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"Golinho gostoso!"

por Ao Colinho do Isaías, em 06.02.17

Perante um Nacional em apuros, no Estádio da Luz, quaisquer que fossem as circunstâncias, a equipa do Benfica teria sempre a obrigação de vencer. Juntando a essa obrigação natural de "ser Benfica" os descalabros recentes e a tabela classificativa, a equipa estava obrigada a vencer e convencer.

 

Uma parte (e apenas uma parte, reafirme-se) daquilo que de mau aconteceu no Bonfim deveu-se à aparente falta de confiança na finalização. Ora, Jonas já estava a dever golos aos postes, aos guarda-redes adversários e, principalmente, a si mesmo. O primeiro, com um cabeceamento "como manda a lei", foi um alívio, mas no segundo, obtido com um remate em arco com o pé esquerdo, deu para ver a sua expressão de "golinho gostoso!".

 

Mitroglou também estava a dever e marcou logo na segunda oportunidade que teve. É um daqueles atacantes que só a presença em campo parece fazer os outros jogar, soltarem-se. Intimida e é um pedaço de gelo na decisão. Parece que nunca sorri, mas é um homem feliz com Jonas a seu lado - nota-se!

 

 

Em suma, 3 pontos, primeiro lugar e confiança reconquistada diante de um adversário que não colocou grandes problemas. Atenção que com o Arouca do Lito Vidigal há que jogar mais.

 

Que este impulso, esta revitalização, nos sirva para retomar o nosso melhor futebol.

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rematado às 07:59


Ano Novo, Vida Nova

por Ao Colinho do Isaías, em 11.01.16

Regressado de férias, volto assim aos comentários acerca do nosso Benfica.

Depois da sofrível estreia na Taça da Liga, houve Guimarães, houve Marítimo e, agora, Nacional em mais um truque de nevoeiro da Choupana. Verdade seja dita que, seja pelo ano novo, seja pela forma feliz como se obteve a vitória em Guimarães, seja mesmo pelas infelizes tiradas do treinador do Sporting que atiraram, finalmente, Rui Vitória para a ribalta comunicativa, vemos nesta fase uma equipa que tem alegria de jogar e que, parece, já gosta de jogar para o seu novo treinador. Isso colmata imensas lacunas, sem dúvida.

Ainda hoje, após a forma ridícula como sofremos o empate, a equipa não desmontou, mostrou vontade e confiança e chegou com naturalidade a um resultado confortável, numa deslocação tradicionalmente difícil, ainda por cima num relvado inacreditável para uma Primeira Liga. Grande Jonas, sim, mas enorme entreajuda de todos os jogadores, actuando como uma equipa, mesmo nos momentos negativos.

 

Aguardamos as cenas dos próximos capítulos, mas esta sequência essencial deixa-nos a quatro pontos do primeiro lugar (que na realidade são cinco), com uma segunda volta inteira por jogar. No mínimo, o que se pede é que esta equipa, treinador incluído, honre «agora os ases que nos honraram no passado».

Força Benfica!

 

Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.

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rematado às 14:09


Taça da Liga Inatel

por Ao Colinho do Isaías, em 30.12.15

Com 90 minutos de futebol jogado ao nível da honorável amadora Liga Inatel (o que não é nada fácil, tendo em conta a qualidade dos intervenientes), o Sport Lisboa e Benfica lá conseguiu arrancar a vitória, uma vez mais, à laia da "chouriçada" de Rui Vitória - e mesmo assim tiveram de entrar Renato (que está já a sentir a pressão de andar a apanhar bonés no meio campo, sem haver qualquer ligação estratégica e táctica), Jonas (que anda ali a tentar dar um toquezinho de classe na equipa) e Jiménez (que tem presença e vontade de correr sempre atrás da bola).

 

Manuel Machado, cuja equipa de SUPLENTES quase humilhou o Benfica na Luz ontem, não fossem Ederson, Lisandro e alguma fortuna, viu a sua equipa jogar a um nível superior e comentou aguçadamente acerca da actual baixa exigência Benfiquista, na flash interview. Tem toda a razão. Infelizmente, um dos produtos da BTV tem sido, ao invés do zelo pelo Benfiquismo (que inclui a exigência e a transparência como valores), a protecção à estrutura de poder que do clube se alimenta. O Benfica também pode ser uma empresa, mas não é uma empresa no seu âmago: é um CLUBE de FUTEBOL e, historicamente, do melhor FUTEBOL do país, da Europa e do Mundo. Quem não entende isto, não entende o Benfica, lamento!

