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Mitroglicerina!

por Ao Colinho do Isaías, em 20.09.16

Era indispensável vencer esta difícil partida diante do Sporting de Braga, numa jornada em que os dois habituais concorrentes ao título de campeão perderam pontos e dado que o próprio Braga, que intromete-se na luta por vezes, perderia também pontos, consequentemente.

 

A equipa esteve muito bem. Mesmo quando pressionada, não se desmontou e manteve a cabeça e a estrutura táctica. Gostei de ver a espécie de losango mais firmado, sendo que no vértice direito precisa de jogar Pizzi (quando mudou de lado, perto do fim, notou-se diferença no seu movimento) em vez de Sálvio. Contudo, entendo que Rui Vitória queira recuperar o Toto o máximo possível e, para isso, precisa de jogar e sentir-se confiante.

 

Os laterais, que tem sido muito criticados pelo que tenho lido por aí, estiveram impressionantes. Grimaldo, digam o que disserem, tem um cultura posicional madura e consciente. Depois oferece uma velocidade e técnica ao jogo que Eliseu não consegue dar.

Nélson Semedo fez o seu melhor jogo desta época, nunca comprometendo e saindo bem para o ataque, mostrando que o que é preciso é que a aposta seja firme e não uma questão de ocasião.

 

André Horta tentou encher o campo e esteve muito bem, sendo que deve aprender a dosear o seu esforço, pois acabou fatigado cedo demais. Guedes esteve bem, lutador e abnegado, mas falta-lhe alguma clarividência por vezes.

Fejsa é... Fejsa, indispensável. Nem se dá por ele de tão importante que é para o equilíbrio.

 

Os centrais saíram com pouco a apontar e Júlio César mostra que ainda "existe", que não é fama. Seria tão fácil para este senhor do futebol vir para Lisboa gozar um fim de carreira tranquilo, mas não é disso que o um campeão é feito. Parece trabalhar agora como quando começou.

 

Quem, no entanto, desbloqueou o jogo e serviu de farol ao golo foi Mitroglou. A intimidação que os centrais do Braga sentem com a sua presença não é de descurar, mas ele nunca complicou. Jogou de primeira, rematou de primeira, guardou a bola quando preciso - foi um autêntico pilar que sustentou o jogo ofensivo Benfiquista! E aquela bomba enroscada... teria sido tão fácil acertar "nas orelhas da bola" e aquele lance ter acabado na bancada! Saiu Mitroglicerina que nem um inspirado Marafona conseguiu suster!

 

Análise Eu Visto de Vermelho e Branco

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rematado às 09:29




3 comentários

De Ricardo Fernandes a 20.09.2016 às 15:49

Quase totalmente de acordo com a tua análise. Acho que temos dois problemas neste Benfica. 1º Jogamos com este sistema em todos os jogos, uma vez, corre melhor, outra pior. É melhor quando temos referencias que sabem o que estão a fazer (Guedes está a crescer, a assistência revela maturidade). Mas jogamos sempre com o bloco médio junto, sem arriscar muito e procuramos muito o lance em profundidade à procura do 1x1 atrás da defesa adversária para aproveitar a velocidade dos extremos. É diferente quando não o fazemos, principalmente quando Pizzi joga naquele lado, pois a bola chega com critério à frente e em futebol continuado.

O problema com este sistema é que é óptimo contra equipas de igual gabarito ou superiores e péssimo com equipas de qualidade inferior que se fecham sobre o seu terço. Se estão fechadas, não há lançamento nem 1x1, pois não há espaço e só jogando em ataque continuado é que conseguimos encontrar espaço, tendo os avançados a desposicionar a defesa e gente inteligente como o Pizzi a aproveitar o espaço. Salvio mesmo recuperado nunca será preponderante na equipa como Pizzi é. Dá menos soluções, pois não é inteligente a ocupar o espaço e mesmo quando o ocupa, só pensa nele e não em prol da equipa. Este sistema não compensa esse defeito dele, JJ tentava fazê-lo com Maxi, mas depois expunha a equipa atrás.

Portanto se contra o Braga tivemos muito bem, contra os mais pequenos temos estado mal, porque o Horta passa mais tempo ao lado do Fejsa do que a ocupar o espaço entre-linhas média e atacante a desposicionar jogadores. Sem isso não há intromissão dos extremos no interior e acabamos por cair na teia das equipas contrarias que nos obrigam a jogar nos corredores e a tentar chegar à área com cruzamentos. É sempre mais fácil defender assim.

De Ao Colinho do Isaías a 20.09.2016 às 16:05

Bem visto, caro Ricardo Fernandes!

Excelente análise!

Veremos se haverão novidades, pois há que haver planos diferentes, de facto.

Cumprimentos,
A.do Isaías

De Anónimo a 21.09.2016 às 13:30

Grande Mitro!

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