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...que se recusa a ceder - O Fogo Sagrado que nos levará de volta a Casa!
O Benfica vai acionar junto do V. Setúbal a cláusula de recompra de Bruno Varela, guarda-redes internacional sub-21, formado no Benfica, que esteve no Bonfim esta temporada, e que representou Portugal no último Europeu de sub-21, na Polónia.
A SAD vai pagar o que ficou contratualizado quando libertou o guarda-redes para Setúbal no ano passado: 100 mil euros. O processo ainda não está concluído, mas é provável que esteja encerrado nos próximos dias.
Alguma vontade, mas pouca clarividência - assim foi a exibição da nossa equipa em Paços de Ferreira. Num campo pequeno, contra uma equipa tipicamente do "tugão", com 11 jogadores atrás da linha da bola quase constantemente, exigia-se maior capacidade física para compensar a técnica e criatividade impossibilitadas de aparecer.
Era jogo para Raul, para o choque, a garra, a insistência. Era jogo para André Horta ou André Almeida no meio. Era jogo para Carrillo, mais poderoso no ombro-a-ombro, e para Cervi, mais combativo, de início. Semelhanças com este jogo em Paços teremos ainda noutros até ao fim do campeonato - há que perceber que em Portugal há uma significativa parte dos estádios na I Liga que não têm condições para beneficiar a boa prática do jogo de futebol. Nesses jogos, temos de ser diferentes, temos de ser mais como eles são e ainda assim melhores. Querer jogar na técnica num campo como o da Mata Real, perante um adversário que no momento defensivo tem uma massa aglomerada em 30 metros do campo, é cair na armadilha. Teremos de ser uma equipa de choque, de embate, de capacidade física.
Assim, demos Paços em desacerto...
...mas depois, contra todas as previsões e até em oposição àquilo que parecia facto consumado (a perda da liderança), um golo do Carvalho e uma soberba exibição do também "nosso" Varela (que até contra o seu Benfica se exibiu em grande nível), ofereceram-me uma bela prenda no meu aniversário, bem compensatória do desaire no dia anterior. «E esta, hein?!»
Grato, João! Grato, Bruno!
Um dia regressam e envergam o manto sagrado! Estamos atentos a vós!
O KO na Taça da Liga deixou uma cicatriz que, mais que doer no corpo, infesta a alma da equipa.
Em Setúbal ontem, foi um pugilista tímido quem entrou de vermelho, com receio de levar outro soco de igual potência. Normalmente, quando se tem medo, o que se teme acontece.
O golo do Setúbal, fruto de um erro originado na debilidade psicológica que se abateu sobre a equipa, personificada na acção de Lindelöf, foi o tal novo soco que fez um já inseguro pugilista cambalear até perto do fim - altura em que tentou, em desespero, tirar qualquer coisita da partida.
Não partilho da opinião de Arnaldo Teixeira, que disse que o Benfica tentou tudo. Nem de perto nem de longe o fez. Também não embarco na história do penalty que, mesmo tendo sido, não pode servir mais uma vez para mascarar a insuficiência própria demonstrada.
Tal como no boxe se costuma aconselhar, não se deve deixar o trabalho do próprio nas mãos dos árbitros e juízes. Um KO não deixa dúvidas, não dá lugar a diferentes interpretações ou mesmo à má vontade de quem ajuíza. Um lutador que é superior ao seu oponente e que não ataca o KO, expõe-se ao erro - próprio e dos árbitros - e arrisca ser humilhado. O Benfica foi, ontem e no Algarve, humilhado por duas equipas cheias de vontade e bem organizadas, mas de inferior qualidade.
Das duas uma: ou esta equipa e treinador mostram a mesma fibra de Campeão da época passada e erguem-se ignorando as dores e incertezas, ou esta época que pode ainda ser Histórica (ainda estamos em primeiro) transformar-se-á numa imensa desilusão - por culpa própria.
Fomos ao tapete, mas temos de nos levantar antes que acabe a contagem.
