em curva descendente ao chegar ao guarda redes) é completamente intencional e absolutamente perfeito. Jonas é um jogador de nível mundial e, quando servido convenientemente, como neste caso por Gaitán, resolve jogos e campeonatos. Já o tinha dito antes, algures, mas afirmo-o novamente: o melhor negócio do Benfica deste século.
O segundo golo matou o fantasma Rio Ave e instalou alguma tranquilidade. Conseguiu o Benfica controlar um pouco mais as ocorrências e tirar fulgor ao Belenenses, que só voltou a assustar bem perto do fim. Aliás, esta equipa, construída por Lito Vidigal e não pelo actual treinador, como bem se sabe, apresentou-se bem afoita e com vontade de disputar os três pontos. O erro inicial de um dos seus melhores jogadores não ajudou, claro, mas perante a eficácia demolidora de Jonas a equipa acabou por ceder.
Segue-se um jogo quente, sim, um jogo enorme. Será, no entanto, apenas mais um jogo e mais um passo nesta caminhada. Um resultado favorável deixa a questão muito perto de estar arrumada e, perante um Estádio da Luz repleto, espera-se o melhor Sport Lisboa e Benfica possível para essa contenda.
Vamos levando o Benfica ao Colinho!
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