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Esta é a cultura desportiva de Portugal:
Só que isto só se aplica à selecção! Na Liga Portuguesa está tudo bem, excepto se for contra o Benfica. E quando a nossa selecção estava na posição em que esteve o Irão, fizemos e dissemos tanto ou pior!
Este Brasileiro é que sabia e tinha razão:
É que esta selecção não é de todos, é da FPF - aquela entidade liderada por quem passava facturas para a corrupção no FC Porto e aquela mesma entidade que com o seu silêncio valida crimes e ataques constantes durante já anos contra o clube mais representado de Portugal:
o Sport Lisboa e Benfica.
Por isso, tal como o Brasileiro, eu sou do Benfica!
Que se f@€& a selecção!
De acordo que Diego Costa fez falta antes do golo do empate de Espanha frente a Portugal.
De acordo que o VAR falhou nesse lance, tal como o árbitro.
Contudo, pergunto:
Porque não esta indignação generalizada quando o VAR falhou contra o Benfica?
Porque não esta indignação generalizada quando o VAR falhou a favor do Sporting e do Porto?
É que esta indignação generalizada por causa de um evidente erro do árbitro e do VAR que prejudicou a Selecção, pela sua ausência noutros momentos da competição nacional de clubes, demonstra bem a cultura desportiva miserável que se vive neste país.
...e aproveitou a Taça das Confederações para iniciar a sua pré-época em alto nível!
És extraordinário, Eliseu! Força!
O Sport Lisboa e Benfica tem fundamentos para se queixar, como o fez, acerca da celeridade dos processos, da dualidade de critérios dos mesmos, mas, de facto, não se pode queixar de falta de transparência por parte dos orgãos decisores disciplinares da Federação Portuguesa de Futebol.
É absolutamente claro e transparente, com esta confirmação, que, realmente, tal diferenciação no trato disciplinar existe, é implementada e goza de uma celeridade única quando é objectivamente contra o Benfica. Isto porque situações iguais com outros intervenientes têm tido trato diferente, inequivocamente.
E estamos a falar tanto dentro de campo como fora - até aí há coerência.
Se dúvidas houvessem... eis a confirmação.
Sendo a Selecção Nacional (que até se prepara para jogar no Estádio da Luz) a representação máxima da Federação Portuguesa de Futebol, talvez seja bom momento para aqui citar um Benfiquista do Brasil, que proferiu do alto da sua sabedoria profética:
Grato, caro Benfiquista, por dar voz aos nossos pensamentos, ecoando a sua voz oriunda do passado, clarificando os nossos sentimentos em relação aos directos descendentes de meretrizes que infestam as instituições Portuguesas, como é claro exemplo (apenas um de muitos) a Federação Portuguesa de Futebol.
Retirado do Párem lá com isso.
Da forma que todo o Euro 2016 correu a Portugal, estava escrito que seria desta que venceríamos: venceríamos pelos que hoje envergam a camisola da selecção nacional, mas também por todos os que a envergaram e não obtiveram essa vitória, merecendo-o bem mais.
O pontapé de Eder (que fez o jogo da sua vida, diga-se) foi de Eusébio, de Coluna, de Simões, de Chalana, de Carlos Manuel, de Diamantino, de Rui Costa, de João Pinto, de Figo e de todos os outros que, de certeza absoluta, injustamente não mencionei.
O peso deste golo na História do futebol Português, expande-se na direcção desses ases do passado e, com certeza, também no futuro - seja ele qual for, que esteja reservado para a selecção.
Rui Patrício teve um jogão, ao nível das exibições no resto do Euro, mantendo o sonho vivo em certos momentos.
Rui Fonte e Pepe estiveram certinhos (ainda que Pepe tenha sido um pouco mal batido no lance aos 91', em que o poste nos salvou).
Cedric e Guerreiro estiveram muito bem, tanto defensivamente como quando subiram no terreno. William algo nervoso, não conseguiu ser o pivot defensivo e primeira referência de construção (muito por culpa de Griezmann que lhe apareceu muitas vezes na zona).
Renato esteve um pouco apagado - pareceu-me cansado, o que é normal, tendo em conta a sua forma de jogar e o esforço que providenciou à equipa nos jogos anteriores.