NOTA: Penso que emprestar João Carvalho agora poderá ser um erro. O jovem da equipa B poderia servir, tal como Renato na época passada, para dar oxigénio onde ele falta mais.
Não alinho na conversa da arbitragem em jogos destes, em que a diferença de qualidade das equipas é grande, pois nestes os árbitros só podem ter influência se a equipa maior for incompetente... a equipa do Benfica foi.
Já tinha também expressado a minha opinião quanto ao "amor pelo anti-jogo" de que o nosso campeonato sofre e que a solução passaria por uma drástica redução de equipas no principal escalão, eliminado a maior parte (se não quase todas mesmo) equipas fantasma, isto é, equipas de clubes sem sustentabilidade associativa ou condições de infra-estruturas que justifiquem terem equipas na primeira divisão. Contudo, não entro por aí agora para justificar um resultado destes. O Benfica tinha a obrigação de jogar melhor, de ser mais intenso.
O Setúbal é um clube com vasta História no desporto Português e jogou com o que tem. O Benfica, superior, apresentou-se fraco, sem ideias e com os seus jogadores presos de movimentos. Talvez tivessem sido mudanças a mais na formação da equipa, ao invés de se tentar apenas substituir a função de Jonas com outro jogador. Seja como for, foi fraco demais e inadmissível...
...só que já se começou com aquela visão de que é nestes momentos que a equipa merece palminhas. Não foi isso, apesar de toda a propaganda à volta do minuto 70 no Benfica-Sporting, que nos deu o título na época anterior; foi sim termos passado a ser eficazes, criativos e intensos no nosso jogo. Ainda falta muito campeonato, mas não se comece já com festinhas no pêlo.
A equipa e o treinador são criticados negativamente quando tal se justifica, da mesma forma que são louvados quando no inverso.
Neste jogo, a equipa e o treinador estiveram fracos. Esperemos que estes dois pontos não nos venham a fazer falta. Na época passada, quase tínhamos uma indigestão, mas desta vez, caiu-nos mesmo mal o choco "frrito".
Para uma análise mais factual à partida, aceda aqui.
NOTA: Bruno Varela, fizeste uma grande exibição e mostraste que tinhas qualidade para ser o terceiro guarda redes do plantel. Contudo, podes bem ter perdido as tuas hipóteses de um dia regressar à Luz como outros, pois se há coisa que não admitimos é que sejas anti-desportivo contra o Benfica. Não será esquecido, rapaz. Todos nos lembraremos, quando quiseres voltar, da noite em que o Bruno Varela fez anti-jogo contra o Benfica.
Tendo feito o mais difícil após um primeiro minuto inacreditável, que resultou num golo para os visitantes de Setúbal, que foi a reviravolta no marcador, compreendi o abrandamento perto do final de primeira parte; afinal, indo a vencer por 2-1 para o intervalo, descansava-se e entrava-se forte na segunda para cedo ter o jogo resolvido.
Contudo, o que se viu fez lembrar os últimos meses de 2015, primeiros deste campeonato, e foi doloroso ver a postura dos jogadores. Não houve mais dinâmica, passou-se a chutar para a frente e nem propriamente posse de bola tivemos, com segurança. O Setúbal foi acreditando, mediante a nossa postura mais débil, e foi crescendo, tentando, pressionando, à procura do erro.
Ainda estou mais ou menos em choque com aquele lance final em que o Pizzi ia fazendo uma assistência para o primo do Makukula, pelo que não quero falar mais deste encontro: quase me dava uma coisa... até senti o arrepio frio a subir pela coluna e o peito a apertar.
Valeu a vitória, quando quase ia valendo o Vitória (de Setúbal, não o Rui). Por mim, não me importo nada de dar o benefício da dúvida (tendo em conta o que foram os meses iniciais desta época) e "fingir" que esta segunda parte não existiu. Em Vila do Conde terá de ser, e irá ser, outro Benfica.
Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.
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