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Considerações de fim de época

por Ao Colinho do Isaías, em 01.06.15

No último jogo do campeonato, o grande Jonas conseguiu tornar-se no melhor marcador apesar de apenas ter chegado em Janeiro. Absolutamente notável! É claro que o fiscal de linha anulou, mas mesmo esse não seria necessário se os golos mal validados ao Jackson não contassem.
Enfim, o Jonas nem ficou aborrecido e eu também não. Um pouco como quando os miúdos querem muito ganhar às cartas e os adultos deixam que se faça batota para que eles fiquem contentes e não façam birra - não traz boa educação, mas compreende-se.


Na final da Taça da Liga, perante um Marítimo um pouco "trauliteiro" demais, o Glorioso lá conseguiu mais uma para a colecção. Dos jogos anteriores nesta época, os madeirenses perceberam que precisavam de travar os jogadores do Benfica com o que fosse possível. Se o árbitro não estivesse ali para ajudar à festa, a final tinha acabado mais cedo... mas assim também foi bom. Ao menos ninguém se lesionou!
O Luisão já não precisa de treino de pesos no ginásio do Seixal. Tantas são as vezes que ergue taças pesadas e anda com elas de um lado para o outro... cuidado com as hérnias! Precisamos de ti, Capitão!


Na Taça de Portugal, venceu o Sporting, lançando o derby eterno para a Supertaça. Foi uma vitória incrível em condições muito difíceis. O Braga não matou o jogo e o Sporting foi acreditando. A sorte favoreceu os mais audazes.
Foi o desfecho que preferi. O meu falecido pai, que era Sportinguista, teria jubilado. Onde quer que estejas, estás a sorrir com esta taça, não é? :-) Muitas saudades dos derbies que assistimos juntos... seria contigo que veria esta próxima Supertaça também.

O Braga tem muita ambição, o que é saudável, mas tem também muito más companhias e influências. Como disse neste post, não basta ter «vontade de ir para cima deles», há que jogar à bola, também.

Um conselho para os bracarenses:

«Para ser GRANDE, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive

                   Ricardo Reis
              (Fernando Pessoa)»

Funcionou para o Sport Lisboa e Benfica.

PS: Aguardo pacientemente pelo final da novela Jesus/Maxi.

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rematado às 11:12


Vá de retro, Satanás!

por Ao Colinho do Isaías, em 18.05.15

Nem o Satã conseguiu impedir o 34, o BI, para o Sport Lisboa e Benfica!

Houve o bruxo de Fafe, seu amigo pessoal, com quem, aparentemente, partilha umas cabidelas à ceia, mas houve também o da Praia da Vieira (não do Vieira, atenção), que cobrou um favor a Deus (e fez um ensopado muito duvidoso!) para expurgar a influência demoníaca.


Quem viu o jogo no D. Afonso Henriques bem podia ficar a pensar que era o menino com o 666 no alto da peúga quem comandava a bola, tal era o "tiro ao boneco" e a enorme "sorte" que protegia a baliza do Vitória (bom, sorte e um fiscal-de-linha vesgo)! Era no poste, era no nariz, na bochecha, na bancada - em todo o lado a bola acertava menos no fundo das redes. Era o tio S, o Rabudo, a fazer das suas, só podia!

Depois ouviu-se a notícia do golo do Porto. Com todo este azar, apesar do domínio da equipa encarnada, será que teríamos o BI já? A equipa começou a ficar nervosa, pouco esclarecida, mas manteve-se sólida. Na segunda parte, houve um pouco mais de Vitória, mas o Benfica manteve o controlo. Só que os minutos passavam e o Glorioso teimava em não marcar. O relógio continuava a sua dança, os 90' aproximavam-se e... nada! Nem a Onda Vermelha conseguia empurrar a bola para a baliza do Guimarães.

E pouco depois... GOLO!!! Festejos nas bancadas, enorme grito de celebração... mas... a bola não entrou... terá sido? SIM! Golo do Belém!!!

Bastava aguentar. Aguentou-se. Foram minutos de grande tensão, nervosismo, vontade de euforia. O apito final trouxe uma enorme alegria a todo um país - a todo um mundo.

O SPORT LISBOA E BENFICA conquistou o 34º título de Campeão Nacional e sagrou-se BI-Campeão!


Só que o Satã, aborrecido por ter sido contrariado no favor que tentava prestar ao seu grande amigo de Fafe, tomou posse das almas dos seus mais fiéis servos e tratou de estragar a festa. Havia que punir a alegria que o envergonhava, a ele que tão poderosamente se tinha implantado neste jardim à beira-mar plantado e que fazia do futebol o seu joguete preferido! Não podia ser. O orgulho do Demónio é coisa séria e tem de ser protegida.

PSP começa em Guimarães e acaba no Marquês


O Vitória lamentou-se que os adeptos do Benfica lhes vandalizaram a casa. Não sou nada a favor deste tipo de coisas, não sou de todo. Ainda assim, parece-me ter sido um esquema por parte do Presidente de Assembleia Geral do Vitória para sacar dinheiro à Seguradora. É que não se provoca um gigante assim sem consequências. Com certeza que muito irão choramingar porque eles até foram bastante simpáticos e hospitaleiros para com os benfiquistas que foram ao estádio. Penso que ao intervalo houve até direito a umas massagens aos pés e uns suminhos de fruta (não é dessa, de fruta, fruta mesmo!) distribuidos por entre o pessoal de vermelho visitante, tal era o prazer que eles tinham em receber os adeptos do clube que lhes enchem o estádio uma vez por época. Foi assim, não foi, Vitória de Guimarães? Quem não se sente, não é filho de boa gente! Ainda assim, reafirmo: sou contra estes actos criminosos.


