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Jonathan Rodriguez foi um negócio difícil de completar para o Sport Lisboa e Benfica. Tinha tudo acertado para vir para o Estádio da Luz e, apesar de rotulado de craque até por Luis Suarez, iria ser recebido sem grande aparato. No Uruguai já tinha fama (e algum proveito) mas em Portugal era mais um desconhecido, visto provavelmente como um daqueles que ficariam "ad eternum" na equipa B.
Só que depois veio o jornalista Uruguaio tecer considerações acerca da personalidade do rapaz. De súbito, cheirando a venda de papel por esse Portugal fora, como só o Glorioso consegue proporcionar, caiu a comunicação social em cima do caso e andaram uns tempos em modo de aproveitamento.
As dúvidas acerca da condição física, no que se relaciona com um problema congénito na anca, tinham razão de ser, até porque o Sporting Clube de Braga já o tinha rejeitado (após ter tentado baixar o preço, diga-se) perante o resultado dos testes médicos. Só que o Sport Lisboa e Benfica considerou que o jogador está apto para a alta competição e agora há que observar o desenvolvimento da condição física dele. As dúvidas relativas à personalidade do jogador, essas, ainda permanecem. É claro que vir de um ambiente complicado não é motivo para preocupações, o futebol tem imensos exemplos que o provam. O que pode vir a ser preocupante é como reagirá Jonathan quando as coisas lhe correrem menos bem.
O negócio lá se concretizou e Jonathan ingressou no Glorioso. Chegou, jogou pela equipa B e marcou logo. Mostra atributos extraordinários e tem a capacidade de se afirmar no imediato e de fazer de todo o seu potencial certeza. Neste momento, ele está absolutamente focado e com um único objectivo em mente: mostrar-se a Jorge Jesus para integrar quanto antes a equipa principal do Sport Lisboa e Benfica. Como reagirá ele, contudo, perante uma adversidade ou quando já for titular indiscutível? Afinal, ainda resta saber se o Uruguaio consegue afirmar-se perante defesas menos macias do que as da Segunda Liga. Essa é a incógnita.
As qualidades de Jonathan Rodriguez são inegáveis: é um bólide constantemente apontado à baliza. Uma autêntica bala capaz de furar defesas e frustrar adversários. O seu tipo de jogo faz lembrar, obviamente sem estar ao mesmo nível do Brasileiro (que é inigualável), o Ronaldo R9 "fenómeno" dos tempos áureos. Se assim se continuar a revelar, será um parceiro mortífero para Jonas, o mestre que partilhará o ataque com ele, seguramente. Aliás, quem sabe se é por isto que Lima me tem parecido um pouco mais nervoso ultimamente?
O que se espera é que às qualidades de Ronaldo R9 não esteja aliada a personalidade de Paul Gascoigne - um extraordinário talento que não atingiu outros níveis devido, precisamente àquilo que Jorge da Silveira apontou a Jonathan Rodriguez: problemas com o consumo de bebidas alcoólicas.
Se o que o jornalista veio dizer é verdade ou mentira, o tempo o dirá. Toda a minha esperança é de que seja mentira - ou que tenha sido verdade, mas que fora ultrapassado - pois se pudermos contar com o "nosso R9" ao lado de Jonas, teremos uma dupla de um nível muito superior ao da Liga Portuguesa.
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