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Luto

por Ao Colinho do Isaías, em 28.09.17

Estou de luto, pois pareceu-me a certa altura que Vigo ficava afinal na Suiça, mas luto contra qualquer tipo de sentimento de desistência.

 

Estes mesmos jogadores já mostraram muito mais... e voltaram a fazê-lo, pois a seguir ao fundo só lhes resta subir, com HUMILDADE.

 

Cada jogo, cada lance, cada passo, terá sempre de ser encarado como decisivo.

Luto, e exijo que lutem comigo. Connosco.

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rematado às 07:53


Vendendo Portugal ao fogo que aquece o tacho

por Ao Colinho do Isaías, em 19.06.17

Estamos hoje, na segunda-feira de (infelizmente) mais um fim-de-semana queimado em Portugal, profundamente consternados. A dimensão da tragédia em Pedrogão Grande afectou-nos bem para além do hábito de ver a nossa terra queimada que, negativamente, já se nos instalou na nacionalidade do Fado.

Nestes momentos, surgem sempre não só a abnegação de um povo habituado ao sofrimento, como o oportunismo evidente de quem pretende ser visto em melhores termos do que o seu próprio mérito ético-pessoal qualificaria. Afinal, quem muito tem e muito pode dar, não precisa nem de um leilão de "likes" nem de uma exposição pública tão egocêntrica, digo eu.

 

Surge sempre, também e obviamente, a mais ou menos honesta consternação por parte de quem vive à custa da política, que deveria, originalmente, no seu conceito mais essencial, ser o primeiro ao serviço do seu Povo. Estas são as mesmas pessoas que, ano após ano, se mostram chocadas, se sentem tocados e vão cumprimentar e até abraçar vítimas, Bombeiros e funcionários da Protecção Civil na hora difícil. Bonito. Contudo, aceitam sempre, do cimo das suas desmesuradamente subsidiadas vidas, com uma magnânime humildade, os fundos de ajuda, ora doados por um Povo empobrecido mas sempre genuinamente generoso, ora atribuídos por instituições nacionais e europeias. Ano após ano, prometem-se medidas: mais disto, mais daquilo, mais do outro - criando-se sempre a quase indispensável comissão de estudo (umas mais "tachativas" - ou seja, derivadas de tachos e não de taxas - do que outras) cuja contribuição e conclusão, nunca publicitada com a mesma profundidade e eficácia do que se publicita a tragédia, cai no esquecimento prático quando as feridas públicas começam a sarar com a passagem do tempo.

Não é por falta de conhecimento técnico ou tecnológico que Portugal não se renova no combate aos incêndios florestais que nos assolam anualmente - ambos existem e de vanguarda. Nem é por falta de fundos, pois esses aparecem logo quando há tragédia se abate. Que motivação terão os políticos de carrossel, que hoje estão na oposição e amanhã no poder decisório - se é que essa soberania ainda existe em Portugal - em aplicar os fundos e o conhecimento em prática para uma efectiva e eficaz prevenção, se quando cai uma tragédia atrás de outra, são premiados com dinheiro fresco para gerir (em parte oriundo precisamente do Povo a quem falharam no momento mais crucial, servindo-se da sua autêntica generosidade) e obtendo visibilidade política positiva, nos abraços, lágrimas e palavras bem estudadas que se aprontam a fornecer? Que motivação haverá em prevenir, se há toda uma industria de comunicação social que enriquece e cresce à custa de vender tragédia a um povo habituado ao (e até, viciado em) sofrimento?

Com esta qualidade de gente dançando nos círculos de gestão de uma ténue soberania, vendendo Portugal ao fogo que aquece o tacho, não me restam dúvidas e afirmo-o peremptoriamente:

 

As vítimas desta tragédia terão, tal como as das anteriores, morrido em vão.

