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O clarividente Fora de Campo do Shadows

por Ao Colinho do Isaías, em 19.07.17

Mantenho um silêncio propositado nesta pré-época quanto Ao Sport Lisboa e Benfica, estando na expectativa em relação a situações que prefiro observar por enquanto.

 

Benfica à parte, não posso deixar de partilhar o post "Fora de Campo" do Shadows no NGB, com o qual concordo e ao qual atribuo enorme importância:

 

Os profissionais da indignação levantam-se em uníssono!
 
Contra quê? 
 
Indignados com os 13 milhões doados pelos portugueses e que estão presos sabe-se lá onde enquanto os cidadãos a quem se destinavam continuam a passar necessidade?
 
Indignados pelas toneladas de roupas, medicação e alimentos que estão armazenados em tendas e armazéns e que estão interditos às organizações de cidadãos que os querem distribuir à população idosa que não tem meios de transporte próprio e que não pode se deslocar ao centro de distribuição definido por uma outra organização insensível à realidade e magnitude da tragédia?
 
Indignados por mais de 60 cidadãos que morreram de forma trágica e que, passado um mês, ainda nada foi feito para que “outro Pedrogão” não surja como se viu em Mangualde ou em Alijó?
 
Indignados por um SIRESP que até distribui dividendos mas que não funciona para aquilo que foi contratado nem pode ser responsabilizado por isso?
 
Indignados por um banco público que precisou de mais de 4.000M€ dos nossos impostos (e vai precisar de mais ainda) e afinal não há responsáveis por esse buraco? Foi “a crise”?
 
Indignados por armas de guerra ter sido roubadas por falta de meios de quem as deveria guardar enquanto se pagam centenas de milhões de euros em rendas à EDP ou PPP’s rodoviárias?
 
Indignados por ninguém se demitir e assumir as suas responsabilidades?
 
Indignados por políticos incapazes de resolver qualquer problema mais complicado em tempo útil?
 
Não. 
 
Isso são coisas menores. 
 
O que realmente indigna os profissionais da indignação são as opiniões, polémicas ou não, de um médico que teve realizações notáveis ao serviço da humanidade e que com isso salvou VIDAS. 
 
O que realmente indigna os profissionais da indignação são as opiniões de um advogado que, polémico ou não, limita-se a repetir o que o comum dos portugueses diz quando está numa sala de espera qualquer deste país.
 
Isso sim obriga a conferências de imprensa inflamadas, a pedidos de demissão furiosos e até a abaixo assinados a exigir a decapitação dos envolvidos.
 
Parece que a liberdade de expressão é boa mas só após passar no crivo da censura da nova moral.
 
 
 
Da esquerda à direita, os militantes do "Je suis Charlie" suspenderam a liberdade de opinião.
 
 
O mais engraçado é que os profissionais da indignação eram os primeiros na fila da frente das manifestações a favor do “Charlie Hebdo” com pequenos cartazes a dizer: “Je Suis Charlie”.
 
Apetece é repetir as palavras do Rui Sinel de Cordes:
 
 
 
Já agora, quando forem à feira, vejam qual destes é o programa de facturação utilizado pelo vosso feirante preferido. 
 
 
Os outros comerciantes que pagam impostos e são obrigados a pagar por um programa de facturação para poderem ter a porta aberta estão curiosos.
 
Afinal há ou não liberdade de expressão?
 
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rematado às 09:38




6 comentários

De BENFICA365 a 19.07.2017 às 21:40

Meu caro:
Varias "coisinhas":

Neste pais, a culpa é sempre de outra pessoa.

As pessoas gostam do ideal de liberdade de expressão até o momento em que começam a ouvir e ou ler aquilo que elas não gostariam que dissessem a respeito delas.

Como muitos dos portugueses não acredito no meu pais.. o que até é bom, muito bom pois fico sempre surpreso quando assisto no meu dia a dia a muitos que acreditam acreditam nele. Através da luta, do trabalho, do altruísmo, caracter, grandeza de espirito para que o pais ande prá frente.
E são por essas pessoas que "voto"! Que dou a minha palavra, que dou o meu trabalho! È por essas pessoas que transpiro, que luto... é por eles que dou a minha cidadania!

Saudações



De Ao Colinho do Isaías a 19.07.2017 às 22:24

Caro Benfica365,

Claro, eu concordo consigo: ver para crer.

