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http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4748154
A operação ocorreu no final do mês de julho, mas passou despercebida: a Polícia Judiciária fez buscas no Estádio da Luz e nas instalações do Benfica, tendo detido um indivíduo referenciado como diretor do Departamento de Apoio aos Jogadores do clube. No momento da detenção, o homem viajava num automóvel do Benfica e tinha em seu poder 9,5 kg de cocaína.
A notícia é avançada esta quinta-feira pelo Jornal de Notícias. Ao JN, o diretor de comunicação do Benfica, João Gabriel, disse apenas que se trata de "um problema da justiça com o cidadão José Carriço" que nada tem a ver com o clube. O Benfica deverá alegar que Carriço já não era funcionário nem diretor do Departamento de Apoio aos Jogadores quando foi detido, mas segundo o JN, o Ministério Público de Sintra - titular do inquérito criminal - considera que a ligação do indivíduo ao clube é clara.
A investigação inclui escutas telefónicas que revelam as funções de liderança assumidas por José Carriço no clube, auxiliando os novos jogadores em questões burocráticas, a arranjar casa e carro. Segundo informações recolhidas pelo JN, Carriço era motorista de Luís Filipe Vieira e chegou depois a diretor. A investigação teve início no final do ano passado e foi-lhe atribuído o nome de Porta 18, uma vez que era por esta porta do estádio do Benfica que entravam cidadãos de nacionalidade colombiana para reuniões marcadas com José Carriço.
O referido diretor do Benfica terá sido detido na A1, quando seguia num automóvel do clube com outro indivíduo, tendo-lhes sido apreendidos quase dez quilos de cocaína. No momento da detenção, adianta o JN, estavam a ser realizadas buscas no gabinete de Carriço no clube.
Sobre a operação, a PJ emitiu depois um comunicado, sem identificar suspeitos ou entidade patronal, revelando que tinha sido desmantelado um "grupo organizado dedicado ao tráfico de cocaína", que se dedicava à importação por via aérea de estupefacientes para Portugal desde a América do Sul. Nesta declaração, a PJ informa que os dois indivíduos que foram detidos, com 54 e 58 anos, foram sujeitos a prisão preventiva por decisão de um juiz de instrução criminal.
É em choque que fica qualquer Benfiquista sério, perante esta notícia. A ligação de José Carriço com o Sport Lisboa e Benfica, enquanto funcionário que foi (e próximo do presidente Vieira, ainda por cima), é inegável. Especialmente se se confirmar que utilizou infraestruturas do clube para estas práticas que, com certeza, não sejamos ingénuos, não passaram despercebidas a outros funcionários, nem tão pouco à Direcção, com toda a certeza - ninguém é assim tão cego.
Exponho aqui, desde já, a minha total indignação quanto a este caso, exigindo uma investigação profunda para revelar todas as partes envolvidas e a extensão da infiltração desta prática criminosa, às quais os valores do nosso clube se opõem COMPLETAMENTE!
Que sejam apanhados os criminosos, que venha a verdade à tona e que se limpe o Sport Lisboa e Benfica desta sujidade. A exigência de justiça começa nos Benfiquistas que se identificam com os valores do nosso clube centenário.
Choque e vergonha!
Actualização 27/AGO/2015 19:33h
Em julho passado, no âmbito de um processo de investigação mais vasto e no cumprimento do seu dever, a Polícia Judiciária deteve em Sintra um ex-funcionário do Sport Lisboa e Benfica.
A Polícia Judiciária contou de imediato com a colaboração do Sport Lisboa e Benfica, postura que se mantém e manterá. Foi neste enquadramento que a PJ teve acesso ao antigo espaço que o referido ex-funcionário ocupava no estádio, tendo recebido, sobre o mesmo, toda a informação solicitada.
O Sport Lisboa e Benfica, como qualquer outra instituição, não é responsável pela prática de atos ilícitos dos seus ex ou atuais funcionários fora das suas competências profissionais.
A forma leviana, incorreta e cheia de insinuações como a notícia tem vindo a ser divulgada por alguns órgãos de comunicação visa, objetivamente, atingir o bom-nome e a honorabilidade do Sport Lisboa e Benfica, comportamento que não vamos tolerar ou consentir.
Assim, irá o Sport Lisboa e Benfica denunciar, pelos meios e nos locais adequados, estes comportamentos e reclamar aos seus responsáveis a devida compensação pela reiterada violação do direito ao seu bom-nome.
O comunicado não é inteiramente satisfatório, mas compreende-se que não o possa ser ainda, por estar o processo ainda em investigação. Há que estar atento e não se deixar que haja qualquer contemplação nem com os prevaricadores, nem com quem da comunicação social, de facto, tiver posto em causa o bom nome do Benfica por falsidade.
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