A FESTA, essa, foi de norte a sul. Foi de todo o mundo.


As imagens da festa do bicampeonato por todo o Mundo


Fui então ver o que se tinha passado no Restelo, surpreendido que estava com o resultado. Fiquei impressionado, negativamente, pela falta de qualidade do jogo de um clube que tinha aspirações ao título.


O Porto jogou mal, tão mal, tão fraco tanto a defender como a atacar, que penso que o próprio porta-voz da lenga-lenga das arbitragens (projecção Freudiana) teve de se render à evidência. Ajoelhou-se, primeiro, em deferência e solidariedade para com Jesus, ao minuto 92 e depois felicitou-nos a todos, e bem, que levámos este nosso Sport Lisboa e Benfica ao colo durante toda esta campanha!


E bom! Vá de retro Satanás, que o Glorioso tem Jesus!
(E também o bruxo da Praia da Vieira!)

 

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rematado às 15:57


15 minutos à Benfica chegaram

por Ao Colinho do Isaías, em 12.05.15

Tendo ultrapassado a barreira (psicológica até) do jogo anterior em Barcelos e tendo resolvido de vez, há umas semanas no Restelo, os fantasmas de Paços de Ferreira e Vila do Conde, a equipa do Sport Lisboa e Benfica entrou em rotação elevada diante do último classificado. Foi o suficiente para desmoronar a atitude e o plano de jogo que o visitante trazia para a Luz. Estando obrigados a conseguir um resultado positivo na Catedral, os dois golos na fase inicial da partida deixaram o Penafiel sem reacção, esmorecido e resignado ao seu destino que, como se sabe, não foi decidido ali, mas nas 31 jornadas anteriores.

Foi um jogo muito tranquilo, com pouca história que não a dos golos e com o regresso de Lima às grandes exibições. O nosso número 11 tinha vindo a decair um pouco, penso, devido ao maior protagonismo que Jonas tem vindo a evidenciar. Lima tem estado sempre presente nos jogos, note-se, na luta, na vontade, na garra, mas menos objectivo que antes e isso só pode ser uma questão de confiança afectada. Diante do Penafiel, contudo, o nosso Lima esteve ao nível que nos habituou anteriormente e terminou o jogo com dois golos "à ponta de lança" - no primeiro, respondendo oportunamente ao cruzamento excelente de Maxi, no segundo, aproveitando o erro terrível do defesa contrário.


No fundo, bastaram 15 minutos à Benfica para resolver a 32ª jornada e abrir as portas do título para o jogo em Guimarães. Será conseguido aí? A jogar assim é bem possível, mas mesmo que não seja, haverá uma Luz imensa na semana seguinte diante do Marítimo.

Merecemos o 34!

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rematado às 09:33


Também há uma Luz em Barcelos

por Ao Colinho do Isaías, em 04.05.15

Tem havido uma Luz em todos os estádios, campos e batatais por onde o Sport Lisboa e Benfica tem tido de ir jogar nesta sua caminhada. Barcelos não poderia ser excepção, ou não fosse aquela terra tão tradicionalmente ligada ao Glorioso. A semana que antecedeu a visita ao Gil Vicente, trouxe outra vez toda a pressão a um árbitro (um que até, tradicionalmente, tem sido prejudicial ao Benfica) e choraminguice em relação ao futebol e valor apresentados por esta equipa.

A colaboração tão claramente voluntária por parte dos orgãos de comunicação social, nessa conversa da treta e nessa campanha anti-Benfica e pró-Porto, revela bem o estado da nação Portuguesa. O futebol não é a vida, mas o futebol contém a vida em si, representada em simulacro.
Ainda o campeonato não tinha começado, ainda só o SL Benfica tinha disputado jogos amigáveis de pré-época e já todos os adeptos do segundo maior clube Português (anti-Benfica FC) esfregavam as mãos e entregavam logo, com bastante precipitação, as faixas de campeão ao FC Porto, que muito se reforçara no mercado - sem ter sequer se esquecido de roubar uma contratação ao Benfica, só para manter a reputação.
Só que esta equipa foi ganhando, ganhando e as jornadas sucediam-se e o Glorioso ia somando pontos, enquanto os seus rivais iam deixando alguns perdidos aqui e acolá. Começou o alarido. Só podia ser por arbitragens (e vejam bem quem se foi lembrar desse assunto, o Porto!), pois o plantel Benfiquista não podia estar, de igual para igual, a ombrear e ultrapassar esse clube que representa o expoente máximo do desporto... lá na sua terra. A campanha do Colinho (que deu aliás, origem ao título deste blog) só serviu para alimentar a alma de cada vez mais adeptos, que com muito sacrifício foram marcando presença cada vez mais significativa nos jogos fora da equipa.

