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Alberto Miguéns é o Capitão do Benfiquismo

por Ao Colinho do Isaías, em 10.01.19

O Que é Que Me Faz Ficar Possesso? Tirar-me do «Sério»?!

miguens.PNG


Uma vénia e profundo agradecimento, caro Alberto. Desde o início deste blog que defendo a presença do Alberto Miguéns na estrutura do clube, para servir de equilibrio Histórico no aconselhamento às decisões a tomar.

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rematado às 08:32


Falemos de bola

por Ao Colinho do Isaías, em 20.11.18

Como somos todos treinadores de sofá e bancada - e como já não suporto ler sobre um eventual regresso de Jorge Jesus - vamos lá falar de bola, para desanuviar e trocar ideias de forma descontraída.

A minha equipa e esquema para o nosso Benfica 18/19 seria o seguinte:

SLB1819-Isaías.PNG

Ajustem e dêem as vossas ideias através desta ferramenta:
http://lineupbuilder.com/?sk=h58b

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rematado às 16:12


Só há um nome...

por Ao Colinho do Isaías, em 08.11.18

 

...que me parece aposta absolutamente segura, no caso de se substituir Rui Vitória.

 

Paulo Fonseca não tem gabarito. Monta as equipas bem, mas não me parece capaz de rotinar processos defensivos, nem de lidar com egos.

 

Leonardo Jardim fez o impossível no Mónaco, ser campeão frente ao Qatar PSG, mas depois foi incapaz de fazer a omelete mínima quando os melhores ovos lhe foram retirados, quase descendo de divisão.

 

Há um nome, contudo, que se à partida parece impossível, se fizermos as contas parece-me perfeitamente válida: Diego Simeone.

Diego Simeone ganha no Atlético de Madrid €5.8 milhões, mais coisa menos coisa. quem chora por Jorge Jesus (jamais!) pagar-lhe-ia €5 milhões, por exemplo. Obviamente que Simeone não viria pelo mesmo salário, mas se o Benfica lhe pagar €6.5 milhões ou €7 milhões, com a perspectiva de treinar um clube com uma dimensão e prestígio superior ao Atlético de Madrid, é possível que o convença, dado que está há muito tempo no mesmo clube e poderá querer um novo desafio: o de relançar o Benfica europeu e fazê-lo dominador em Portugal. Nada como perguntar-lhe.

 

€7 milhões por ano é menos que o valor pago pelo passe de Castillo (que ainda poderá vir a ser muito útil, não é essa a questão). Entre vendas e compras desnecessárias evitadas, podemos pagar esse valor de salário a um treinador que seria consensual, que é um disciplinador e que sabe lidar com egos, que tem prestígio e que, o mais importante, monta muito bem as suas equipas, tanto defensiva como ofensivamente.

 

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rematado às 09:38

Para quem entende bem a língua Inglesa, deixo aqui um video que apresenta muito bem os motivos pelos quais defendo a necessidade de haver sentido de responsabilidade por parte dos bloggers Benfiquistas (e não só Benfiquistas), quando se escreve num espaço tão vasto e acessível como a internet:

 

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rematado às 09:08


Cultura desportiva?

por Ao Colinho do Isaías, em 19.06.18

Adeptos do Japão limpam bancadas após o jogo com a Colômbia

Após a vitória do Japão sobre a Colômbia por 2-1, os adeptos nipónicos limparam as bancadas onde estavam, apanhando todo o lixo para sacos de plástico.

 

Cultura desportiva? Primeiro e antes, cultura!
O desporto segue-a então, de mãos dadas.

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rematado às 22:31


Um conto do Benfica

por Ao Colinho do Isaías, em 19.01.18

Reafirmo, em nota prévia, que não gosto da personalidade de Luis Filipe Vieira, como não gosto da personalidade de grande parte dos empresários modernos - pois ser empresário bem sucedido hoje, pressupõe ter traços de personalidade que condeno, pessoalmente. Como o mundo é que me contém e não eu que contenho o mundo, aceito bem que apontem que sou eu que estou errado, pois, dessa perspectiva, estou desfazado, em termos de valores, do mundo.

 

Posto isto, acho pertinente fazer mais um intervalo neste meu silêncio para comentar aquilo que têm sido os últimos tempos do blog mais visitado pelos Benfiquistas (e não só), o NGB. E faço-o servindo-me de um paralelismo com a parábola criada por Charles Dickens, "Um Conto de Natal". Neste caso, de Benfica.

