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Verde é uma côr popularmente associada tanto à inveja como à esperança. O que define em qual dos pólos se enquadra a côr num determinado momento, depende somente do intento de quem com ela se identifica, do sempre todo-importante contexto.
Coincidentemente, nesta época futebolística, o clube mais identificado com essa côr, o Sporting Clube de Portugal, identificou-se com ambos os pólos que a côr verde transmite popularmente.
O Sporting Clube de Portugal, clube enorme e principal rival Histórico do nosso Glorioso Sport Lisboa e Benfica, foi, no futebol, todo este verde esta época.
Ora bem, ontem, eu que nem sou adepto do Basquetebol, apanhei na BTV a "negra" das meias finais do campeonato nacional da modalidade, que opunha o Sport Lisboa e Benfica à União Desportiva Oliveirense. Que grande jogo fez o nosso adversário! A espaços foi brilhante e conseguiu dominar o tetra-campeão no pavilhão da Luz.
Ao fim do 3º período, lideravam o marcador por 10 pontos, vantagem considerável. Podiam ter optado aí, se quisessem escolher o verde como inspiração, essa côr como símbolo da esperança, legítima, de derrotar o campeão no seu próprio pavilhão! Só que foi o inverso, pois foi nesse momento que sobressaiu o pecado verde da Oliveirense:
«E quem não salta é Lampião».
Este cântico não só define a tal inveja verde, patente no clube nosso rival, como desliga o apoio ao próprio para que se altere o foco para o adversário. Deixa de ser uma vontade de ganhar, para ser uma vontade de que o Benfica perca. Ainda por cima numa época como esta, os adeptos do clube de Oliveira de Azeméis deviam saber que isso iria virar-se contra a sua equipa no pavilhão do Sport Lisboa e Benfica.
Resultado? O Benfica fez um 4º período inacreditável, recuperou da desvantagem, esteve na frente e só foi a prolongamento porque Cook falhou o último lançamento. Após dois brilhantes prolongamentos (em que não mais se ouviu o tal cântico - provavelmente por se terem apercebido do efeito contrário que provocara) o campeão superou o seu adversário e conseguiu chegar, por dois pontos, a mais uma final.
(Não encontro um vídeo com o resumo do jogo. Assim que encontrar, coloco aqui)
O jogo de ontem lembrou-me a brilhante final da "Liga dos Campeões" do Hóquei em Patins, também contra a Oliveirense. Da mesma forma, a União Desportiva Oliveirense teve o jogo na mão. Só que foi a equipa (e principalmente por culpa do seu treinador, o conhecido Portista Tó Neves), que se desmoronou em insultos ao árbitro, ao público, ao banco do seu adversário, quiçá, insultos à própria divindade de que é crente (se o for de alguma). Essa postura desmontou uma equipa que tinha o jogo controlado, perante um Sport Lisboa e Benfica que não conseguia juntar dois passes seguidos. Tó Neves teve a esperança, perfeitamente legitimada pelo que se passava no ringue, de conquistar o troféu, mas deixou que, à mínima contrariedade, se desfizesse em inveja. Eu não percebo o suficiente, tecnicamente, de Hóquei para poder afirmar se Tó Neves tinha ou não razão nas suas queixas. O máximo que consigo ver é se empurrou ou não, se lhe deu com o stick ou não. No entanto, todos os campeões têm momentos em que são prejudicados - pelo árbitro ou até pela sorte - e o que os faz ou desfaz é a reacção a esses momentos.
Este foi, para ambas as modalidades, o pecado verde da União Desportiva Oliveirense.
Parabéns às equipas de Hóquei e Basquetebol do Glorioso e muita força e confiança no Andebol e Futsal. Contamos convosco!
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