«Mas isso tudo será reposto» - diziam eles - «quando o Benfica for ao Dragão. Aí é que se vai ver!»
E viu-se. Uma exibição mais táctica que espectacular e duas espremidelas de Lima sob um belo e delicioso cálice de vinho do Porto.

Jamais admitindo os seus próprios erros e falhas, bem ao estilo do Basil Fawlty (em baixo), o Porto passou ao desespero e ao ataque desenfreado.

Armados de uma cultura que só prestigia e honra quadrilheiros e patifes, lançaram-se na campanha com tudo o que tiveram.
A equipa do SL Benfica acabou por perder pontos. Pronto! Estava feito! Agora vamos ver como é!
Ah... mas o Porto perdeu também. Foram os árbitros, de certeza! E foram! Aqueles com quem o FC Porto já não conta.

A exibição do Glorioso, em pleno Estádio da Luz da cidade de Barcelos, cravou mais uma profunda estaca no coração daqueles que vampirizam o futebol português desde há tanto tempo. Sem dúvidas. Com classe. À campeão. Com todos os argumentos futebolísticos que o maior-clube-desportivo-de-todos da... cidade do Porto, não teve. E pimba! Falta pouco para um Bicampeonato merecido.

 
Uma nota aos meus amigos Sportinguistas: leiam este artigo e percebam que estão a ser usados por quem mais vos detesta. Nem no campeonato dos penalties do Jardel, os Benfiquistas vos vitimizaram. Nesse campeonato de 2001/2002, houve Colinho para o Sporting?

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rematado às 19:50

Os versos de Fernando Pessoa, que dão o título a este artigo (e que originalmente o autor atribui poeticamente a D. Pedro, regente por D. Afonso V), encaixam-se na perfeição ao actual treinador da equipa de futebol do Sport Lisboa e Benfica. É um homem tão fiel à sua forma de ser e à sua convicção que nos chega a abalar com a sua fé imensa (por vezes exagerada) nas suas capacidades.


A possível renovação com Jorge Jesus tem opositores apaixonados - e que não deixam, pela paixão que apresentam, de ter a sua razão no que apontam - mas trata-se do passo correcto a dar, tal como o foi após o frustrante final de época 2012/13. Uns apontam as campanhas fracas na Liga dos Campeões, outros referem as substituições incompreensíveis que custam pontos em alguns jogos contra adversários perfeitamente ao alcance do Glorioso. Ambas as afirmações têm fundamento: Jorge Jesus só por uma vez teve uma campanha de bom nível na prova principal Europeia e é facto que algumas vezes mexe mal no jogo e isso já custou pontos. Em relação ao primeiro ponto, há que lembrar que houve duas finais da Liga Europa (que só as perde quem as joga) perdidas de forma extremamente cruel (numa, um canto no último minuto, noutra a lotaria dos penalties após uma exibição vergonhosa da equipa de arbitragem). Quanto ao segundo ponto, há que assumir que em termos gerais temos tido, na era Jorge Jesus, uma equipa do Sport Lisboa e Benfica muito mais competitiva em termos nacionais e internacionais, apesar dos erros ocasionais.

«Nenhuma ideia brilhante consegue entrar em circulação se não agregando a si qualquer elemento de estupidez.» - Fernando Pessoa

Jorge Jesus não é um homem de letras, não é um intelectual sofista, eloquente, que mova multidões com o seu vocabulário. Tem nele, aquela dose de "estupidez" (e esta palavra bem entre aspas) que é comum no geral a todos os povos, ao Português em particular, e com a qual não há quem não se identifique um pouco, pelas tascas, tabernas, cafés e snack-bars deste país. Foi assim que JJ entrou "em circulação" - com as suas calinadas, o seu modo popular de se expressar, a assunção e até orgulho das suas origens. Quantas páginas de jornais e de blogs não se fizeram com as mais recentes expressões inventadas por JJ?

Só que, não sendo um declamador de frases feitas que fiquem bem, Jorge Jesus é um homem profundamente convicto nas suas ideias. Foram elas que o transportaram desde um anonimato espectável, para quem começou a treinar no Amora, até o mais alto nível nacional, no Benfica. Foram elas que lhe renderam títulos, que lhe abriram as portas do mundo do futebol que sempre amou e ama (e esse seu amor pelo jogo é inabalável!).


Ele trouxe, assim, estes dois factores a um Sport Lisboa e Benfica que carecia muito não só "do seu próprio umbigo" como de uma ideia concreta e estável em relação ao seu futebol - trouxe uma identidade popular (que sempre fora importante no Glorioso) e uma convicção inabalável numa ideia de jogo.

«Um bom modelo vale mais que um longo discurso.» - Napoleão Bonaparte

Quer se goste ou não do modelo, da ideia, da forma de Jesus montar as suas equipas, faltava ao futebol do Sport Lisboa e Benfica uma convicção assumida e clara. Realmente, conforme Napoleão indicou, uma convicção, um esquema funcional, é mais importante que palavras ocas que ninguém, verdadeiramente, percebe e que só servem para encobrir incompetências. O Benfica, na sua História, é um clube tradicionalmente de ideias e convicções fortes e claras - exemplos: quando se tornou num clube vencedor que alinhava somente com jogadores amadores, ou quando somente jogadores Portugueses podiam envergar a camisola rubra de águia ao peito. Foram ideias fortes e claras, que mudaram com o andar dos tempos, naturalmente, com a adaptação a novas realidades, mas ainda assim válidas, claras e fortes ideias.