 

Mas antes disso, um esclarecimento.

 

O actual Presidente do Sport Lisboa e Benfica, diga-se o que se disser, de facto revolucionou a instituição, modernizou-a (com o que de bom e de mau isso tem, dependendo da tabela de valores de cada um). Note-se, contudo, que a obra feita na vertente empresarial é relativa ao contexto mundial à sua volta - e aí, Vieira percebeu que ou consolidava o potencial empresarial deste nosso símbolo ou, eventualmente, cairíamos num novo fosso, materialmente. Aqui, tenho de concordar.

É verdade que o Benfica tornou-se mais impessoal, os seus sócios mais clientes e investidores a fundo perdido do que participantes activos e obreiros, contudo, esta é a realidade do mundo actual, não foi criação de Vieira nem do Benfica. Poderia o Benfica manter-se forte perante a pressão de um mundo cada vez mais mercantil e impessoal, sem encetar mudanças? Se o tipo de empreendedorismo dos seus sócios também mudou, como poderia Vieira não mudar o Benfica e deixá-lo ao acaso de uma perspectiva associativista e democrática, que depende de valores que se perderam e que são quase extintos na actualidade humana? Cosme Damião manteve-se íntegro e incorruptível nos seus valores quando perdeu a eleição em 1926 para Ribeiro dos Reis, mas poderia o Sport Lisboa e Benfica sobreviver às mudanças que já se viam em curso no mundo e em Portugal, no que concerne ao desporto, se a sua lista tivesse saído vitoriosa? Com clubes (encabeçados pelo Sporting) a começar a pagar cada vez mais a jogadores, poderia a ideologia pura e elevada do desporto amador de Damião manter o Benfica vivo? Não. A derrota do pai do Benfiquismo, um exemplo para todos nós, significou na realidade uma nova fase de ascensão, agora que o Benfica dispunha das mesmas ferramentas modernas (à época) e que conseguiria equilibrar as contas.

 

Serei, posto isto, apologista da maleabilidade ideológica? Não. Entendo é que, por exemplo, por muito que eu considere que os impostos são altos e mal aplicados (para ser leve na adjectivação) as consequências de não os pagar, por integridade ideológica, seriam destrutivas na minha realidade.

Não há rocha que resista à erosão das vagas do oceano das eras.

 

Serão tais mudanças no nosso Benfica, encetadas por Vieira face ao mundo, o fim do Benfica ideológico? Claro que não. O espírito do Benfica, a mística que nos une, só pode subsistir se o corpo que habita for forte. Esse espírito somos nós e só desapareceremos se quisermos, se desistirmos, se nos deixarmos corromper sem perceber a diferença entre uma casa e um lar. Vieira reconstruiu a casa à modernidade, com tudo o que tal acarreta, mas cabe a nós transformá-la em lar. É que as outras eras já não voltam, já não as veremos. Nós não somos como os nossos pais e os nossos filhos não serão como nós.

 

Com isto esclarecido, quero então falar do blog NGB e comparar as assombrações de Luis Filipe Vieira aos seus escribas. Não é minha intenção menorizar qualquer das opiniões ou autores que referirei, mas apenas, de forma individual e pessoal, formar uma opinião comparativa.

 

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Fantasma do Benfica Futuro:

 

O Fantasma do Benfica Futuro é o plano que envolve o Seixal: um Benfica made-in-Benfica, capaz de se auto-sustentar de forma geral, que eventualmente consiga manter os seus jogadores por forma a lutar, até, por um título Europeu.

 

Fantasma do Benfica Presente:

 

O Fantasma do Benfica Presente é Rui Gomes da Silva e as suas opiniões e conselhos, interpretados de variadíssimas formas. Rui Gomes da Silva acredita no melhor dos dois mundos - o do Passado e o do Futuro - e situa-se, por isso, num Presente de meio-termo entre os bastidores do futebol, a tasca popular e a empresa profissional.

 

Fantasma do Benfica Passado:

 

O Fantasma do Benfica Passado é o Shadows e também o Redmoon, cada um na sua medida.

O Shadows é o idealista por excelência, fiel a uma cultura de Terceiro Anel que mobilizou o apoio às equipas do Benfica durante um período temporal passado.

O Redmoon é, como apelidado pelo seu colega Benfica by GB, um romântico, defendendo a noção de que a honra de jogar no Benfica deve ser a principal motivação dos jogadores.