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rematado às 18:25


Caso "Cotovislam" Slimani: O Sr. Domingos não é Cordeiro

por Ao Colinho do Isaías, em 16.06.16

Ainda não acabou, o caso acima, ainda que já tenha sido concluído oficialmente. O Sr. Domingos Cordeiro, vogal no caso, escreveu uma carta aberta a expôr o que considera ser «tudo menos uma decisão baseada na Lei e nos Regulamentos. É, antes, uma decisão de política desportiva, determinada por "atendismos"».

 

O Benfica manda nisto tudo!... Não é?

 

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rematado às 08:57


Taça da Liga Inatel

por Ao Colinho do Isaías, em 30.12.15

Com 90 minutos de futebol jogado ao nível da honorável amadora Liga Inatel (o que não é nada fácil, tendo em conta a qualidade dos intervenientes), o Sport Lisboa e Benfica lá conseguiu arrancar a vitória, uma vez mais, à laia da "chouriçada" de Rui Vitória - e mesmo assim tiveram de entrar Renato (que está já a sentir a pressão de andar a apanhar bonés no meio campo, sem haver qualquer ligação estratégica e táctica), Jonas (que anda ali a tentar dar um toquezinho de classe na equipa) e Jiménez (que tem presença e vontade de correr sempre atrás da bola).

 

Manuel Machado, cuja equipa de SUPLENTES quase humilhou o Benfica na Luz ontem, não fossem Ederson, Lisandro e alguma fortuna, viu a sua equipa jogar a um nível superior e comentou aguçadamente acerca da actual baixa exigência Benfiquista, na flash interview. Tem toda a razão. Infelizmente, um dos produtos da BTV tem sido, ao invés do zelo pelo Benfiquismo (que inclui a exigência e a transparência como valores), a protecção à estrutura de poder que do clube se alimenta. O Benfica também pode ser uma empresa, mas não é uma empresa no seu âmago: é um CLUBE de FUTEBOL e, historicamente, do melhor FUTEBOL do país, da Europa e do Mundo. Quem não entende isto, não entende o Benfica, lamento!

As palavras do treinador do Nacional (que não se limitaram à flash interview nem tão pouco à qualidade do futebol do Glorioso) perfuraram de tal modo a máscara de luzes e ruído que fez com que os primeiros comentários do profundamente nojento Pedro Guerra (figura de prôa da propaganda da estrutura), na BTV, claro, fossem proferidas no sentido de menorizar o que havia sido dito, tendo potencial para tocar no verdadeiro Benfiquismo. Manuel Machado é um cromo, sem dúvida, mas diz o que pensa. Pedro Guerra não tem autoridade moral para sequer proferir uma palavra em nome do Sport Lisboa e Benfica. Só que a culpa não é dele.

 

Se não queres moscas em casa, limpa a merda.

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rematado às 09:14


Tapar o Sol com as peneiras

por Ao Colinho do Isaías, em 09.12.15

A falta de trabalho táctico fica mais exposta quando a equipa defronta equipas de valor equivalente ou superior, ou mesmo equipas que tenham uma ocupação de espaços mais eficaz. Foi o que aconteceu ontem, uma vez mais.

Esta espécie de 4-3-3 (com a qual concordo bem mais que com o habitual 4-4-2 desta época) desequilibra menos a equipa e proporciona um conforto muito maior aos jogadores. Como uma equipa se constrói de trás para a frente, portanto da defesa para o ataque, haver um maior conforto é essencial para que depois se possa desenvolver melhor jogo ofensivo. Ainda assim, é inacreditável como se verifica que um princípio básico, básico até para o treinador de bancada mais atento ao futebol jogado pelo mundo fora, não parece ser do conhecimento do actual treinador do Benfica, Rui Vitória: o fluxo de jogo, tal como a construção de uma equipa, produz-se de trás para a frente, nunca no sentido inverso. Com a bola, a equipa tem de se movimentar e combinar de forma a progredir no terreno e chegar a zona de perigo em condições de efectuar remates eficazes. Claro que parece mais simples do que é, no entanto não deixa de ser um conceito básico. Não importa se tens Cristiano Ronaldo, Messi e Aguero na frente se a bola não lhes chega em condições jogáveis ou se a única forma de lhes fazer chegar jogo é em passes longos perante uma defesa fechada ou tentativa de jogo directo como última alternativa.