Jorge Jesus devolveu esse pedaço da História Benfiquista ao clube - sendo ele um Sportinguista de origem - talvez por ser "filho" de uma época em que se vivia e morria de acordo com as convicções detidas, não só no futebol. Hoje a equipa do Benfica sabe com que modelo contar. Sabe que ideias tem de pôr em campo. Quer se goste quer não, saber-se com o que contar e o que é esperado de cada um é um elemento fundamental para um sucesso sustentado e não apenas ocasional.

Penso que terá sido "palavra dada" que Jesus renovará se for bicampeão. Considero também que o mesmo acontece com Maxi, a quem foi "palavra dada" que beneficiaria do contrato merecido pela importância do seu contributo e alma, "bastando" para isso ser campeão dois anos seguidos.

Neste sprint final, apesar de reconhecer claramente os defeitos e os feitios de Jorge Jesus, estou convicto que tal vontade será uma realidade e que o treinador renovará para permanecer fiel às suas ideias e convicções. Aqui o Isaías, a concretizar-se, não fica nada insatisfeito que tal suceda (bem pelo contrário), mesmo quando uma ou outra decisão daquela cabeça que habita por debaixo da longa juba, me faz exclamar um sentido, profundo e ruidoso

 

F#&4-$E!

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rematado às 15:12


Muito nervo e pouca bola

por Ao Colinho do Isaías, em 27.04.15

Nem eu nem nenhum dos Benfiquistas que assistiu ao jogo está agradado com a exibição nem com o resultado. Podemos estar satisfeitos, dado o que foi o jogo, mas não agradados. Ainda assim, o que saltou mais à vista nesta partida foi que, tendo a estratégia inicial do FC Porto funcionado melhor que a do SL Benfica - conseguindo alguma vantagem no meio campo na primeira parte - em momento algum da mesma, demonstrou a equipa Portista estofo ou capacidade para arrumar o jogo a seu favor. Um Benfica amordaçado, sem ideias, algo nervoso, também, encontrou pela frente um Porto que se sentia melhor mas sem confiança para verdadeiramente assumir o jogo - tendo obrigatoriamente de vencer, para depender só de si. Houve, de parte a parte, muito nervo mas pouca bola.

Foi de louvar que Jorge Jesus tivesse pensado neste jogo com os olhos postos na vitória - a inclusão de Jonas e Lima demonstram que o que ele projectava para a partida era um jogo de maior incidência atacante por parte da sua equipa. A inclusão de Talisca visava jogar com alguém que pudesse proteger mais a zona interior, mas o Brasileiro já demonstrou apenas ter aptidão para segundo avançado ou 10, dado que, longe da zona de decisão e finalização, não tem mentalidade para a luta mais acesa que se trava no meio campo, se não lhe derem espaço. A estratégia inicial do Benfica não funcionou.

Aí, Lopetegui percebeu melhor o que iria ser o jogo. Montou a sua equipa com a ideia clara de tentar primeiramente conquistar o meio campo, roubar iniciativa ao Glorioso e, com isso, intimidá-lo. Conseguiu fazê-lo na primeira parte. Houve momentos em que o Benfica perdeu o norte e apenas conseguia "chutar" para a frente, entregando de novo a iniciativa ao adversário.

Com este contexto, faltou ao FC Porto o tal estofo que referi, a capacidade de impôr-se, fazer 15 ou 20 minutos intensos e arrumar o adversário. Será esta mesma falta de estofo, que já lhes faltara no Dragão, que definirá este momento do campeonato. A equipa Portista teve a sua oportunidade e não a aproveitou, mantendo-se a diferença entre os dois da frente, o resultado excelente alcançado pelo Sport Lisboa e Benfica no terreno do adversário directo.

Posto isto, note-se que na segunda parte muito mudou - o Benfica entrou diferente e conseguiu colmatar as falhas do primeiro tempo. Equilibrou o jogo e conseguiu criar espaços, algo que, até aí, não tinha conseguido. O Porto tremeu um pouco e não mais conseguiu conquistar o meio campo ao Benfica. Ambos conseguiram alguns lances de perigo, note-se, mas percebia-se que, a não ser uma falha defensiva ou um lance genial, o jogo terminaria a zeros.


Assim foi. O Sport Lisboa e Benfica sai, naturalmente, melhor deste resultado, mas revelou alguma fragilidade no cara-a-cara com a equipa do FC Porto que queria muito ganhar, mas não teve como; ficou-se pelo mérito de impedir que o Benfica o fizesse.

Pizzi não é ainda médio centro ao nível desejado, mas Samaris foi uma verdadeira parede no centro. Jardel esteve irrepreensível e Maxi foi importantíssimo ao tentar dar combustível ao motor Benfiquista. Jonas, quando apareceu não teve apoio (muito por mérito defensivo do adversário) e Lima... anda em baixo, muito importante na movimentação, mas muito menos decisivo. Valeram os pontos que não deixámos ganhar e que fazem valer a vantagem do jogo do Dragão. São três pontos reais e quatro virtuais com quatro jogo para o fim.