 

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Não sei se Luís Filipe Vieira lê o NGB ou não, mas é óbvio que alguém no Benfica o faz e lhe relata sumariamente o que por lá se escreve. No entanto, formam-se à sua volta, qual a Ebenezer Scrooge (personagem da tal obra de Charles Dickens), estas três assombrações que quererão ter peso na sua consciência. Que peso? Que influência?

 

Penso que Vieira quer de facto materializar a assombração do Futuro que ele próprio formulou. Mesmo para  quem considera que Vieira não é Benfiquista como afirma, não há nada que um mercador deseja mais que um grande negócio - que melhor negócio há no Benfica do que materializar essa visão que agora assombra o Futuro do clube?

 

Vejo também que no Presente só há um caminho a seguir pelos Benfiquistas: que é o de unirem-se à equipa, ao clube e até à empresa. Não porque concordem ou não com tudo o que se passa, se faz e se decide, mas porque as únicas ferramentas eficazes que os inimigos do ideal Benfiquista têm são os próprios Benfiquistas.

 

Considero por isso que o Passado não volta mais, por muito que a nostalgia nos bata (eu incluído). A realidade que compreendo em retrospectiva, pessoalmente, é que se a mentalidade do Terceiro Anel se tem mantido intacta durante a Presidência de Vieira como se manteve até esse ponto, hoje para além de não termos sido Tetra, não teríamos sequer condições para poder haver uma assombração de Futuro como a que Vieira formulou. Há que lembrar, numa auto-análise, que foi durante o tempo dessa cultura do Terceiro Anel que se permitiu que uma mafia se instalasse e tomasse conta das estruturas do futebol e se elegeu Damásio e Vale e Azevedo, que se maltratou equipas nossas e jogadores-símbolo.

 

Este nova incarnação do Benfica, impessoal e empresarial, pode não ser ao meu gosto, seguramente que não, mas é um corpo que garante de tal forma vitalidade para que nós, seu espírito e mística, habitem através dele para o Futuro, que os nossos inimigos desesperam de MEDO da nossa real FORÇA - e por isso mentem, conspiram e nos querem dividir. O que eles não entendem é que nós já somos e sempre fomos divididos - uns são ricos, outros pobres, uns antiquados, outros modernos, uns conservadores, outros liberais - mas somos unos no Amor a esse símbolo que jamais deixaremos cair.

 

Seremos nós que transportaremos aos ombros o nosso ideal Benfica rumo ao Penta.

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rematado às 11:53


Os diversos Benficas do Glorioso

por Ao Colinho do Isaías, em 02.09.17

Acompanho, conforme o meu tempo me permite, o blogue Novo Geração Benfica, por ter como autores pessoas que são apaixonados Benfiquistas, com opiniões tão díspares quanto o alcance das asas bem abertas da Águia no símbolo do Glorioso.

 

Algo me aconteceu, pessoalmente (e que não revelarei aqui), há dois anos, com a conquista do Tri, que fez a minha postura perante o Benfica actual alterar-se. Como entendo, em primeira mão, a profundidade das preocupações de alguns dos Benfiquistas que escrevem nesse blogue (bem como noutros, diga-se), decido agora escrever algo breve sobre essa visão do Benfica e de como o clube é gerido actualmente, que tenho uns minutos antes da Supertaça de Futsal.

 

A questão é que não foi o Benfica que mudou desde os saudosos tempos do Eusébio, do Coluna e de toda aquela constelação Mística. Foi o mundo. Aliás, o mundo Português começou a mudar com atraso, só em 1974, quando noutros países essa mudança já se tinha feito sentir. Não estou a classificar essa mudança como "boa" ou "má", pois isso não é conversa para aqui chamada. O facto é que o mundo em si mudou drástica e repentinamente nos últimos 50 anos e para uma significativa fatia dos Benfiquistas essa mudança, em particular após a depressão dos 1990's e 2000's, não foi possível de assimilar devidamente. A posição de Portugal no mundo alterou da noite para o dia, a sua importância económica e estratégica também. A descolonização secou o principal viveiro de talento do Sport Lisboa e Benfica, tanto ou mais do que quando surgiram o Casa Pia Atlético Clube e o Clube de Futebol "Os Belenenses" nos anos 20. No entanto, só em 1979 é que o Benfica se começou a adaptar a uma realidade cada vez mais evidente: que o futebol iria deixar de ser um desporto e passaria a ser um negócio, tão competitivo e desleal como os outros negócios todos.

