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Nestes campos que nos ligam a um passado não tão distante como às vezes se pensa, mostrando-nos que a realidade Portuguesa e do seu futebol ainda subsiste em décadas de filme a preto e branco, costuma afirmar-se que "um campeão ganha jogando mal", com razão. Absolutamente nada contra o clube Oriental (que curiosamente era rival de derby aceso com o clube em que o meu saudoso pai jogou!), mas a realidade das infraestruturas maioritárias no "futeluso" é evidenciada em estádios históricos como o Eng Carlos Salema em Marvila. Nestas condições, não conta a técnica. Não é possível receber bem a bola com consistência, quando esta vem aos pulinhos junto ao relvado. Não é possível que a finta saia com regularidade. Nestes casos, evidencia-se o desejo de vitória e, mais importante ainda, a humildade de saber aceitar as condições. O Benfica teve sorte, sim senhor, sorte e capacidade individual para não deixar o Oriental marcar em momentos-chave. No entanto, teve também a capacidade de compreender que dali só sairia vencedor se fosse um campeão a jogar na II Liga - a diferença de andamento competitivo acabou por fazer a diferença, mas só com muito trabalho. Arrancou a vitória fruto desse pragmatismo aliado ao desejo que mostrou em disputar sempre o jogo sem sobrancerias.
Leia uma análise mais factual à partida, por Eu visto de Vermelho e Branco, aqui.
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