Cada jogo, uma final - não poderá ser de outra forma.


PS: Julinho Lotopegui queria saber como se pratica boxe de rua na Amadora, mas foi poupado a essa humilhação... e ainda bem. Não ficaria nada bem ao Glorioso que houvesse luta fora do ringue. Etxera!

 

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rematado às 13:34


Jonas-cido para marcar!

por Ao Colinho do Isaías, em 20.04.15

O Sport Lisboa e Benfica conseguiu sair do Restelo com os desejados três pontos, contando com dois golos do brilhante Jonas para construir o resultado final. A alegria nas bancadas em mais uma exibição da Onda Vermelha foi enorme, assim como enorme foi, uma vez mais, o Colinho com que esta teima em transportar a equipa de futebol do Glorioso. Os adeptos têm sido fundamentais esta época, particularmente.

A verdade é que este jogo diante do Belenenses esteve quase para ser outro Rio Ave. O Benfica apanhou-se a vencer cedo, com um golo excelente de Jonas, o primeiro dos dois que marcou. Quem considerar que foi um golo fácil nunca jogou à bola, nem entre amigos - estavam dois jogadores adversários capazes de poder interceptar a bola e só um remate frio e calculista podia batê-los. De qualquer forma, tal como nos Arcos, após o golo madrugador, o Benfica sentiu enormes dificuldades em controlar o ritmo de jogo e até de impor a sua passada, a que lhe interessava, na procura de um segundo golo que acalmasse a equipa Belenense. Foi aliás a equipa da casa quem mais tomou a iniciativa desde então, na procura do empate. Nesse aspecto, o campeão pelo Benfica Carlos Martins teve um papel preponderante, pautando o jogo dos azuis sempre com visão de jogo acima da média.

Continua ainda assim a ser estranha a postura do Benfica neste tipo de jogos fora. É certo que não jogam contra pinos, claro, mas há uma questão mental, reafirmo-o, associada ao desaire em Paços. Passou a haver uma dúvida nos jogos fora da Luz desde então. Contudo, considero que é bem possível que esta vitória tenha resolvido esse problema de confiança; uma situação a acompanhar e, espero, confirmar no próximo jogo fora.

Ao intervalo, desenhava-se assim, para muitos dos adeptos e talvez até para os jogadores, o cenário de dúvida e da possível repetição de Vila do Conde.
Só que apareceu o mago Gaitán e Jonas mostrou, uma vez mais, que é matador de topo, verdadeiramente nascido para marcar. Aquele primeiro toque na bola com o peito é exemplar, o remate ligeiramente pingado (em curva descendente ao chegar ao guarda redes) é completamente intencional e absolutamente perfeito. Jonas é um jogador de nível mundial e, quando servido convenientemente, como neste caso por Gaitán, resolve jogos e campeonatos. Já o tinha dito antes, algures, mas afirmo-o novamente: o melhor negócio do Benfica deste século.


O segundo golo matou o fantasma Rio Ave e instalou alguma tranquilidade. Conseguiu o Benfica controlar um pouco mais as ocorrências e tirar fulgor ao Belenenses, que só voltou a assustar bem perto do fim. Aliás, esta equipa, construída por Lito Vidigal e não pelo actual treinador, como bem se sabe, apresentou-se bem afoita e com vontade de disputar os três pontos. O erro inicial de um dos seus melhores jogadores não ajudou, claro, mas perante a eficácia demolidora de Jonas a equipa acabou por ceder.


Segue-se um jogo quente, sim, um jogo enorme. Será, no entanto, apenas mais um jogo e mais um passo nesta caminhada. Um resultado favorável deixa a questão muito perto de estar arrumada e, perante um Estádio da Luz repleto, espera-se o melhor Sport Lisboa e Benfica possível para essa contenda.

Vamos levando o Benfica ao Colinho!

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rematado às 13:30


Do Nacional à Académica: duas exibições a preto e branco

por Ao Colinho do Isaías, em 13.04.15

Motivos de força maior impediram-me de comentar mais cedo o jogo com o Nacional da jornada da semana passada. Impediram-me sequer de o celebrar convenientemente. Foi o preto da morte a intrometer-se no branco da vida. Foi o lado reverso da moeda que nos relembra que a festa um dia acaba. Há é esta alegria do Benfica a conviver lado a lado com a mágoa do que se perde para sempre.
A vida prossegue, no entanto, e eu aqui estou.

...

Do jogo com o CD Nacional, destaco a enorme visão de jogo e cultura táctica de Gaitán (adquiridas no Sport Lisboa e Benfica, deve dizer-se), aliadas a uma técnica bem acima da média europeia. Espalhou, sempre que a bola lhe foi endereçada, o perfume de um futebol que, ainda que moderno, se adequava às camisolas do clube Madeirense: o preto e branco. Porquê? Porque fez lembrar o grande Benfica que se via nas velhas TVs a duas cores. Aquele Benfica que não dava hipóteses, especialmente na Luz.

 
Gaitán teve menos magia na partida com a Académica, outra equipa que veste de preto e algum branco, mas todo o Benfica estava tão unido e em rotação tão elevada, que mal se deu pela menor inspiração do Nico na primeira parte. Só que ele até chegou a tempo de aparecer na segunda!

