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Sem ter sido uma entrada tão intensa como na Supertaça (também porque o adversário não deixou), o Benfica mostrou os seus pergaminhos de Tetra-Campeão. Foi uma primeira parte em que, após ter marcado o inaugural por Seferovic (mas 3/4 de golo é do Jonas) e o 2-0 por Jonas, que aproveitou a oferta do central contrário para mostrar arte na concretização, podia perfeitamente ter se encontrado a golear a equipa Bracarense. Contudo, quem não marca arrisca-se a sofrer e o golo do Braga perto do intervalo (desconcentração e lentidão inaceitáveis de Jardel, atenuadas pela falta de ritmo nesta fase, e uma mancha pouco sólida de Varela - atira-te com o torso e os braços à bola, não com os pés, miúdo!) podia ter relançado o jogo. Um penalty que ficou por assinalar sobre Jardel mesmo ao cair do pano podia ter dado essa tranquilidade bem mais cedo. Aqui o video-árbitro não se manifestou.
Só que o Benfica nunca perdeu o seu foco. Entrou na segunda parte com a mesma determinação ofensiva que lhe fizera chegar ao 2-0 antes. Num lance de Cervi (que é um CRAQUE, um descanso para qualquer treinador, tão bem que ataca e defende, sem nunca desistir de um lance), Salvio empurrou e recolocou a vantagem de dois golos.
Surge depois o lance da polémica do lado do Braga. Seferovic parece, a olho nu, estar a colocar em jogo Ricardo Horta. À primeira, pareceu-me, também, que não estava fora-de-jogo. Precisei de, à vontade, dezenas de repetições para pausar no ângulo em que se vê Seferovic e Horta ao mesmo tempo no plano. Aí, nota-se que está, de facto, ligeiramente adiantado (mais ou menos tanto como o Hassan no golo bem anulado anterior). Honestamente, não sei se foi capacidade do fiscal de linha ou um golpe de vista que correu bem. A verdade é que o video-árbitro concordou com a decisão, por ter tido a oportunidade que eu tive: a de rever o lance de vários ângulos, várias vezes. Bem decidido, afinal, após as dúvidas iniciais.
O Benfica venceu bem, podia ter dilatado o marcador e acabou a controlar o adversário e a gerir o esforço (já pensando em Chaves). Cumprida a primeira etapa de um ciclo difícil.
NOTA: Não posso deixar de comentar aquela aziada conferência de imprensa do Abel, em que o seu lagartismo calimeriano veio todo à tona. Até posso aceitar que lhe tenham dito ou que ele tenha visto o lance polémico do fora-de-jogo de forma diferente. É um lance dos mais difíceis de analisar, particularmente porque o fiscal de linha está do lado do atacante. O que não posso deixar passar é aquela conversa dos orçamentos. Rui Vitória respondeu-lhe bem, referindo o Feirense que terminou próximo do Braga com um orçamento muito inferior e os anos em que teve de trabalhar com saldo negativo. Só que basta voltar a 2009/10 e perguntar qual a diferença de orçamento entre o Braga, que lutou até ao fim pelo título, e o Sporting ou o Porto dessa época. Mais a mais, aquele ressabiamento típico de neo-lagarto, a deixar, em ar de gozo, o desejo que o Benfica se dê mal na Champions, "porque lá é pequenino" (era isso que implicitava) demonstra bem o clube de onde vieste. Vai lá contabilizar, ó Abel, o número de meias-finais e finais das várias competições Europeias em que o Benfica participou. Vai lá ver quantas dessas aconteceram deixando pelo caminho equipas de orçamento muito superior? Eu já tinha escrito sobre o SC Braga aqui no blog e a sua intenção legítima de querer ser um dos grandes. Contudo, este é o tipo de caminho que os afastará de tal intento, por pretender chegar a grande sem antes se transcender. Olha, Abel, o Benfica na sua história, na fase de ascensão, com orçamento zero, sacou campeonatos ao Sporting que já pagava a jogadores.
Ficarão aqui na memória, estas tuas reflexões, ó Abel.
Actualização 10/AGO/2017, 11:50
Entretanto já me chegou que um site/blog afecto ao Sporting quer demonstrar e provar com a imagem abaixo que o golo do Braga não é obtido em fora-de-jogo:
Ridículo. Então e que tal, já que se deram ao trabalho de pôr as linhas, alinhá-las com o rabo do Seferovic, a sua parte do corpo mais atrasada que conta para efeitos de fora de jogo, ou com a cabeça/ombro do Horta, que é a mais adiantada que conta? Isso é que era, mas aí já não havia "prova".
Ri-dí-cu-los.
Continuo a dizer que este lance é muito difícil e que se fosse validado o golo não me chocava absolutamente nada. Já o penalty sobre o Jardel... é claro para todos.
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