O Benfica não entrou a jogar mal, atenção. Trocava bem a bola e viram-se algumas combinações de que falo, ainda que lentas, mas o jogo não estava a pedir para ser sacudido por nós. Era o Atlético de Madrid quem precisava de correr atrás do resultado, pelo que foi uma estratégia adequada. Só que uma vez que o golo foi obtido (Eliseu preferiu, mais uma vez, marcar o homem aberto no exterior e estragar o movimento correcto do resto da defesa, colocando o avançado em jogo), não conseguiram aplicar à troca de bola uma acutilância e dinamismo de quem precisa de extrair algo mais.

A ausência de simples tabelinhas (que requerem movimentação e rapidez) é, como tenho afirmado, um claro sintoma da incapacidade de trabalho táctico, no posicionamento e nas instruções estratégicas, nos "princípios de jogo", de Rui Vitória. Pareceu que em Madrid ele tinha finalmente agarrado a equipa e a tinha trabalhado como queria, mas fora ilusão. Tratam-se de conceitos, repito, básicos, que a equipa não consegue implementar. Isto faz com que o jogo dependa demasiado das individualidades, como já afirmei anteriormente, sendo esta dependência de heróis nefasta à boa progressão dos valores oriundos da formação. É que repare-se: Semedo, Guedes e agora Sanches são heróis, mas esses, ainda que poética, metafórica e romanticamente, acabam todos no "cemitério" (futebolístico), pois a derrota e a "quase vitória" não são alicerces para o desenvolvimento de um jogador de topo. Os heróis da nossa equipa batem-se valorosamente como os Celtas o fizeram à milénios, no entanto, tanto nessa altura como agora, a táctica e a disciplina Romanas derrotam sempre um grupo menos organizado composto pelos mais bravos e fortes heróis. Associe-se uma à outra, no entanto, e obtém-se uma equipa de topo.

 

Eu reafirmo: este plantel dá mais que isto, pode providenciar melhores condições aos nossos heróis, mas precisa é de trabalho táctico. Rui Vitória não o tem para dar... ou então não consegue dá-lo. Pode tentar mascarar-se com propaganda, tentar tapar o Sol da incompetência com as peneiras da "atitude" e do "coração", mas as evidências estão lá para quem as quiser ver: este treinador não tem capacidade táctica para montar uma equipa do Benfica e serão os próprios jovens, que deveriam ser um dos seus "produtos", os mais prejudicados.

 

Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.

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rematado às 08:19


Fim de linha

por Ao Colinho do Isaías, em 26.10.15

Houve tolerância, houve tempo, houve espaço. Não foram respondidas com competência, nem tão pouco com vontade. A resposta foi um amorfismo, um 4-2-4 e pontapé para a frente quando não nos deixam sair a jogar como lhe parece bem no papel. Já o cérebro tinha dificuldade com isso, é certo, mas ao menos tinha algum tipo de estratégia para tentar tornear o problema. Rui Vitória perdeu hoje o crédito perante os adeptos do Sport Lisboa e Benfica porque demonstrou que nem sequer um plano A consegue implementar bem e competentemente, quanto mais ter um plano B. A equipa ora demonstra não ter estratégia (saber o que fazer à bola e que movimentos encetar perante o que lhe vai aparecendo) ou ter frequentemente demais a estratégia errada (pontapé para a frente).


Eu já tinha criticado Rui Vitória e já o tinha elogiado, em ambos os casos, meritoriamente. No entanto, aquilo que se viu ontem, naquele que era O JOGO e não apenas mais um derby, foi pior que a primeira parte do jogo com o Estoril ou que o jogo com o Arouca ou que grande parte do jogo com o Moreirense. Foi pior porque não houve sequer um plano para contrariar a única, repito, ÚNICA forma que Jorge Jesus sabe pôr as suas equipas a jogar - a questão é que o actual treinador do Sporting o faz COMPETENTEMENTE. Sofre-se um golo pela ausência de apoio defensivo no meio campo, provocando erros a sair a jogar! Sofre-se outro permitindo todo o tempo do mundo a um jogador para chegar primeiro a uma recarga, quando tinha de estar o lateral direito nas imediações, precisamente para cobrir a zona do guarda redes! Incompetência em situações BÁSICAS!