 

Em ambas as partidas, o que se viu foi, como referi, futebol de outros tempos. O preenchimento dos espaços, a vontade de chegar primeiro à bola, a atitude permanentemente ofensiva e com os olhos postos no próximo golo: podiam ter sido jogos do Benfica na Luz na década de 70 - basta colocar-se um filtro de cores para passá-las a preto e branco e colocar algum efeito dando "ruído" às imagens, para se ser transportado para a década em que o futebol total e o futebol samba conviveram lado a lado pelos relvados... e pelo Sport Lisboa e Benfica, nessa altura, passou bastante samba... à moda tuga, é claro.


É certo e sabido que durante estas duas partidas a equipa do Benfica teve momentos de desconcentração e, até, algum descontrolo táctico e emocional. A diferença é que, quando estes surgiram, já o resultado se tinha avolumado o suficiente para que qualquer dúvida se pudesse instalar. Até nisto se pareceram com jogos a preto e branco, as cores das camisolas adversárias.

Não restem dúvidas: nesta fase do campeonato (desde Paços de Ferreira), o Sport Lisboa e Benfica na Luz é um e fora da Luz é outro, essencialmente na atitude mental. Ainda falta bastante, mas se o Glorioso passar no Restelo e colocar em campo, com uma Luz repleta, a mesma mentalidade na partida seguinte, o Bi será uma realidade, ao fim de 31 anos. Que venha... ao colinho de todos nós!

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rematado às 19:04


O pecado de Jesus cortado pelo Machado na Madeira

por Ao Colinho do Isaías, em 23.03.15

Na primeira época de Jorge Jesus no Glorioso, a equipa do Sport Lisboa e Benfica teve uma fase de verdadeiro rolo compressor, uma vez ultrapassado o decepcionante empate na primeira jornada, na Luz, com o Marítimo. A partir daí entrou num ritmo avassalador, esmagando etapas uma atrás das outras durante um período significativo.

À oitava jornada, o SL Benfica recebia o CD Nacional, na altura como agora liderado por Manuel Machado (que regressou ao clube Madeirense após umas outras aventuras menos conseguidas). Começou aí, penso eu, uma picardia nada saudável, motivada pela já conhecida "fanfarronice taberneira" que era na altura muito mais evidente em Jesus que agora, no período pré media training.


A equipa do Benfica começou melhor e Cardozo marca o primeiro, após brilhante jogada colectiva, confirmando para todos os presentes que não havia ali lugar para abrandamento. Só que o Nacional chega ao empate num lance irregular (milimétrico, mas fora-de-jogo) e coloca a dúvida nos ânimos na Luz. A partir daí, só deu Benfica.
Saviola faz (de cabeça!!) o 2-1 e já na segunda parte, Cardozo bisa, de penalty, para o 3-1. Depois, foi a vez de Saviola bisar também, com a assistência de Cardozo (com dúvidas se houve mão), e colocar o resultado em 4-1.

Jesus estava fora de si. O jogo virara e o Benfica estava agora "a dar baile". Foi neste momento que se celebrizou um dos gestos mais emblemáticos da primeira época de Jorge Jesus no Benfica. Virando-se para o banco do Nacional, erguendo os quatro dedos e deixando-os dançar ao sabor da vitória, JJ "picava" Manuel Machado e dava início a uma rivalidade que dura até hoje.


O jogo ainda teve mais: Nuno Gomes fez o 5-1 e novo penalty deu a Cardozo um hat trick.

Acerca do comportamento de Jorge Jesus, Manuel Machado, já conhecido pela retórica algo rebuscada com que brindava os jornalistas em muitas conferências de imprensa, respondeu de forma afectada:

 
Trago-vos a lembrança deste episódio porque este fim de semana, acabou por ser o rival Machado a cortar na Madeira, parcialmente, o enorme pecado de Jesus em Vila do Conde.

No comentário a um artigo anterior, assumi-me como fã de Jesus, sendo conhecedor das suas virtudes e defeitos. Pois bem, perante um Rio Ave organizado, espevitado e que nunca virou a cara à luta, a equipa do Benfica expôs, uma vez mais, as fragilidades do plano de jogo para este tipo de deslocações.
Não há, esta época, grande diferença entre o Paços de Ferreira e o Rio Ave e, se o Benfica tivesse marcado cedo diante do Paços, provavelmente o próprio jogo e desfecho seriam semelhantes. Até Gaitán faltou em ambos jogos.
A verdade é que o golo cedo, que podia dar a tranquilidade que deu nos Barreiros, acabou por atirar a equipa para uma completa escassez de ideias, retirada que foi do seu estilo de jogo preferido pela pressão dos adversários, pela dimensão do terrenos de jogo e, claro está, pelo próprio valor da equipa contrária. O Rio Ave, a par do Paços, soube explorar as debilidades defensivas da linha subida do Benfica que, a jogar fora, merece ser revista com urgência. Perante equipas que disponham de avançados rápidos e que guardem bem a bola, um passe (ou mesmo um "chutão") para as costas dessa linha defensiva (particularmente, para as alas e de entre essas a mais frágil é a de Eliseu) é, quase sempre, um momento de aperto. Foi por aí que tanto o Paços como o Rio Ave venceram os seus jogos.


