Os factos remontam a 17 de Maio de 2015, depois de um jogo entre o Benfica e o Vitória Sport Clube em Guimarães. Filipe Silva, agente da Polícia de Segurança Pública, afirma ter sido agredido, injuriado e cuspido por um dos adeptos que ofereceu resistência à ordem de detenção. O outro agredido era pai do primeiro, que o quis defender.
O subcomissário admitiu as agressões em julgamento, mas afirma que agiu assim por “medo” de ser agredido. "Agi da forma que foi possível naquele momento de grande tensão e de adrenalina. O nível de força que utilizei não ultrapassou os limites máximos das normas de execução permanente".
A versão do arguido foi contrariada pelos dois agredidos, tendo o filho garantido que não injuriou nem cuspiu sobre o subcomissário e que apenas gesticulou, face à situação complicada que se estaria a viver no interior do estádio, onde os adeptos do Benfica ficaram retidos no final do jogo, num dia de "extremo calor" e de "muita confusão".
O pai negou igualmente que tivesse tocado ou agarrado Filipe Silva. "Vi o meu filho levar porrada de qualquer maneira e feitio, ia ajudar a ver se ele se livrava daquilo e também levei", descreveu.
Filipe Silva foi filmado a espancar um empresário de Matosinhos à frente do filho, nas imediações do Estádio D. Afonso Henriques, tendo trocado o bastão longo por um bastão extensível de aço enquanto agredia a vítima, como está patente nas imagens da CMTV e conforme confirmaram ao PÚBLICO fontes policiais.
Para além da investigação do Ministério Público, estas agressões originaram ainda um procedimento disciplinar contra o subcomissário, em 2015. com Lusa