As palavras do treinador do Nacional (que não se limitaram à flash interview nem tão pouco à qualidade do futebol do Glorioso) perfuraram de tal modo a máscara de luzes e ruído que fez com que os primeiros comentários do profundamente nojento Pedro Guerra (figura de prôa da propaganda da estrutura), na BTV, claro, fossem proferidas no sentido de menorizar o que havia sido dito, tendo potencial para tocar no verdadeiro Benfiquismo. Manuel Machado é um cromo, sem dúvida, mas diz o que pensa. Pedro Guerra não tem autoridade moral para sequer proferir uma palavra em nome do Sport Lisboa e Benfica. Só que a culpa não é dele.

 

Se não queres moscas em casa, limpa a merda.

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rematado às 09:14


Do Nacional à Académica: duas exibições a preto e branco

por Ao Colinho do Isaías, em 13.04.15

Motivos de força maior impediram-me de comentar mais cedo o jogo com o Nacional da jornada da semana passada. Impediram-me sequer de o celebrar convenientemente. Foi o preto da morte a intrometer-se no branco da vida. Foi o lado reverso da moeda que nos relembra que a festa um dia acaba. Há é esta alegria do Benfica a conviver lado a lado com a mágoa do que se perde para sempre.
A vida prossegue, no entanto, e eu aqui estou.

...

Do jogo com o CD Nacional, destaco a enorme visão de jogo e cultura táctica de Gaitán (adquiridas no Sport Lisboa e Benfica, deve dizer-se), aliadas a uma técnica bem acima da média europeia. Espalhou, sempre que a bola lhe foi endereçada, o perfume de um futebol que, ainda que moderno, se adequava às camisolas do clube Madeirense: o preto e branco. Porquê? Porque fez lembrar o grande Benfica que se via nas velhas TVs a duas cores. Aquele Benfica que não dava hipóteses, especialmente na Luz.

 
Gaitán teve menos magia na partida com a Académica, outra equipa que veste de preto e algum branco, mas todo o Benfica estava tão unido e em rotação tão elevada, que mal se deu pela menor inspiração do Nico na primeira parte. Só que ele até chegou a tempo de aparecer na segunda!

 

Em ambas as partidas, o que se viu foi, como referi, futebol de outros tempos. O preenchimento dos espaços, a vontade de chegar primeiro à bola, a atitude permanentemente ofensiva e com os olhos postos no próximo golo: podiam ter sido jogos do Benfica na Luz na década de 70 - basta colocar-se um filtro de cores para passá-las a preto e branco e colocar algum efeito dando "ruído" às imagens, para se ser transportado para a década em que o futebol total e o futebol samba conviveram lado a lado pelos relvados... e pelo Sport Lisboa e Benfica, nessa altura, passou bastante samba... à moda tuga, é claro.


É certo e sabido que durante estas duas partidas a equipa do Benfica teve momentos de desconcentração e, até, algum descontrolo táctico e emocional. A diferença é que, quando estes surgiram, já o resultado se tinha avolumado o suficiente para que qualquer dúvida se pudesse instalar. Até nisto se pareceram com jogos a preto e branco, as cores das camisolas adversárias.

Não restem dúvidas: nesta fase do campeonato (desde Paços de Ferreira), o Sport Lisboa e Benfica na Luz é um e fora da Luz é outro, essencialmente na atitude mental. Ainda falta bastante, mas se o Glorioso passar no Restelo e colocar em campo, com uma Luz repleta, a mesma mentalidade na partida seguinte, o Bi será uma realidade, ao fim de 31 anos. Que venha... ao colinho de todos nós!

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rematado às 19:04


O pecado de Jesus cortado pelo Machado na Madeira

por Ao Colinho do Isaías, em 23.03.15

Na primeira época de Jorge Jesus no Glorioso, a equipa do Sport Lisboa e Benfica teve uma fase de verdadeiro rolo compressor, uma vez ultrapassado o decepcionante empate na primeira jornada, na Luz, com o Marítimo. A partir daí entrou num ritmo avassalador, esmagando etapas uma atrás das outras durante um período significativo.