É que neste momento, o Benfica sem Gaitán não tem o mesmo motor - ou melhor dizendo, tem o mesmo motor, mas anda sem piloto. Nem Jonas teve como mostrar serviço e Lima falhou na Hora H. A equipa não soube tomar conta dos acontecimentos, jogando mais próxima, trocando a bola, frustrando o adversário e obrigando-o a cometer um outro erro que desse no 0-2. Como já tenho lido por aí, "pôs-se a jeito".

Este enorme pecado (repetido) de Jorge Jesus foi, no entanto, aliviado por Manuel Machado e o seu CD Nacional. A equipa da Choupana fez uma grande exibição também, por seu lado, e só não deu a volta completa ao marcador porque um dos seus avançados teve um momento inacreditável perante a baliza aberta. Ainda assim, este 1-1 oferecido pelo rival Machado, deu a Jesus uma absolvição parcial. Irá ele aproveitá-la?
É que já a seguir vem o Machado à Luz.

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rematado às 12:25


Novelas à parte, um Grande joga assim

por Ao Colinho do Isaías, em 16.03.15

Estreia-se este espaço de remates do Isaías pelo e sobre o Sport Lisboa e Benfica com uma análise ao encontro importantissimo deste sábado, no Estádio da Luz, diante do Sporting Clube de Braga.

Como tem sido habitual esta época, este jogo começou muito antes das 17 horas do dia 14. Começou nos jornais, na internet, nos videos distribuidos pelos "Facebooks" e afins, mas começou também nas "bocas" mais ou menos infelizes atiradas pelas várias partes interessadas no mesmo. O SL Benfica está em primeiro, apesar das limitações no plantel que são conhecidas (especialmente em comparação com a época anterior), pelo que o circo à sua volta, cada vez que joga, é ainda maior. Ainda para mais tratando-se do SC Braga, que tem demonstrado genuínas ambições de progredir em direcção aos três maiores clubes, tendo contado tanto com parcerias com o SL Benfica como com o FC Porto para se posicionar desse modo, estando, pelo menos a nível futebolistico (pois não é de todo comparável no que concerne ao número de sócios e adeptos), a ameaçar a posição de um Sporting Clube de Portugal que parece afundar-se até institucionalmente e que nunca conseguiu fazer uso do bom trabalho construtivo que teve durante algumas épocas, por falta de paciência (não do Domingos, daquela outra).

Como disse, o jogo começou muito antes do apito inicial. António Salvador, a seguir ao jogo com o Porto, no qual um Braga muito contido saíu derrotado por 0-1, disparou na direcção do líder do campeonato (mas mais na direcção do seu próprio balneário e treinador), dizendo que tudo iriam fazer para vencer na Luz na jornada seguinte. Muito se falou sobre isso, acusando-se o Braga de anti-Benfiquismo e pró-Portismo - acusações que são, apenas parcialmente, fundamentadas. O SC Braga não tem, a meu ver, nem uma coisa nem a outra, tem é ambição; tem de se movimentar entre os dois maiores clubes da actualidade e fazer um jogo diplomático que tente agradar a Gregos e Troianos, ao mesmo tempo que se vai afirmando em Portugal e tentando ganhar alguma experiência e visibilidade europeia também, tendo já feito excelentes campanhas europeias há umas épocas atrás. António Salvador até pode ser portista ferrenho, acredito que o seja, mas ele sabe que não pode excluir o SL Benfica das suas boas relações se quer continuar a ver o SC Braga a crescer. Uma coisa é a esfera pessoal, outra é a institucional. A meu ver, quer se considere que as palavras de António Salvador foram escolhidas com infelicidade ou que foram os jornalistas quem fizeram delas controversas, o presidente do Braga quis foi não deixar que a sua equipa entrasse em declínio futebolistico depois de se ter colocado em tão excelente posição. Mal ou bem, estiveram quase a conquistar um ponto em casa e perderam perto do fim. Com um jogo no Estádio da Luz ali tão próximo, é óbvio que o seu discurso externo se tratou de um clamor interno para não deixar que a sua equipa e o seu treinador desanimassem. Qualquer equipa com ambição deseja ganhar ao SL Benfica, por ser o maior e melhor clube, o exemplo Português do que é SER um gigante (mais que parecer) e o Braga não é excepção.

Rui Gomes da Silva ou foi extemporâneo na sua resposta, por ter confundido o discurso interno nos "media" com o discurso externo, ou foi astuto e "malandro". Ou confundiu o pessoal com o institucional ou entendeu o estado actual da equipa bracarense e lançou o dardo. O que transpareceu na comunicação social foi que o Presidente do SC Braga tinha dito a todo o SL Benfica que tudo ia fazer para os fazer perder o campeonato, quando o que ele fez foi dizer à sua equipa para tudo fazer para ganhar aos Campeões, dado que estiveram tão perto de empatar em casa com os Terceiros. Rui Gomes da Silva feriu, com ou sem intento, o orgulho de um clube em ascensão e de uma equipa que estava a perder forma. Por isso é que Sérgio Conceição reagiu daquela maneira. Até pode ter-se sentido, genuinamente, ofendido com o que fora dito implicitamente, mas a sua reacção denotou que ele percebeu que o fraco jogo do Axa (no qual quase saía com um ponto, ainda assim) foi fruto de um declínio de forma na sua equipa - talvez fruto da pressão do que se começa a exigir deste SC Braga. Ele sentiu que aquelas palavras só iriam prejudicar a recuperação psicológica e até física que ele queria fazer na equipa para se apresentar competitivo na Luz.