 

Hoje vive-se na época dos 200 e tal milhões do Neymar, com dinheiro do petróleo, precedente aberto pelo magnata Russo do Chelsea e, por isso, o peso do Benfica no mundo de futebol, ainda que mágico na capacidade que tem de chegar a todos os cantos do mundo, é muito inferior do que era há 50 anos.

 

Ao fim deste tempo todo, o Benfica vive agora uma nova página da sua História, imerso num mundo cada vez mais incivilizado, sediado num país cada vez mais desprovido do seu carácter, do seu amor-próprio e da sua força estratégica - num país cada vez mais ajoelhado às forças de um Império que, ao contrário de Roma, não se manifesta com estandartes nem com armas.

 

No futebol dentro do campo, o empate com o Rio Ave (que até nem foi nenhum resultado desastroso, porque o Rio Ave é, neste momento, o 4º clube do futebol Português a nível estrutural, na minha opinião) trouxe à tona as inseguranças todas que parte dos Benfiquistas tem sempre perto de si, como aquela fotografia do momento que queremos esquecer, mas que guardamos no álbum mais precioso. Passámos a ter que refazer o plantel de alto a baixo, porque temos de ganhar os jogos todos - comparando com um tempo em que os clubes periféricos mal tinham campo de treinos, quanto mais equipa para se bater com o profissionalismo que o Benfica já evidenciava nos 60's. Empatámos este e perderemos mais pontos noutros jogos. Os grandes já não jogam sozinhos. Mais a mais, o Benfica já não é visto como grande na UEFA, a par por exemplo, de um Chelsea, devido à sua posição. O Histórico serve os puros e os românticos, mas a UEFA e os parasitas que gravitam à volta do futebol não querem saber disso, apenas do poder.

 

Colocado num mundo assim, quem neste momento traçou um Sport Lisboa e Benfica com este tipo de gestão adaptou-se aos parasitas (mesmo que se opine que o faça por simpatia com eles) por forma a adaptar o clube ao que aqui está e ao que aí vem. Para isso, Rui Vitória é o homem certo - pela sua inteligência, postura, visão e capacidade de gestão pessoal - e, por consequência, também o é o mercador Luís Filipe Vieira.

 

Da mesma forma que o Sport Lisboa e Benfica teria ficado pelo caminho se a ideologia pura de Cosme Damião (um dos originais Benfiquistas) tivesse vencido a adaptativa de Ribeiro dos Reis, também o Benfica ideológico que nos deixa saudades lá atrás seria um farol apagado sem esta mudança no mundo material.

 

Afinal, o "Espírito" do Glorioso (esse sempre puro) necessita de um "Corpo" forte para residir e continuar a Iluminar-nos à transcendência que todos procuramos, em cada jogo, nos relvados pelo mundo fora onde saltitam as papoilas berrantes que nos apaixonam profundamente.

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rematado às 13:52


O clarividente Fora de Campo do Shadows

por Ao Colinho do Isaías, em 19.07.17

Mantenho um silêncio propositado nesta pré-época quanto Ao Sport Lisboa e Benfica, estando na expectativa em relação a situações que prefiro observar por enquanto.

 

Benfica à parte, não posso deixar de partilhar o post "Fora de Campo" do Shadows no NGB, com o qual concordo e ao qual atribuo enorme importância:

 

Os profissionais da indignação levantam-se em uníssono!
 
Contra quê? 
 
Indignados com os 13 milhões doados pelos portugueses e que estão presos sabe-se lá onde enquanto os cidadãos a quem se destinavam continuam a passar necessidade?
 
Indignados pelas toneladas de roupas, medicação e alimentos que estão armazenados em tendas e armazéns e que estão interditos às organizações de cidadãos que os querem distribuir à população idosa que não tem meios de transporte próprio e que não pode se deslocar ao centro de distribuição definido por uma outra organização insensível à realidade e magnitude da tragédia?
 
Indignados por mais de 60 cidadãos que morreram de forma trágica e que, passado um mês, ainda nada foi feito para que “outro Pedrogão” não surja como se viu em Mangualde ou em Alijó?
 
Indignados por um SIRESP que até distribui dividendos mas que não funciona para aquilo que foi contratado nem pode ser responsabilizado por isso?
 
Indignados por um banco público que precisou de mais de 4.000M€ dos nossos impostos (e vai precisar de mais ainda) e afinal não há responsáveis por esse buraco? Foi “a crise”?
 
