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O KO na Taça da Liga deixou uma cicatriz que, mais que doer no corpo, infesta a alma da equipa.
Em Setúbal ontem, foi um pugilista tímido quem entrou de vermelho, com receio de levar outro soco de igual potência. Normalmente, quando se tem medo, o que se teme acontece.
O golo do Setúbal, fruto de um erro originado na debilidade psicológica que se abateu sobre a equipa, personificada na acção de Lindelöf, foi o tal novo soco que fez um já inseguro pugilista cambalear até perto do fim - altura em que tentou, em desespero, tirar qualquer coisita da partida.
Não partilho da opinião de Arnaldo Teixeira, que disse que o Benfica tentou tudo. Nem de perto nem de longe o fez. Também não embarco na história do penalty que, mesmo tendo sido, não pode servir mais uma vez para mascarar a insuficiência própria demonstrada.
Tal como no boxe se costuma aconselhar, não se deve deixar o trabalho do próprio nas mãos dos árbitros e juízes. Um KO não deixa dúvidas, não dá lugar a diferentes interpretações ou mesmo à má vontade de quem ajuíza. Um lutador que é superior ao seu oponente e que não ataca o KO, expõe-se ao erro - próprio e dos árbitros - e arrisca ser humilhado. O Benfica foi, ontem e no Algarve, humilhado por duas equipas cheias de vontade e bem organizadas, mas de inferior qualidade.
Das duas uma: ou esta equipa e treinador mostram a mesma fibra de Campeão da época passada e erguem-se ignorando as dores e incertezas, ou esta época que pode ainda ser Histórica (ainda estamos em primeiro) transformar-se-á numa imensa desilusão - por culpa própria.
Fomos ao tapete, mas temos de nos levantar antes que acabe a contagem.
NOTA: Penso que emprestar João Carvalho agora poderá ser um erro. O jovem da equipa B poderia servir, tal como Renato na época passada, para dar oxigénio onde ele falta mais.
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