Depois, António Salvador tentou aparar o golpe, virando, pouco elegantemente, o "bico ao prego" e afirmando que o acusador até era sócio do SC Braga e que as suas palavras só iriam motivar a equipa para ganhar no Estádio da Luz. Esta resposta visava precisamente o mesmo que as suas primeiras declarações: tentar inverter, através de uma grande exibição e, talvez, resultado perante os Campeões em título e líderes do campeonato, o momento de forma da equipa.
Contas feitas, Rui Gomes da Silva ganhou a parada, especialmente pelo quanto conseguiu desestabilizar o treinador Sérgio Conceição. Não foi, no entanto, uma atitude institucional apropriada, pelo menos no que se refere aos valores do Sport Lisboa e Benfica - há outros clubes onde isso seria visto até como uma atitude louvável.
Não sendo grande apreciador de Luís Filipe Vieira, pessoalmente, compreendo a boa recepção que foi dada a António Salvador. Afinal, há que ter presente que não é só o SC Braga que tem beneficiado com as boas relações com o SL Benfica. O próprio Benfica já fez boas contratações em Braga e, como se sabe que a bolsa vai apertar nos próximos anos, provavelmente terá oportunidade de fazer mais e a um preço mais acessível que ir ao estrangeiro.

Apareceram também, e como é costume, as dúvidas em relação à neutralidade do árbitro - um pouco provocado pelo próprio, naquilo que é uma irresponsável utilização de uma rede social nas vésperas de um jogo já de si bem "aquecido". Enfim, estava tudo montado para uma grande assistência televisiva e, claro está, uma lotação esgotada na Catedral - tal só não aconteceu porque o SC Braga, apesar de, como referi, futebolisticamente ter vindo a aproximar-se dos "três grandes", ainda lhe faltam sócios e adeptos para "dar o salto". Cerca de 500 adeptos numa partida perante o primeiro, com a equipa ocupando o quarto lugar, é muito, muito pouco para um clube grande.


Perante estas novelas todas, lá se desenrolou o jogo - e que jogo! Que exibição do Sport Lisboa e Benfica, levado cada vez mais ao colo pela Onda Vermelha! Um SC Braga fragilizado psicologicamente não conseguiu soltar-se. Perdia a bola rapidamente diante da ambição e agressividade do meio campo Benfiquista e encontrava-se, continuamente, em postura defensiva. Quando tentou soltar-se, resumiu-se, insistentemente, à procura da velocidade de Pardo, na tentativa de explorar as debilidades defensivas de Eliseu. Só que até o açoreano esteve concentradissimo, quase sempre na antecipação, usando mais inteligentemente do que se tem visto o seu posicionamento defensivo para secar o seu flanco. Até deu para se aventurar lá à frente e aparecer, após algumas tentativas, para fazer o golo da tranquilidade.
Jonas demonstra jogo após jogo que é um avançado muito acima da liga Portuguesa e que representa o melhor negócio do SL Benfica deste século XXI, atrevo-me a dizer. Um jogador dispensado por um clube que tinha acabado de gastar mais de meia centena de milhões de Euros a reforçar-se precisamente no Sport Lisboa e Benfica, que chega e imediatamente se sobressai, pela visão de jogo, pela técnica, pelo sentido posicional e, claro está, pelos golos.


Nico Gaitán é o astro deste campeonato e que é muito melhor quando ocupa os espaços da posição 10 que os de extremo - e é, ainda assim, um dos melhores extremos deste campeonato, se não o melhor.
Sálvio apareceu quando se lhe pedia, sem medo, com raça, com a vontade de transportar a bola que se lhe reconhece.
Samaris foi uma parede no meio campo, contando com Pizzi para lhe dar sempre uma linha de passe para a frente, quando precisou. Maxi foi Maxi, o que é sempre imenso e o Luisão Capitão esteve tranquilo ao lado do seu comparsa Jardel. Lima foi importante na movimentação da equipa, mas começa a revelar algumas lacunas psicologicas perante as exibições de luxo de Jonas. Posso estar enganado, mas dá-me a ideia que o Lima fica nervoso em demasia quando Jonas brilha. Uma situação a acompanhar.

Em resumo, o SC Braga jogou, portanto, ainda pior que no Axa e perante uma equipa do SL Benfica que jogou muito mais que o FC Porto nessa partida. Confirma-se a quebra de forma nesta equipa, que agora parece ter visto o terceiro lugar fugir-lhe de vez - a não ser que se assista a novo cataclismo para os lados de Alvalade.
Para o Sport Lisboa e Benfica, as más notícias são a exclusão de Gaitán para a visita a Vila do Conde, mas já vencemos equipas em melhor momento sem a magia do Argentino.

Para continuar a vencer, a equipa do Sport Lisboa e Benfica tem de continuar a ser levada ao colinho pelos Benfiquistas...

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 e pelo Isaías! :-)

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rematado às 13:16




Ao Colinho do Isaías

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