Adrien entregou-se muito, mas esteve sempre em desvantagem perante a fisicalidade do meio campo Francês.
João Mário tentou sempre ser solução, mas, nunca conseguiu neste Euro evidenciar toda a capacidade que demonstrou no campeonato - talvez cansaço, também, sim.
Nani foi o jogador Português em melhor forma neste Euro e, apesar de muito tapado neste jogo, esteve bem no que foi possível.
João Moutinho fez o que Fernando Santos lhe pediu.
E depois, Eder. Bom, o Eder. Foi o jogo da vida do Eder, foi mesmo. Ganhou todas as bolas divididas pelo ar, pôs em sentido a dupla de centrais adversária e, para colocar a cereja no topo do bolo, ficou na História com o golo da vitória.
Ronaldo, por seu lado, alternou o Euro todo entre o jogador colectivo que eleva o futebol de qualquer equipa a um nível fantástico e o jogador dos números individuais que desafinam qualquer colectivo. Ele será dos poucos a não perceber que, num jogo destes, a sua saída acabou por ser benéfica para o jogo colectivo.
É triste que se continue a alimentar o ego e a necessidade de protagonismo de um rapaz que, não obstante a sua enorme qualidade futebolística individual, não tem postura nem arcaboiço para ser Capitão. Já sei, já sei: é o melhor do mundo, dizem os especialistas. Eu discordo dessa leitura mas aceito o veredicto deles. Contudo, há mais no futebol e no desporto que os números - Ronaldo, já trintão, pode estar à beira da fase da sua vida em que descobrirá isso mesmo e talvez não da forma que espera.
Chego a Fernando Santos. O seu bluff funcionou e as estrelas (as lá de cima e as que tinha na equipa) protegeram-no. Montou uma equipa com um futebol chato e pouco ligado, mas que, qual Itália, foi passando as barreiras que lhe apareceram ao caminho, com maior ou menor esforço, com maior ou menor fortuna.
Fica na História, isso é incontestável, como o seleccionador que conseguiu o que nenhum outro antes conseguira: ganhar uma final por Portugal.
Parabéns a todos os envolvidos pelo primeiro título de uma selecção Portuguesa!
Estava escrito!
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Quanto à finalista França: já lá estivemos, mes amis... sabemos como é.
Até por não precisar de usar a braçadeira de capitão, Gareth Bale revela ao mundo do futebol o que é um líder em campo, o que é uma estrela com talento enorme a jogar numa selecção que lhe é inferior.
Abnegado, esforçado, colocando em jogo os seus colegas com a sua classe e mortífero quando tem uma oportunidade.
Não se viu Bale a reclamar com os colegas, com o árbitro, com a relva, com o adversário. Viu-se um jogador extraordinário a dar tudo pelo colectivo em que joga, mesmo sabendo que os seus parceiros não estão ao seu nível.
Esta é a atitude de um verdadeiro líder.
Curiosamente, passando a bola sempre que pode e é melhor para a equipa, já é o melhor marcador do Euro2016 neste momento. Lições que poderiam ser úteis a quem já vai tarde para as aprender.
E as cores daquele equipamento assentam-lhe tão bem! :-)
Cristiano Ronaldo representa uma selecção nacional Portuguesa - como capitão, sendo o seu mais famoso exemplo - que é, no geral, vaidosa e egoísta - à imagem precisamente da sua mais mediática figura.
Os Islandeses perceberam ontem quem ele é. Nós, Benfiquistas, percebemos em 2005, quando Ronaldo nos lançou o dedinho do meio a todos em pleno palco da Luz.
A questão aqui é que Ronaldo representa como exemplo-mor uma série de gerações preocupadas com estatísticas e estilismos, passando o desporto - que o futebol deve ainda ser - para quase último plano.
Do passado longínquo, apresento uma reflexão de quem nunca conheceu Cristiano Ronaldo em pessoa, mas que vislumbrou o surgimento dos seus vícios de personalidade num futuro que hoje é presente.
Os tempos mudaram e o futebol de Cosme Damião perdeu a partida para a evolução social, sim. Ainda assim, quem não tem perspectiva Histórica das coisas, não tem chão onde poisar os pés:
«Quem só sabe de Futebol, nem de Futebol sabe.»
Emprestado daqui.
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