À oitava jornada, o SL Benfica recebia o CD Nacional, na altura como agora liderado por Manuel Machado (que regressou ao clube Madeirense após umas outras aventuras menos conseguidas). Começou aí, penso eu, uma picardia nada saudável, motivada pela já conhecida "fanfarronice taberneira" que era na altura muito mais evidente em Jesus que agora, no período pré media training.


A equipa do Benfica começou melhor e Cardozo marca o primeiro, após brilhante jogada colectiva, confirmando para todos os presentes que não havia ali lugar para abrandamento. Só que o Nacional chega ao empate num lance irregular (milimétrico, mas fora-de-jogo) e coloca a dúvida nos ânimos na Luz. A partir daí, só deu Benfica.
Saviola faz (de cabeça!!) o 2-1 e já na segunda parte, Cardozo bisa, de penalty, para o 3-1. Depois, foi a vez de Saviola bisar também, com a assistência de Cardozo (com dúvidas se houve mão), e colocar o resultado em 4-1.

Jesus estava fora de si. O jogo virara e o Benfica estava agora "a dar baile". Foi neste momento que se celebrizou um dos gestos mais emblemáticos da primeira época de Jorge Jesus no Benfica. Virando-se para o banco do Nacional, erguendo os quatro dedos e deixando-os dançar ao sabor da vitória, JJ "picava" Manuel Machado e dava início a uma rivalidade que dura até hoje.


O jogo ainda teve mais: Nuno Gomes fez o 5-1 e novo penalty deu a Cardozo um hat trick.

Acerca do comportamento de Jorge Jesus, Manuel Machado, já conhecido pela retórica algo rebuscada com que brindava os jornalistas em muitas conferências de imprensa, respondeu de forma afectada:

 
Trago-vos a lembrança deste episódio porque este fim de semana, acabou por ser o rival Machado a cortar na Madeira, parcialmente, o enorme pecado de Jesus em Vila do Conde.

No comentário a um artigo anterior, assumi-me como fã de Jesus, sendo conhecedor das suas virtudes e defeitos. Pois bem, perante um Rio Ave organizado, espevitado e que nunca virou a cara à luta, a equipa do Benfica expôs, uma vez mais, as fragilidades do plano de jogo para este tipo de deslocações.
Não há, esta época, grande diferença entre o Paços de Ferreira e o Rio Ave e, se o Benfica tivesse marcado cedo diante do Paços, provavelmente o próprio jogo e desfecho seriam semelhantes. Até Gaitán faltou em ambos jogos.
A verdade é que o golo cedo, que podia dar a tranquilidade que deu nos Barreiros, acabou por atirar a equipa para uma completa escassez de ideias, retirada que foi do seu estilo de jogo preferido pela pressão dos adversários, pela dimensão do terrenos de jogo e, claro está, pelo próprio valor da equipa contrária. O Rio Ave, a par do Paços, soube explorar as debilidades defensivas da linha subida do Benfica que, a jogar fora, merece ser revista com urgência. Perante equipas que disponham de avançados rápidos e que guardem bem a bola, um passe (ou mesmo um "chutão") para as costas dessa linha defensiva (particularmente, para as alas e de entre essas a mais frágil é a de Eliseu) é, quase sempre, um momento de aperto. Foi por aí que tanto o Paços como o Rio Ave venceram os seus jogos.


É que neste momento, o Benfica sem Gaitán não tem o mesmo motor - ou melhor dizendo, tem o mesmo motor, mas anda sem piloto. Nem Jonas teve como mostrar serviço e Lima falhou na Hora H. A equipa não soube tomar conta dos acontecimentos, jogando mais próxima, trocando a bola, frustrando o adversário e obrigando-o a cometer um outro erro que desse no 0-2. Como já tenho lido por aí, "pôs-se a jeito".

Este enorme pecado (repetido) de Jorge Jesus foi, no entanto, aliviado por Manuel Machado e o seu CD Nacional. A equipa da Choupana fez uma grande exibição também, por seu lado, e só não deu a volta completa ao marcador porque um dos seus avançados teve um momento inacreditável perante a baliza aberta. Ainda assim, este 1-1 oferecido pelo rival Machado, deu a Jesus uma absolvição parcial. Irá ele aproveitá-la?
É que já a seguir vem o Machado à Luz.

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rematado às 12:25




Ao Colinho do Isaías

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O verdadeiro Isaías!


Jorge Jesus? Nunca Mais!


Jonas, um de nós!


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Fehér, eterno 29


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