Quando a primeira palavra de Rui Vitória após o jogo não é "perdão", perde todo o crédito perante os Benfiquistas. Devia ter pedido perdão às dezenas de milhares de adeptos e sócios que pagaram bilhete para encher a Luz e aos milhões de adeptos e sócios em Portugal e pelo mundo fora que assistiram ao jogo pela BTV ou através do "canal Inácio" - todos eles amam o Benfica e reservaram as suas almas e corações para aqueles 90 minutos!


Não aceito que me falem na arbitragem (apesar de ser certo que não foi assinalado um penalty ainda com 0-0) quando a produção da equipa foi zero. Pontapé para a frente em disposição 4-2-4 com linhas, ainda por cima, bem afastadas, é igual a zero futebolisticamente. Se era esta a ideia de jogo, então porquê Mitroglou no banco? Se era para o pontapé para a frente, porque ter o melhor cabeceador e o jogador de maior robustez física no banco? Nem isso?

 

Não aceito que me falem em mau plantel porque temos jogadores para não sair goleados em casa com uma equipa que empatou com Paços de Ferreira e Boavista. A questão de fundo é o vazio estratégico e táctico, não a qualidade dos intervenientes que, podendo sempre ser bem melhorada, é mais que suficiente para muito, MUITO melhor.


A vitória em Madrid foi uma oportunidade de ouro que o treinador teve de conquistar o grupo, puxá-lo para si, para mais competentemente transmitir as suas ideias. Foi uma oportunidade falhada, vê-se, naquilo que foram os jogos na Turquia e, agora, no derby.


No entanto, a minha crítica a Rui Vitória não esquece as circunstâncias em que chegou ao clube. Não esquece a responsabilidade de Vieira. Tal como escrevi durante este verão quente, urge que surjam alternativas válidas a Vieira para as próximas eleições, dado que ele é incapaz de entregar a autonomia da pasta do futebol a quem realmente é competente e percebe da poda. Não consegue porque tem muito a ganhar com o futebol do Benfica. Valorizar o Seixal? Excelente ideia, mas só depois de se retirarem os interesses todos que de lá comem, incluindo ele próprio.
Mais que uma alternativa a Rui Vitória, que urge, há que encontrar uma alternativa a Vieira ou que o próprio Vieira encontre, para o futebol, uma alternativa a si mesmo (como quando José Veiga tomou conta da pasta e trouxe Trapattoni, para nos dar o primeiro título pós coveiro Damásio).


A História do Sport Lisboa e Benfica é feita de trabalho, competência e coração. Perder um Benfica-Sporting é sempre possível e acontece. Perder sem trabalho (ausência de estratégias para contrariar o adversário), competência (incapacidade para impor qualquer tipo de ideia activa na partida) e coração (o desequilíbrio emocional revelado pelos jogadores) é imperdoável e inadmissível. Não, não estou clamando "a quente", nem tão pouco precipitado. O melhor Rui Vitória demonstra ser pior que Camacho, Koeman, Fernando Santos, Quique Flores e que a pior versão de Jorge Jesus. O mérito de Madrid, que podia ter usado como alavanca para si mesmo no clube e perante os jogadores, esgotou-o ontem, mesmo que demore a época toda a sair, pois demonstrou ter sido um resultado ao acaso e não fruto de um trabalho competente.

Ainda assim, repito, ele não deve ser o bode espiatório de Vieira que, na minha opinião, sabotou deliberadamente o futebol do clube em prol do seu poder e dos seus negócios.

Inaceitável: Fim de linha, para um e para outro!

 

 

  Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.

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rematado às 08:33




Ao Colinho do Isaías

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