Se há evidentes e óbvios problemas com as generalizações, também é verdade que os estereótipos surgem baseados numa realidade experimentada: nisso o povo nunca se engana, da sua sabedoria acumulada.

Ainda para mais quando, pelo menos aqui no continente (não sei como é aí na ilha) e confirmado pessoalmente por mim na zona onde habito, nada do que é atribuído à maioria dos ciganos naquela resposta é falso, mas sim verificável: não mentiu nem caluniou.

Quanto à opinião em relação aos homossexuais é apenas e somente isso: uma opinião. Dentro do contexto, se ler as declarações, verá que foi dada por alguém que afirmou que a orientação sexual não influencia a sua postura profissional perante essa pessoa. Ele não é, no entanto, tal como nenhum de nós (que também temos a nossa filtragem social por este ou aquele motivo) forçado a gostar ou promover pessoalmente comportamentos alheios ao seu quadro de valores e tem o direito de o dizer, desde que não minta ou calunie - e não o fez.

Em suma, e com o devido respeito por todos, que venha o cigano sério (que os há, obviamente), ao invés de se sentir ofendido com a generalização, antes falar da cultura dos seus, explicar o que acontece àqueles que decidem integrar-se, estudar, trabalhar e descontar, dar-se com os não-ciganos, etc. Que venha pôr o dedo na ferida que todos ignoram: que é a do choque cultural constante desta etnia.
Que venha também o homossexual sério que, tendo o direito de ser/escolher o que quiser desde que não se imponha aos outros, admite que a espécie humana tem, sexualmente, macho e fêmea por motivos evidentes e que foi isto apenas o que o médico quis dizer.

Só que não é previsível que venham com essa seriedade. É mais fácil, mais tentador, reforçar o ego com a amarga mas prolífera postura de vítima de ofensa, do que serem sérios nas suas análises e tratamento de opiniões alheias.

Grato pelo comentário!
Cumprimentos!
A.do Isaías

De BENFICA365 a 19.07.2017 às 22:45

Meu caro:
Isto é tudo muito bonito, MAS...

Vamos a um exemplo estapafúrdio:
Se eu, e ou você "meter-se" com uma menor 12, 13,14, 15, 16 anos somos o quê?
A lei e bem deve actuar, certo?
Certíssimo!!!

No entanto a mesma lei, perante o "costume e ou tradição" cigana tem medo de se impor...
Quantos casamentos ciganos são celebrados entre homens adultos entre 25 35 anos e com menores????
E os senhores da lei assobiam para o lado!?
Dentro do mesmo país, leis diferentes?
Não é preciso ser famoso, ter poder, influências, dinheiro para qua a justiça seja desigual?
E pior ninguém julga na praça pública os ciganos por isso, agora se fosse um de nós...

Posto isto que fica bem claro, dois errados não fazem um certo... não quero os "mesmos direitos" que os de certo modo gozam os ciganos neste aspecto, apenas defendo aplicação da lei igual para todos os casos.

Saudações

De Ao Colinho do Isaías a 20.07.2017 às 09:05

Aí está, caro Benfica365,
o seu "MAS" não tem sentido porque estamos de acordo.

O exemplo que aponta é apenas um de entre muitos que incompatibiliza a própria cultura observável mantida pela maioria dos ciganos: eles vivem, há séculos, num contínuo choque cultural. Se eles são os primeiros a isolar-se do contacto mais profundo, mantém a sua cultura o mais estanque possível ao que se passa à sua volta e até impedem que haja intercâmbio genético (relações sérias, casamentos) com os não-ciganos, quem são afinal os racistas?

Quando eu escrevi acima:

«Em suma, e com o devido respeito por todos, que venha o cigano sério (que os há, obviamente), ao invés de se sentir ofendido com a generalização, antes falar da cultura dos seus, explicar o que acontece àqueles que decidem integrar-se, estudar, trabalhar e descontar, dar-se com os não-ciganos, etc. Que venha pôr o dedo na ferida que todos ignoram: que é a do choque cultural constante desta etnia.»

estava precisamente a apontar, sem esse exemplo específico, o mesmo argumento que o meu caro amigo apresentou.

Quem reside numa casa que não é sua terá de cumprir as regras legisladas e culturais do anfitrião. Ponto. Pode ter a sua cultura, mas tem de aproximar-se de um espaço comum e passa a residir aí, num espaço onde a sua individualidade é mantida, mas onde respeita também a comunidade que alberga a sua presente existência.

Cumprimentos!
A.do Isaías

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