Indignados por armas de guerra ter sido roubadas por falta de meios de quem as deveria guardar enquanto se pagam centenas de milhões de euros em rendas à EDP ou PPP’s rodoviárias?
 
Indignados por ninguém se demitir e assumir as suas responsabilidades?
 
Indignados por políticos incapazes de resolver qualquer problema mais complicado em tempo útil?
 
Não. 
 
Isso são coisas menores. 
 
O que realmente indigna os profissionais da indignação são as opiniões, polémicas ou não, de um médico que teve realizações notáveis ao serviço da humanidade e que com isso salvou VIDAS. 
 
O que realmente indigna os profissionais da indignação são as opiniões de um advogado que, polémico ou não, limita-se a repetir o que o comum dos portugueses diz quando está numa sala de espera qualquer deste país.
 
Isso sim obriga a conferências de imprensa inflamadas, a pedidos de demissão furiosos e até a abaixo assinados a exigir a decapitação dos envolvidos.
 
Parece que a liberdade de expressão é boa mas só após passar no crivo da censura da nova moral.
 
 
 
Da esquerda à direita, os militantes do "Je suis Charlie" suspenderam a liberdade de opinião.
 
 
O mais engraçado é que os profissionais da indignação eram os primeiros na fila da frente das manifestações a favor do “Charlie Hebdo” com pequenos cartazes a dizer: “Je Suis Charlie”.
 
Apetece é repetir as palavras do Rui Sinel de Cordes:
 
 
 
Já agora, quando forem à feira, vejam qual destes é o programa de facturação utilizado pelo vosso feirante preferido. 
 
 
Os outros comerciantes que pagam impostos e são obrigados a pagar por um programa de facturação para poderem ter a porta aberta estão curiosos.
 
Afinal há ou não liberdade de expressão?
 
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rematado às 09:38


Extraordinariamente "bem esgalhado"!

por Ao Colinho do Isaías, em 27.06.17

Num mundo de mercadores, nada como aproveitar a oportunidade do momento, nada como transformar o ataque sobre nós em paródia. Extraordinariamente "bem esgalhado"!

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rematado às 19:44


Amor à camisola? Primeiro é preciso amar...

por Ao Colinho do Isaías, em 14.09.16

A atitude do Talisca ontem, ao marcar o golo do Besiktas na Luz, apenas meses depois de ter celebrado o tricampeonato com o Benfica, provocou das mais variadas reacções. Uns condenaram veementemente, outros disseram que era uma situação normal.

 

Há uns dias atrás, houve um post no NGB, do Redmoon, que constatou algo óbvio. Pareceu-me que o Redmoon, no entanto, não aprofundou os motivos que tornam evidente esse estado de coisas.

 

Não tenho pretensões de o conseguir fazer plenamente, mas, pelo menos, tentarei colocar alguns pontos para debate, de modo a permitir que se chegue a alguma ideia mais clara.

 

A verdade é que, para o adepto, um profissional de futebol não é só um empregado que presta um serviço a troco de um salário. É parte de uma família. Por muito irracional que isso seja, é uma necessidade do ser humano saber com que pessoas contar, em que pessoas confiar. É irracional, porque os "profissionais" (sejam da bola ou de outra coisa qualquer) estão inseridos num mundo de egocentrismo mercantil e narcisista, estimulados por todos os lados para obter mais e mais rendimento, dê por onde der. Mesmo quando há uma quebra dessa confiança, a necessidade que mencionei é tão forte que se adaptam as leituras das circunstâncias, por forma a manter mais ou menos intacta a visão que se tem dessa família. Por isto é que, por exemplo, se vota geralmente sempre nos mesmos partidos e pessoas que giram à volta dos mesmos círculos de interesses, mesmo sabendo e tendo provas que houve mentira.

 

Uma massa de pessoas é um ser próprio, diferente de cada um dos seus indivíduos.

 

O que se passa no futebol, passa-se na vida social em geral. As pessoas perderam o sentido de confiança umas nas outras, perderam também as suas identidades, entregues com a promessa de um mundo melhor. Os "cotas" não percebem nada e os "jovens" têm as portas do mundo abertas e percebem tudo. Contudo, o que obtiveram e irão continuar a obter trata-se de um mundo cada vez mais inócuo, despido de valores que, alguns foram percebendo ao longo do caminho, afinal fazem falta.

 

Porque nos lembramos sempre de Eusébio quando pensamos em Benfica e Amor à Camisola? «Já não há Eusébios, jogadores com verdadeiro amor pelo clube» dizem muitos e com razão, mas qual o motivo de não haverem mais jogadores com essa dedicação, esse amor?

Todos nós, adeptos, levámos a bofetada da mudança de Jorge Jesus e de Maxi Pereira para dois rivais. Por muito que se racionalize, que se diga que até foi melhor, etc, todos sentimos, porque se trata de uma necessidade absolutamente irracional. Só que se no mundo, na vida do dia-a-dia, o valor máximo é o dinheiro, como esperar que possam aparecer outros Eusébios? Num mundo em que as relações entre as pessoas são, na generalidade, vãs e efémeras, em que as famílias estruturalmente fortes estão em vias de extinção, como esperar que possam surgir "filhos desta era" com uma atitude diferente?

 

Não sou cínico nem hipócrita. Eu próprio vivo nesse mundo que descrevo e tenho de conviver com esse novo paradigma. Eu próprio já tratei com o mesmo desdém que hoje condeno, esse conjunto de valores que, vendiam-me, "nos aprisionava".

Também não afirmo que nos anos 60 ou que no "tempo dos nossos avós" é que era bom - longe disso - mas estava-se então a uma maior distância desse "vazio" que se observa hoje.


Só que o resultado visível para aquele que observa enquanto os anos vão passando, bem como a experiência de vida vai aumentando, é que o âmago da questão reside na perda da capacidade de AMAR. É tão simples como isto.

Para amar é preciso colocar algo de superior acima da satisfação imediata, própria e material. Contudo, temos toda a sociedade a estimular os seus elementos a não se comprometerem com nada, a tratarem apenas de si mesmos, a entenderem valores numerários em contas bancárias como sinónimo de supremo sucesso. Muitos desses novos filhos da sociedade mentem-se quanto a isso, dizem que há valores mais importantes, para se sentirem bem consigo perante o quadro de valores que é inexistente. No entanto, quando observados numa situação de pressão, desmonta-se a máscara e vê-se que aquele amor "às coisas mais importantes" nada mais era que interesse efémero e narcisista pintado a falsa moralidade.

Não há Amor à Camisola - é um facto. Só que este só não existe, porque não há amor a nada. O verdadeiro amor, equilibrado naturalmente no dar e no receber, foi substituído por uma folha artificial que anota o deve e o haver. Amizade? Um conjunto de interesses que mudam conforme as circunstâncias. Casais? Hoje serve esta/e, amanhã procura-se outra/o se algum obstáculo surgir pelo caminho que se oponha ao "sentir bem".

Como pode, assim, haver Amor à Camisola? Claro que não. Hoje amam o Benfica e beijam o emblema, pois isso dá-lhes o apoio e o verdadeiro amor dos adeptos, mas amanhã, quando surgir outro clube que dê mais dinheiro, mesmo que seja um rival, lá vão, beijar a camisola do outro lado. Isto porque não sabem amar, mesmo que afirmem a pés juntos e muito indignados que sim, sabem, que até amam os filhos que educam de forma vazia como eles foram e as esposas que basta que a sua carreira trema e a estabilidade financeira esteja em risco, para procurarem melhor poiso.

Vivemos num mundo de máscaras mentirosas que tapam criaturas eticamente obscenas. Se grande parte de nós, um dia, nos confrontássemos com a nossa verdadeira imagem "ao espelho" do espírito, não suportaríamos sequer tal realidade, tratando logo de justificar o injustificável com mais tinta psicológica por cima da alma.

 

Carl Gustav Jung escreveu:

 

«As pessoas farão qualquer coisa, não importa o quão absurdo,

para evitarem olhar para suas próprias almas.»

e

«Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor.

Um é a sombra do outro.»

 

Posto isto, e em suma, a verdade que observo é que os jogadores agarram-se a uma forma de hipergamia, por vezes obsessiva, sob a desculpa de que as suas carreiras são curtas. No entanto, curtas ou longas, acabam por verificar que nunca chega o dinheiro. Depois vão para treinadores ou outra função empresarial e continuam no mesmo ciclo como antes.

Só que isto é um reflexo da sociedade, não uma situação exclusiva ao futebol ou sequer ao desporto.

Amor à camisola? Primeiro é preciso amar... e isso só poucos entre nós verdadeiramente entendem.

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rematado às 16:25




Ao Colinho do Isaías

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